Camus, o Africano

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cordeiro, Cristina Robalo
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/88636
Resumo: Before considering directly the question of the “African-ness” of Albert Camus, I must briefly describe the way which led my thoughts to it. Having, years along, taught the work and evoked the man in my lessons of literature, I lately realized, in a prolonged contact with North-Africa and in my own fictional writing, how deep and fertile his influence has been on my own personality. This influence comes, no doubt, from the African soil itself, from its harsh climate and violent landscapes. But such a physical fascination, so vividly represented in his work, is not the only origin of his feeling of African belonging. There is here an enigma to be accounted for, a taboo to be dispelled. My opinion is that the “African-ness” upheld by Camus – this sensation of freedom, this moral lawlessness – does not derive only from his youth as a “pied-noir”, but above all from the books he read, from J.J. Rousseau and Arthur Rimbaud in particular.
id RCAP_60aa887642bf3169e43c8cb8c39a27fc
oai_identifier_str oai:estudogeral.uc.pt:10316/88636
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Camus, o AfricanoCamus, the AfricanBefore considering directly the question of the “African-ness” of Albert Camus, I must briefly describe the way which led my thoughts to it. Having, years along, taught the work and evoked the man in my lessons of literature, I lately realized, in a prolonged contact with North-Africa and in my own fictional writing, how deep and fertile his influence has been on my own personality. This influence comes, no doubt, from the African soil itself, from its harsh climate and violent landscapes. But such a physical fascination, so vividly represented in his work, is not the only origin of his feeling of African belonging. There is here an enigma to be accounted for, a taboo to be dispelled. My opinion is that the “African-ness” upheld by Camus – this sensation of freedom, this moral lawlessness – does not derive only from his youth as a “pied-noir”, but above all from the books he read, from J.J. Rousseau and Arthur Rimbaud in particular.Antes de abordar diretamente a questão da africanidade de Albert Camus, preciso de descrever o caminho que me levou até aí. Depois de ter ‘ensinado’ a obra e falado sobre o homem durante muito tempo nas minhas aulas de literatura, descobri em mim, através do contacto prolongado com o norte de África e da prática da escrita ficcional, a força e a fecundidade da sua influência. Essa influência é, sem dúvida, a da terra africana, do seu clima brutal, da violência das suas paisagens, de onde o escritor fez surgir o lirismo das suas mais belas páginas. Mas será este fascí nio físico, tão vividamente representado na obra, a única fonte do sentimento de pertença à África? Há um enigma que devemos tentar resolver, um tabu que tem de ser quebrado. Na minha opinião, a africanidade reivindicada por Camus - essa sensação de liberdade, essa ausência de lei moral - não advém apenas da sua juventude de pied ­noir , mas acima de tudo das suas leituras, especialmente da leitura de Rousseau e de Arthur Rimbaud.Imprensa da Universidade de Coimbra2015-10-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10316/88636http://hdl.handle.net/10316/88636por2183-60191645-5681Cordeiro, Cristina Robaloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-30T09:30:47Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/88636Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:09:10.085252Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Camus, o Africano
Camus, the African
title Camus, o Africano
spellingShingle Camus, o Africano
Cordeiro, Cristina Robalo
title_short Camus, o Africano
title_full Camus, o Africano
title_fullStr Camus, o Africano
title_full_unstemmed Camus, o Africano
title_sort Camus, o Africano
author Cordeiro, Cristina Robalo
author_facet Cordeiro, Cristina Robalo
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Cordeiro, Cristina Robalo
description Before considering directly the question of the “African-ness” of Albert Camus, I must briefly describe the way which led my thoughts to it. Having, years along, taught the work and evoked the man in my lessons of literature, I lately realized, in a prolonged contact with North-Africa and in my own fictional writing, how deep and fertile his influence has been on my own personality. This influence comes, no doubt, from the African soil itself, from its harsh climate and violent landscapes. But such a physical fascination, so vividly represented in his work, is not the only origin of his feeling of African belonging. There is here an enigma to be accounted for, a taboo to be dispelled. My opinion is that the “African-ness” upheld by Camus – this sensation of freedom, this moral lawlessness – does not derive only from his youth as a “pied-noir”, but above all from the books he read, from J.J. Rousseau and Arthur Rimbaud in particular.
publishDate 2015
dc.date.none.fl_str_mv 2015-10-18
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10316/88636
http://hdl.handle.net/10316/88636
url http://hdl.handle.net/10316/88636
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 2183-6019
1645-5681
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Imprensa da Universidade de Coimbra
publisher.none.fl_str_mv Imprensa da Universidade de Coimbra
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1817553067657134080