Relação entre mindfulness disposicional, regulação emocional, inflexibilidade psicológica e sintomatologia emocional numa amostra clínica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Meireles, Ana José Mendes
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/10663
Resumo: Introdução: A saúde mental é um elemento basilar no estado de saúde holístico do indivíduo.São múltiplas as variáveis que interferem com a saúde mental dos indivíduos, culminando em sintomatologia emocional mais ou menos elevada. Neste estudo as variáveis a ser estudadas incluem: variáveis sociodemográficas, regulação emocional, inflexibilidade psicológica e mindfulness disposicional. A regulação emocional de um indivíduo permite que este se mantenha flexível e estável perante as mais diversas situações que lhe exijam qualquer tipo de adaptação. A flexibilidade psicológica é a capacidade de um indivíduo se manter em contacto com o momento presente, tendo consciência dos seus pensamentos e das suas emoções, bem como moldar os seus comportamentos consoante as diferentes situações que possam surgir. O mindfulness disposicional é um traço inerente ao próprio indivíduo no qual este apresenta um estado de consciência e atenção plena sem julgamento e de aceitação sem que haja prática de meditação. Objetivo: Assim, é desiderato deste trabalho estudar a influência da regulação emocional, da inflexibilidade psicológica e do mindfulness disposicional, bem como da idade, do sexo, doestado civil, da escolaridade e da situação profissional na sintomatologia emocional. Materiais e métodos: O estudo foi baseado numa amostra de 390 pacientes acompanhados em terapia cognitivo-comportamental numa clínica de saúde mental .Os instrumentos utilizados foram a Escala de Mindfulness de Filadélfia (PHLMS), a Escala de Regulação Emocional dos Outros e do Eu (EROS), o Questionário de Aceitação e Ação II (AAQ -II) e o Inventário Breve de Sintomas (BSI). Resultados: Os resultados obtidos, com base na amostra clínica referente a este estudo, sugerem que existe uma relação significativa entre sintomatologia emocional e o género, sendo as mulheres que têm maior possibilidade de desenvolver sintomatologia emocional. Parece haver, também uma tendência para uma relação entre a sintomatologia emocional e a idade dos pacientes, sendo que a idade é mais elevada para o grupo dos que apresentam menos sintomatologia emocional. Indivíduos que apresentavam sintomatologia emocional reduzida apresentaram valores significativamente mais elevados de mindfulness, nas subescalas PHLMS aceitação e PHLMS total, e de regulação emocional, na subescala melhoria do afeto intrínseco. Relativamente à regulação emocional -pioria afeto extrínseco e pioria afeto intrínseca- e à inflexibilidade psicológica total valores mais elevados nestas estão associados a sintomatologia emocional elevada. Conclusão:Com este estudo podemos concluir que o mindfulness e a regulação emocional são fatores protetores de sintomatologia emocional, isto é, níveis mais elevados de destes estão associados a sintomatologia emocional reduzida. Contrariamente, a inflexibilidade psicológica é um fator de risco para os sintomas emocionais, ou seja, valores mais elevados de inflexibilidade psicológica encontram-se associados a sintomatologia emocional elevada.
