Punição física: Crenças dos cuidadores e práticas educativas utilizadas em Portugal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.12/8865 |
Resumo: | A investigação demonstrou consistentemente que a punição física é prejudicial ao desenvolvimento infantil (Heilman et al., 2021), apesar de continuar a ser culturalmente aceite em muitos países (United Nations Children's Fund, 2014). Em Portugal, poucos estudos examinaram a utilização da punição física e as crenças que lhe estão associadas. Esta dissertação teve como objetivos descrever os relatos das mães portuguesas acerca da utilização e(in)adequação de diferentes práticas educativas parentais e acerca das suas crenças em relação à punição física e examinar a variabilidade inter-individual nestes relatos, em função das características das crianças, das mães e do agregado familiar. Um total de 280 mães portuguesas de crianças entre os 5 e os 14 anos completaram a Escala de Crenças sobre a Punição física (Machado et al., 2000) e o Inventário de Práticas Educativas Parentais (Machado et al., 2000). Os resultados mostraram que mais de metade das mães relatou ter utilizado a prática de bater no rabo com a mão. Esta prática punitiva foi mais prevalente nas mães mais novas, que relataram menor qualidade da relação conjugal, ter mais filhos e crianças mais novas. Contudo, a maior aceitabilidade em relação à punição física foi o fator que se associou à utilização de práticas punitivas de forma mais consistente. Além da menor escolaridade e estatuto socioeconómico, estes fatores também se associaram a uma maior aceitabilidade da punição física. Estes resultados sublinham a importância de considerar as crenças parentais acerca da punição física na investigação futura e no desenvolvimento de práticas baseadas na evidência. |
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A investigação demonstrou consistentemente que a punição física é prejudicial ao desenvolvimento infantil (Heilman et al., 2021), apesar de continuar a ser culturalmente aceite em muitos países (United Nations Children's Fund, 2014). Em Portugal, poucos estudos examinaram a utilização da punição física e as crenças que lhe estão associadas. Esta dissertação teve como objetivos descrever os relatos das mães portuguesas acerca da utilização e(in)adequação de diferentes práticas educativas parentais e acerca das suas crenças em relação à punição física e examinar a variabilidade inter-individual nestes relatos, em função das características das crianças, das mães e do agregado familiar. Um total de 280 mães portuguesas de crianças entre os 5 e os 14 anos completaram a Escala de Crenças sobre a Punição física (Machado et al., 2000) e o Inventário de Práticas Educativas Parentais (Machado et al., 2000). Os resultados mostraram que mais de metade das mães relatou ter utilizado a prática de bater no rabo com a mão. Esta prática punitiva foi mais prevalente nas mães mais novas, que relataram menor qualidade da relação conjugal, ter mais filhos e crianças mais novas. Contudo, a maior aceitabilidade em relação à punição física foi o fator que se associou à utilização de práticas punitivas de forma mais consistente. Além da menor escolaridade e estatuto socioeconómico, estes fatores também se associaram a uma maior aceitabilidade da punição física. Estes resultados sublinham a importância de considerar as crenças parentais acerca da punição física na investigação futura e no desenvolvimento de práticas baseadas na evidência. |
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