Trabalhador, colaborador ou recurso?: a distância ao poder que uma simples palavra esconde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/18391 |
Resumo: | A presente dissertação centra-se no termo usado nas empresas, no cerne do que são as relações laborais, para designar quem nelas trabalha, tendo sido auscultados o Estado, empresas e sindicatos, para deles obter a sua visão sobre o tema em apreço. A dissertação visa não só a atualidade, mas também a evolução do termo em termos históricos. Onde antes se falava de trabalhadores, e depois se passou a falar de colaboradores, mais recentemente fala-se em recursos, sendo usado atualmente qualquer um destes três termos, cuja escolha ou variação depende de uma multiplicidade de fatores, endógenos e exógenos às empresas. O principal objetivo da presente dissertação é, assim entender o modo como o termo é percecionado por uns e outros dos três atores do mundo do trabalho (empresas, trabalhadores, sindicatos), e qual o termo pelo qual as pessoas efetivamente preferem ser tratadas. O segundo objetivo é entender se o termo é de alguma forma alterador da distância ao poder, agindo como fator inclusivo ou exclusivo das pessoas nos grupos e/ou organizações em que se inserem. Para proceder à recolha dos dados pretendidos, recorreu-se a duas ferramentas. Por um lado, a observação, por via do envio direto de uma questão a Estado e sindicatos; por outro, recorrendo a um inquérito, distribuído através da internet, para posterior análise de valores e tendências. Quanto aos sindicatos, o termo "trabalhador" é unanimemente tido como mais adequado, senão mesmo o único a dever ser usado, havendo quem o classifique como "pouco digno" e de raiz "ecomomicista", partilhando o Estado dessa opinião, sem os considerandos referidos por este. Relativamente ao inquérito, a amostra do estudo é constituída por 118 respondentes, dos quais 56,78% são mulheres, com 14,4% na faixa etária compreendida entre os 35 e os 45 anos e 17,8% com mais de 50 anos, tendo a grande maioria uma licenciatura (independentemente do género), e trabalhando em Lisboa (72,88%). Relativamente aos termos em análise, a maioria dos inquiridos (62,50%) prefere o termo "colaborador" sendo ainda que 56,41% considera que o termo em si é fator de aproximação entre pessoas e empresas.Dos inquiridos que revelaram esta preferência, 56,68% são do género feminino, com a maioria a localizar-se na faixa etária "mais de 50 anos" (38,14%), sendo que 80,51% tem mais de 35 anos. |
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Trabalhador, colaborador ou recurso?: a distância ao poder que uma simples palavra escondeRelações do trabalhoGestão de recursos humanosSindicatoEstadoWorkerColaboratorResourceDistancePowerWork relationsA presente dissertação centra-se no termo usado nas empresas, no cerne do que são as relações laborais, para designar quem nelas trabalha, tendo sido auscultados o Estado, empresas e sindicatos, para deles obter a sua visão sobre o tema em apreço. A dissertação visa não só a atualidade, mas também a evolução do termo em termos históricos. Onde antes se falava de trabalhadores, e depois se passou a falar de colaboradores, mais recentemente fala-se em recursos, sendo usado atualmente qualquer um destes três termos, cuja escolha ou variação depende de uma multiplicidade de fatores, endógenos e exógenos às empresas. O principal objetivo da presente dissertação é, assim entender o modo como o termo é percecionado por uns e outros dos três atores do mundo do trabalho (empresas, trabalhadores, sindicatos), e qual o termo pelo qual as pessoas efetivamente preferem ser tratadas. O segundo objetivo é entender se o termo é de alguma forma alterador da distância ao poder, agindo como fator inclusivo ou exclusivo das pessoas nos grupos e/ou organizações em que se inserem. Para proceder à recolha dos dados pretendidos, recorreu-se a duas ferramentas. Por um lado, a observação, por via do envio direto de uma questão a Estado e sindicatos; por outro, recorrendo a um inquérito, distribuído através da internet, para posterior análise de valores e tendências. Quanto aos sindicatos, o termo "trabalhador" é unanimemente tido como mais adequado, senão mesmo o único a dever ser usado, havendo quem o classifique como "pouco digno" e de raiz "ecomomicista", partilhando o Estado dessa opinião, sem os considerandos referidos por este. Relativamente ao inquérito, a amostra do estudo é constituída por 118 respondentes, dos quais 56,78% são mulheres, com 14,4% na faixa etária compreendida entre os 35 e os 45 anos e 17,8% com mais de 50 anos, tendo a grande maioria uma licenciatura (independentemente do género), e trabalhando em Lisboa (72,88%). Relativamente aos termos em análise, a maioria dos inquiridos (62,50%) prefere o termo "colaborador" sendo ainda que 56,41% considera que o termo em si é fator de aproximação entre pessoas e empresas.Dos inquiridos que revelaram esta preferência, 56,68% são do género feminino, com a maioria a localizar-se na faixa etária "mais de 50 anos" (38,14%), sendo que 80,51% tem mais de 35 anos.This dissertation is centered on the term used at companies, within the focus of work relations, to designate who works at them, having been invited to participate the Government, companies and unions, in order to get their opinion on said word. The dissertation aims not only the present, but also the evolution of the term, historically. Where once people mentioned workers, and then proceeded to mention collaborators, more recently they mention resource, actually being used either word, whose choice or variation depends on multiple factors, endogenous and exogenous to companies. The main objective of the dissertation is, therefore, to understand how the word is perceived by either of the three actors of the world of work (companies, workers, unions), and what term people choose to be treated by. The second objective is to understand if the word, in some way, changes the power distance, acting as including or excluding people in the groups and/or companies they are inserted in. In order to proceed to gathering data, two tools were used. On one hand, observation, by sending a question directly to both Government and unions and, on the other hand, through a survey, distributed online, for later analysis of values and trends. As to the unions, the word "worker" is unanimously considered as the most adequate if not the only one to be used, with some labeling it as "economicist", sharing the Government’s point of view, without other considerations mentioned by the latter. Regarding the survey, the sample is made by 118 responses, of which 56,78% are women, with 14,4% between 35 and 45 years old and 17,8% over 50, the vast majority having a degree (regardless of gender) and working in Lisbon (72,88%). Lookig towards the terms in study, the majority (62,50%) prefers "colaborator", being that 56,41% considers the expression, in itself, a factor that brings people and companies closer together. From those who revealed this trend, 56,68% are women, the majority in the "over 50 years old" range (38,14%), with 80,51% over 35.2019-07-05T12:18:38Z2018-10-30T00:00:00Z2018-10-302018-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/18391TID:202178137porMoreira, Luís Alberto Salgado Martinsinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:25:23Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/18391Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:11:30.427039Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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