Construir a memória de uma paisagem em ruína: Narrativa pós explosão, entre a cidade e o porto de Beirute
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/27408 |
Resumo: | A explosão no Porto de Beirute foi uma tragédia para o país e, um pretexto para imaginar o futuro do local pós trauma. Este incidente foi um ponto de viragem para o Líbano, um país que se tem vindo a transformar ao longo dos anos na sequência de uma série de eventos históricos prejudiciais face a todas as tentativas de evolução. Atualmente, somos confrontados com uma cidade disfuncional, com a sua principal fonte económica arruinada. Este é o ponto de partida para a conceção do seu desenho urbano que visa dar resposta a um conjunto de questões que extrapolam o porto propriamente dito e se estendem à escala da cidade. No (re)desenho da infraestrutura portuária procurou-se repensar o limite da antiga linha de costa entre o porto e a cidade. O limite materializa-se numa estrutura linear que conecta duas cotas e, contém sistemas público/privados, de modo a transformar-se em infraestrutura de ligação. Esta estratégia urbana é transportada para o desenho de uma infraestrutura pedonal que procura estender a cidade até a ruína dos silos. A infraestrutura que perdeu a sua função procura dar resposta às necessidades do lugar, nomeadamente às suas dimensões materiais e imateriais. Preserva-se a ruína dos silos transformando-a em matéria construtiva da avenida. A água é compreendida como matéria para habitar a ruína, sendo o elemento que acompanha e desenha o programa. Memória e matéria, conciliam a história do lugar e carga poética, com um pensamento contemporâneo voltado para o futuro. |
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Construir a memória de uma paisagem em ruína: Narrativa pós explosão, entre a cidade e o porto de BeiruteRuínas -- RuinsMemóriaÁgua -- WaterInfraestruturasPaisagem -- LandscapeMemoryInfrastructureA explosão no Porto de Beirute foi uma tragédia para o país e, um pretexto para imaginar o futuro do local pós trauma. Este incidente foi um ponto de viragem para o Líbano, um país que se tem vindo a transformar ao longo dos anos na sequência de uma série de eventos históricos prejudiciais face a todas as tentativas de evolução. Atualmente, somos confrontados com uma cidade disfuncional, com a sua principal fonte económica arruinada. Este é o ponto de partida para a conceção do seu desenho urbano que visa dar resposta a um conjunto de questões que extrapolam o porto propriamente dito e se estendem à escala da cidade. No (re)desenho da infraestrutura portuária procurou-se repensar o limite da antiga linha de costa entre o porto e a cidade. O limite materializa-se numa estrutura linear que conecta duas cotas e, contém sistemas público/privados, de modo a transformar-se em infraestrutura de ligação. Esta estratégia urbana é transportada para o desenho de uma infraestrutura pedonal que procura estender a cidade até a ruína dos silos. A infraestrutura que perdeu a sua função procura dar resposta às necessidades do lugar, nomeadamente às suas dimensões materiais e imateriais. Preserva-se a ruína dos silos transformando-a em matéria construtiva da avenida. A água é compreendida como matéria para habitar a ruína, sendo o elemento que acompanha e desenha o programa. Memória e matéria, conciliam a história do lugar e carga poética, com um pensamento contemporâneo voltado para o futuro.The explosion in the Port of Beirut was a tragedy for the country and the motivation to imagine the future of the place post trauma. This incident was a turning point for Lebanon, a country that has been transformed over the years following a series of historical events detrimental to all attempts at evolution. Currently, we are faced with a dysfunctional city with its main economic source ruined. This being the starting point for the conception of an urban design, which aims to respond to a set of issues that go beyond the port itself and extend to the scale of the city. In the (re)design of the port infrastructure we rethink the limit of the old coastline between the port and the city. The limit is materialized in a linear structure that connects two levels and, contains public/private systems, in order to become a connecting infrastructure. This urban strategy is carried over into the design of a pedestrian infrastructure that seeks to extend the city to the ruin of the silos. The infrastructure that lost its function seeks to respond to the needs of the place, namely its material and immaterial dimensions. The ruin of the silos is preserved, transforming it into constructive matter of the avenue. Water is understood as matter to inhabit the ruin, being the element that accompanies and designs the program. Memory and matter conciliate the history of the place and its poetic charge, with a contemporary thought turned to the future.2025-12-13T00:00:00Z2022-12-14T00:00:00Z2022-12-142022-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/27408TID:203173260porFelenchak, Anastasiyainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:39:56Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/27408Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:18:26.177623Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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