Corsários na Inquisição de Lisboa (Século XVII)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Torres, Ricardo Jorge Castelo de Sá
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1822/77867
Resumo: Dissertação de mestrado em História
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spelling Corsários na Inquisição de Lisboa (Século XVII)Corsairs in the Lisbon Inquisition (17th century)CorsoInquisiçãoMagrebePiratariaRenegadosInquisitionMaghrebPiracyPrivateeringRenegadeHumanidades::História e ArqueologiaDissertação de mestrado em HistóriaA pirataria é um fenómeno com origens antiquíssimas e com uma história que se confunde com a própria história da navegação marítima. Desde que a humanidade elegeu viajar e escoar produtos por esta via, depressa a pirataria apareceu em cena tentando fazer lucro a partir do furto desses bens. Com a extrema longevidade apresentada por esta atividade não é surpreendente que a mesma tenha apresentado notórias variações, uma das quais acicatou a nossa curiosidade. A presente dissertação debruçar-se-á sobre o corso, para todos os efeitos, salvaguardadas as devidas diferenças, um tipo de pirataria. O raiar das regências magrebinas, nomeadamente a de Argel, levou a um incremento exponencial da atividade corsária no Mediterrâneo, sendo este um dos palcos onde as tensões entre a Cristandade e o Islão encontraram expressão. Também aqui o corso teve um papel a desempenhar, sendo usado como mais um utensílio no quadro do aludido conflito. Estes confrontos navais não resultavam apenas no saque de bens materiais por parte dos vencedores, mas também na captura dos ocupantes das embarcações derrotadas, os quais não só eram feitos prisioneiros como comercializados como meras mercadorias. Quando os cativos cristãos se viam em terras que lhes eram estranhas, em muitos casos, acabavam por renunciar à sua fé e, abraçando o Islão, passavam a integrar as tripulações corsárias. Em tudo semelhante a esta lógica, também os corsários capturados e levados a terras cristãs, por vezes, se convertiam ao cristianismo. São estas conversões religiosas que colocaram estes homens sob a alçada da Inquisição e foi precisamente do Tribunal do Santo Ofício de Lisboa que retirámos o riquíssimo espólio documental que serviu de fonte primordial da elaboração da presente dissertação. Através dos processos movidos pela máquina inquisitorial a estes corsários pretendemos compreender melhor algumas histórias de vida, bem como encontrar similitudes e diferenças entres estas. Para além de permitir um vislumbre daquilo que era o modo de funcionamento do Santo Ofício, estes processos oferecem-nos dados particularmente relevantes para uma reconstrução de uma visão do outro por parte dos inquisidores.Piracy is a phenomenon with ancient origins and a history that is intertwined with the history of maritime navigation itself. Since humanity chose to travel and transport products through this mean, piracy soon appeared on the scene trying to make a profit from the theft of these goods. Considering the extreme longevity shown by this activity, it is not surprising that it has several variations, one of which piqued our interest. This dissertation will focus on privateering, for all intents and purposes, keeping in mind the disparities between the two phenomena, a type of piracy. The rise of Maghreb’s regencies, namely Algiers, led to an exponential increase in corsair activity in the Mediterranean, this being one of the stages where the tensions between Christianity and Islam are expressed. Privateering had a role to play, being used as another instrument in the context of the aforementioned conflict. These naval clashes not only resulted in the looting of material goods by the victors, but also in the capture of the occupants of the defeated vessels, who were not simply taken prisoner but also traded as mere merchandise. When Christian captives found themselves in lands that were foreign to them, in many cases, they ended up renouncing their faith and, embracing Islam, joining corsair crews. Similar to this logic, corsairs captured and taken to Christian lands sometimes converted to Christianity. It is these religious conversions that placed these men under the authority of the Inquisition, and it was precisely from the Lisbon Inquisition archive that we took the rich collection of documents that served as the primary source for the writing of this dissertation. Through the court cases moved by the inquisitorial machine against these corsairs, we intend to better understand a few life stories, as well as find similarities and differences between them. In addition to providing a glimpse of the Inquisition’s inner workings, these cases offer us exceptionally relevant data regarding the reconstruction of a concept of the Other held by the inquisitors.Lázaro, António Manuel ClementeUniversidade do MinhoTorres, Ricardo Jorge Castelo de Sá20212021-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/1822/77867por202987272info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:39:21Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/77867Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:35:56.979980Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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