Desenvolvimento de argamassas para uma economia circular

• Autor(a) principal: Bernardes, Daniela Alexandra Ferreira
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/31103
• topic: Economia circular; Argamassas; Betonilhas; Resíduos; ASIC

Ao longo dos últimos anos tem-se vindo a verificar uma mudança na sociedade, relativamente a questões do foro ambiental, social e económico. Cada vez mais, a sociedade tem vindo a deparar-se com a questão de “E porque não utilizar alguns resíduos na substituição parcial e/ou total de alguns recursos naturais devido à sua escassez?” Com este pragmatismo imposto, surge então a necessidade de pensar em adquirir conhecimentos, análises e resultados do estudo dessa substituição e/ou incorporação de resíduos em materiais de construção como argamassas de reboco e betonilhas para pisos radiantes. O trabalho incidiu sobre o estudo dos materiais e agregados, nomeadamente, a substituição parcial da areia no caso das argamassas de reboco pelos resíduos em estudo, e na incorporação dos resíduos em estudo nas betonilhas fornecidas pela empresa Saint-Gobain Portugal. Na análise aos resíduos, avaliaram-se propriedades e características como a distribuição granulométrica, a massa volúmica, a área superficial específica, entre outras. Na análise destes produtos em pasta avaliou-se a trabalhabilidade pelo método do espalhamento. Na análise dos produtos endurecidos determinaram-se, ao fim de cura a 28 e 90 dias, propriedades físicas tais como a massa volúmica, o módulo de elasticidade e a condutibilidade térmica. Também foram determinadas as propriedades mecânicas como a resistência à flexão e a resistência à compressão. Por fim, foi avaliada a viabilidade das soluções encontradas, tendo também em consideração o coeficiente de capilaridade e a verificação do desenvolvimento de eflorescências nos produtos. A introdução dos resíduos em estudo, nomeadamente o ASIC, permitiu alcançar com sucesso os objetivos pretendidos, nomeadamente, estudar e desenvolver argamassas que possuam na sua composição resíduos como alternativa a matérias primas naturais numa perspetiva de contribuir para o modelo de economia circular, sendo possível se substituir a areia nas argamassas de revestimento e nas betonilhas para pisos radiantes. Com este estudo, obteve-se em algumas amostras o mesmo desempenho equivalente ao modelo convencional, e noutras uma melhoria.