CONSUMO DE DROGAS ENTRE ADOLESCENTES INSTITUCIONALIZADOS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v24.i0.9431 |
Resumo: | Introdução: o consumo de drogas na adolescência é um problema preocupante. Pretendemos caraterizá-lo numa população de adolescentes institucionalizados do concelho de Braga. Metodologia: aplicação de um inquérito a uma amostra de conveniência, constituída pelos adolescentes de 5 instituições de solidariedade social. Resultados: o estudo incluiu 68 adolescentes, 42 de género feminino, com idade média 15,4 (12-18) anos. Todos afirmavam já ter ouvido falar de drogas, 41% em casa, 48% na instituição, 75% na escola, 57% na televisão, 54% com os amigos ou noutro contexto12%. Na amostra, 60 afirmaram ter amigos fumadores, 43 (63%) afirmaram já ter experimentado, com idade média de 12,5 (7-16) anos, dos quais 26 mantêm o consumo, 13 diariamente. Os que mantêm o consumo diariamente têm idade média 15,8 anos e fumam em média 5,1 cigarros/ dia. Relativamente ao álcool, 44 afirmaram ter amigos consumi- dores, 52 (76%) afirmaram ter experimentado, com idade média de 12,5 (9-17) anos. Destes, 13 mantêm o consumo, com idade média 16,2 anos. Relativamente a outras drogas, 32 afirmaram ter amigos consumidores, 21 (31%) tinham experimentado, dois não sabiam que droga estavam a consumir. A substância mais consumida foi o haxixe (20), um referiu ter consumido anfetaminas, um cocaína e um outro estimulantes. As substâncias foram preferencial- mente consumidas fumadas (23) e, menos frequentemente, em comprimidos (5). Tinham idade média 12,5 (10-16) anos. Destes, 9 mantêm o consumo, (diário em 3, 2 a 3 vezes por semana em 2, ou esporádico em 4). Os locais mais citados para estes consumos foram as escolas e a rua. As razões que motivaram o consumo mais referidas foram esquecer um acontecimento desagradável ou por diversão. No total, 9 já tinham sido submetidos a pesquisa de drogas no sangue/ urina e 31 afirmaram ter familiares consumidores de drogas. Conclusão: nesta amostra, a maioria dos inquiridos afirmou já ter experimentado algum tipo de droga, com uma idade média mais precoce que a relatada noutros trabalhos. A primeira experiência ocorreu em idade semelhante independentemente do tipo de droga. O álcool foi a substância que mais afirmaram ter experimentado; o tabaco foi a mais associada ao consumo continuado. Entre as substâncias ilícitas, a cannabis foi, à semelhança de outros resultados nacionais, a mais consumida. O consumo ocorreu preferencialmente na escola. |
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Introdução: o consumo de drogas na adolescência é um problema preocupante. Pretendemos caraterizá-lo numa população de adolescentes institucionalizados do concelho de Braga. Metodologia: aplicação de um inquérito a uma amostra de conveniência, constituída pelos adolescentes de 5 instituições de solidariedade social. Resultados: o estudo incluiu 68 adolescentes, 42 de género feminino, com idade média 15,4 (12-18) anos. Todos afirmavam já ter ouvido falar de drogas, 41% em casa, 48% na instituição, 75% na escola, 57% na televisão, 54% com os amigos ou noutro contexto12%. Na amostra, 60 afirmaram ter amigos fumadores, 43 (63%) afirmaram já ter experimentado, com idade média de 12,5 (7-16) anos, dos quais 26 mantêm o consumo, 13 diariamente. Os que mantêm o consumo diariamente têm idade média 15,8 anos e fumam em média 5,1 cigarros/ dia. Relativamente ao álcool, 44 afirmaram ter amigos consumi- dores, 52 (76%) afirmaram ter experimentado, com idade média de 12,5 (9-17) anos. Destes, 13 mantêm o consumo, com idade média 16,2 anos. Relativamente a outras drogas, 32 afirmaram ter amigos consumidores, 21 (31%) tinham experimentado, dois não sabiam que droga estavam a consumir. A substância mais consumida foi o haxixe (20), um referiu ter consumido anfetaminas, um cocaína e um outro estimulantes. As substâncias foram preferencial- mente consumidas fumadas (23) e, menos frequentemente, em comprimidos (5). Tinham idade média 12,5 (10-16) anos. Destes, 9 mantêm o consumo, (diário em 3, 2 a 3 vezes por semana em 2, ou esporádico em 4). Os locais mais citados para estes consumos foram as escolas e a rua. As razões que motivaram o consumo mais referidas foram esquecer um acontecimento desagradável ou por diversão. No total, 9 já tinham sido submetidos a pesquisa de drogas no sangue/ urina e 31 afirmaram ter familiares consumidores de drogas. Conclusão: nesta amostra, a maioria dos inquiridos afirmou já ter experimentado algum tipo de droga, com uma idade média mais precoce que a relatada noutros trabalhos. A primeira experiência ocorreu em idade semelhante independentemente do tipo de droga. O álcool foi a substância que mais afirmaram ter experimentado; o tabaco foi a mais associada ao consumo continuado. Entre as substâncias ilícitas, a cannabis foi, à semelhança de outros resultados nacionais, a mais consumida. O consumo ocorreu preferencialmente na escola. |
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