Parto Vaginal após Cesariana: a experiência do CHUCB

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teodoro, Ana Maria Grilo
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/13445
Resumo: Para mulheres com uma primeira cesariana, uma tentativa bem-sucedida de trabalho de parto oferece várias vantagens distintas e consistentemente reprodutíveis em comparação com uma cesariana eletiva de repetição, incluindo menos histerectomias, menos eventos tromboembólicos, menores taxas de transfusão sanguínea e menor tempo de internamento. No entanto, quando a tentativa de parto após a cesariana falha, a cesariana de emergência está associada a aumento de rutura uterina, histerectomia, lesão operatória, transfusão de sangue, endometrite e maior permanência hospitalar. Este trabalho de investigação tem como principal objetivo avaliar a taxa de sucesso do parto vaginal após cesariana (PVAC) no Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira (CHUCB) entre os anos de 2016 e 2020, avaliando alguns dos fatores que contribuem para o sucesso e/ou insucesso do mesmo. Após a sua realização, concluiu-se que a taxa de PVAC no CHUCB foi de 35,7%, no período estudado. Foram observadas elevadas taxas de episiotomia e laceração nos partos vaginais estudados, que não se traduziram num maior número de complicações major, nomeadamente lesões perineais graves. A rutura uterina é a complicação mais temida de uma prova de trabalho de parto após cesariana (PTPAC). No CHUCB existiu apenas um registo de rutura uterina por uma PTPAC malsucedida. Ainda assim, o PVAC associou-se a uma menor taxa de complicações graves e menor período de internamento, que o parto por cesariana após cesariana (PCAC). Relativamente às mortes fetais, verificou-se uma taxa inferior à de outros trabalhos semelhantes e sem relação com o tipo de parto. O corrente projeto de investigação traz alguma evidência que pode ser útil para a formulação de novos protocolos ou algoritmos de decisão no momento do parto, numa mulher com uma cesariana prévia.
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