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A flexibilidade psicológica é a capacidade de um indivíduo se manter em contacto com o momento presente, tendo consciência dos seus pensamentos e das suas emoções, bem como moldar os seus comportamentos consoante as diferentes situações que possam surgir. O mindfulness disposicional é um traço inerente ao próprio indivíduo no qual este apresenta um estado de consciência e atenção plena sem julgamento e de aceitação sem que haja prática de meditação. Objetivo: Assim, é desiderato deste trabalho estudar a influência da regulação emocional, da inflexibilidade psicológica e do mindfulness disposicional, bem como da idade, do sexo, doestado civil, da escolaridade e da situação profissional na sintomatologia emocional. Materiais e métodos: O estudo foi baseado numa amostra de 390 pacientes acompanhados em terapia cognitivo-comportamental numa clínica de saúde mental .Os instrumentos utilizados foram a Escala de Mindfulness de Filadélfia (PHLMS), a Escala de Regulação Emocional dos Outros e do Eu (EROS), o Questionário de Aceitação e Ação II (AAQ -II) e o Inventário Breve de Sintomas (BSI). Resultados: Os resultados obtidos, com base na amostra clínica referente a este estudo, sugerem que existe uma relação significativa entre sintomatologia emocional e o género, sendo as mulheres que têm maior possibilidade de desenvolver sintomatologia emocional. Parece haver, também uma tendência para uma relação entre a sintomatologia emocional e a idade dos pacientes, sendo que a idade é mais elevada para o grupo dos que apresentam menos sintomatologia emocional. Indivíduos que apresentavam sintomatologia emocional reduzida apresentaram valores significativamente mais elevados de mindfulness, nas subescalas PHLMS aceitação e PHLMS total, e de regulação emocional, na subescala melhoria do afeto intrínseco. Relativamente à regulação emocional -pioria afeto extrínseco e pioria afeto intrínseca- e à inflexibilidade psicológica total valores mais elevados nestas estão associados a sintomatologia emocional elevada. Conclusão:Com este estudo podemos concluir que o mindfulness e a regulação emocional são fatores protetores de sintomatologia emocional, isto é, níveis mais elevados de destes estão associados a sintomatologia emocional reduzida. Contrariamente, a inflexibilidade psicológica é um fator de risco para os sintomas emocionais, ou seja, valores mais elevados de inflexibilidade psicológica encontram-se associados a sintomatologia emocional elevada.Introduction: Mental health is a basic element in the individual's holistic health status. There are multiple variables which interfere with the mental health of individuals, culminating in more or less high emotional symptoms. In this study, the variables to be studied include: emotion regulation, psychological inflexibility, dispositional mindfulness and a set of sociodemographic variables. The emotion regulation of an individual allows him to remain flexible and stable in the most diverse situations in which some degree of adaptation is required. Psychological flexibility is the ability of an individual to keep in touch with the present moment, being aware of his thoughts and emotions, as well as to shape his behaviors according to the different situations that may arise. The dispositional mindfulness is a trait inherent to the individual himself, in which he presents a state of awareness and full attention without judgment and acceptance without the practice of meditation. Objective:The purpose of this work is to study the influence of emotion regulation, psychological inflexibility and dispositional mindfulness, as well as age, sex, marital status, education and professional situation, in emotional symptomatology. Methods:The study was based on a sample of 390 patients followed up on cognitivebehavioral therapy at a mental health clinic. The instruments used were the Philadelphia Mindfulness Scale (PHLMS), the Emotion Regulation of Others and Self (EROS) scale, the Acceptance and Action Questionnaire II (AAQ -II) and the Brief Symptom Inventory (BSI). Results:The results obtained, based on the clinical sample referring to this study, suggest that there is a significant relationship between emotional symptomatology and gender, being that women are more likely to develop emotional symptoms. There also seems to be a trend towards a relationship between emotional symptoms and the age of the patients, with those with a higher average age having less emotional symptoms. Individuals who presented reduced emotional symptoms had significantly higher values of mindfulness, in the subscales PHLMS acceptance and PHLMS total, and of emotional regulation, in the subscale improvement of intrinsic affect. Regarding emotion regulation - worsening extrinsic affect and worsening intrinsic affect - and psychological inflexibility, higher values in these are associated with high emotional symptoms. Conclusion: With this study, we can conclude that mindfulness and emotional regulation are protective factors of emotional symptomatology, that is, higher levels of mindfulness and emotional regulation are associated with reduced emotional symptoms. On the other hand, psychological inflexibility is a risk factor for emotional symptomatology, that is, higher values of psychological inflexibility are associated with more emotional symptoms.Vitória, Paulo dos Santos DuarteNunes, Ricardo João Teixeira; Célia Maria PintouBibliorumMeireles, Ana José Mendes2020-12-14T14:23:11Z2020-07-022020-05-212020-07-02T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/10663TID:202547930porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:52:37Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/10663Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:50:34.201539Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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