Impacto da questão “quanto tempo me resta de vida?” numa estudante de pós-graduação em cuidados paliativos
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1822/74436 |
Resumo: | A formação avançada em Cuidados Paliativos possibilita o desenvolvimento de competências específicas nos estudantes. Objetivos: relatar a experiência vivenciada por uma estudante de pós-graduação, durante o seu estágio integrada numa equipa intra-hospitalar de suporte em cuidados paliativos (EIHSCP), a qual foi interpelada por um doente: “Quanto tempo me resta de vida?” e promover a reflexão sobre a angústia espiritual do doente e quais as ferramentas de gestão emocional que o enfermeiro necessita ter para, com perícia, gerir as emoções. Procedimento: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência. A vivência descrita baseia-se na observação e registos efetuados durante seis visitas realizadas pela estudante e EIHSCP. Foi priorizado o relato das experiências na 1ª, 2ª, 3ª e 6ª visita, pela relevância dos dados. Os princípios éticos, inerentes ao relato da experiência, foram respeitados. Resultados: Doente do sexo masculino, em fim de vida, com adenocarcinoma pulmonar em estadio IV. Na primeira e restantes visitas manifestou vontade de ir para casa. A estudante desenvolveu o sentido de observação, utilizou a escuta ativa e o silêncio terapêutico. Na 2ª visita, foi abordada a possibilidade do apoio espiritual cristão. Esta abordagem despertou no doente a questão de âmbito espiritual “quanto tempo me resta de vida?”. A estudante confrontou-se com sentimentos de compaixão, medo e angústia espiritual, necessitando de desenvolver a autorreflexão. Na 3ª visita, houve a conferência familiar e a mãe do doente colocou a mesma questão. A estudante utilizou as ferramentas de consciencialização para com a família. Na 6ª visita, o doente continuava a perguntar “quanto tempo me resta?”, manifestando angústia por não se ter despedido da família e amigos. A estudante desenvolveu a compaixão, mantendo o conforto psico-espiritual do doente. Conclusão: A aprendizagem diferenciada em cuidados paliativos, dota o enfermeiro de ferramentas capazes de manter um cuidado humanizador para além das intervenções meramente tecnicistas. |
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Impacto da questão “quanto tempo me resta de vida?” numa estudante de pós-graduação em cuidados paliativosImpact of the question “how long do I have left to live?” On a graduate students in palliative careEnfermagem de cuidados paliativosAssistência terminalEducação de pós-graduação em enfermagemEmoçõesHospice and palliative care nursingTerminal careEducationNursingGraduateEmotionsCiências Médicas::Outras Ciências MédicasA formação avançada em Cuidados Paliativos possibilita o desenvolvimento de competências específicas nos estudantes. Objetivos: relatar a experiência vivenciada por uma estudante de pós-graduação, durante o seu estágio integrada numa equipa intra-hospitalar de suporte em cuidados paliativos (EIHSCP), a qual foi interpelada por um doente: “Quanto tempo me resta de vida?” e promover a reflexão sobre a angústia espiritual do doente e quais as ferramentas de gestão emocional que o enfermeiro necessita ter para, com perícia, gerir as emoções. Procedimento: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência. A vivência descrita baseia-se na observação e registos efetuados durante seis visitas realizadas pela estudante e EIHSCP. Foi priorizado o relato das experiências na 1ª, 2ª, 3ª e 6ª visita, pela relevância dos dados. Os princípios éticos, inerentes ao relato da experiência, foram respeitados. Resultados: Doente do sexo masculino, em fim de vida, com adenocarcinoma pulmonar em estadio IV. Na primeira e restantes visitas manifestou vontade de ir para casa. A estudante desenvolveu o sentido de observação, utilizou a escuta ativa e o silêncio terapêutico. Na 2ª visita, foi abordada a possibilidade do apoio espiritual cristão. Esta abordagem despertou no doente a questão de âmbito espiritual “quanto tempo me resta de vida?”. A estudante confrontou-se com sentimentos de compaixão, medo e angústia espiritual, necessitando de desenvolver a autorreflexão. Na 3ª visita, houve a conferência familiar e a mãe do doente colocou a mesma questão. A estudante utilizou as ferramentas de consciencialização para com a família. Na 6ª visita, o doente continuava a perguntar “quanto tempo me resta?”, manifestando angústia por não se ter despedido da família e amigos. A estudante desenvolveu a compaixão, mantendo o conforto psico-espiritual do doente. Conclusão: A aprendizagem diferenciada em cuidados paliativos, dota o enfermeiro de ferramentas capazes de manter um cuidado humanizador para além das intervenções meramente tecnicistas.Advanced training in Palliative Care enables the development of specific skills in students. Aims: to report the experience of a postgraduate student during her internship integrated in an Hospital Palliative Care team (HPC) who was questioned by a patient: “How much time do I have left to live?” and promote reflection on the patient’s spiritual distress and what emotional management tools does the nurse need to have to manage emotions. Procedure: Descriptive study, experience report type. The experience described is based on the observation and records made during six visits by the student and the HPC. The report of the experiences in the 1st, 2nd, 3rd and 6th visits was prioritized due to the relevance of the data. Ethical principles, inherent to the report of experience, were respected. Male patient, at end of life, with stage IV pulmonary adenocarcinoma. Results: At the first and remaining visits, he expressed his wish to go home. The student developed a sense of observation and used active listening and therapeutic silence. At the 2nd visit, the possibility of Christian spiritual support was discussed. This approach aroused in the patient the spiritual question “how much time do I have left to live?”. The student needed to develop self-reflection when confronted with feelings of compassion, fear and spiritual anguish. At the 3rd visit, there was the family conference and the patient’s mother asked the same question. The student used the awareness tools for the family. At the 6th visit, the patient continued to ask “how much time do I have left?”, expressing anguish by not having said goodbye to his family and friends. The student developed compassion, maintaining the patient’s psycho-spiritual comfort. Conclusion: The differentiated learning in palliative care endows the nurse with tools capable of maintaining humanizing care beyond merely technical interventions.Asociación Nacional de Psicología Evolutiva y Educativa de la Infancia, Adolescencia y Mayores (INFAD)Universidade do MinhoAmorim, JoanaMendes, Maria GoretiEncarnação, Paula2021-06-022021-06-02T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/1822/74436eng0214-9877cv-prod-26017732603-598710.17060/ijodaep.2021.n1.v2.2102https://revista.infad.eu/index.php/IJODAEP/article/view/2102info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:36:40Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/74436Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:32:49.081425Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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