A influência dos estilos de vida no auto-conceito e ansiedade social em adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Dina Maria da Ressurreição
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/2635
Resumo: Este estudo objectiva analisar a influência dos estilos de vida, mais especificamente dos comportamentos de saúde (prática de exercício físico, alimentação e consumo de álcool e tabaco) no auto-conceito e na ansiedade social, em jovens adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos. A amostra contemplou a participação de 537 estudantes do 7º ao 12º ano, de uma Escola Secundária de Vila Real, sendo constituída por 263 (49%) alunos do sexo masculino e 274 (51%) alunos do sexo feminino, com média de idades de 14,66±1,90 anos. Como instrumentos foram utilizados: 1) um Questionário sociodemográfico, que permitiu caracterizar a amostra relativamente a algumas variáveis, nomeadamente, o sexo, as fases de adolescência, o ano escolar e as retenções; 2) o Inventário de comportamentos relacionados com a saúde dos adolescentes, que permitiu recolher informações sobre os comportamentos relacionados com a saúde e estilos de vida dos adolescentes; 3) o Self-Description Questionaire II concebido para medir o auto-conceito em jovens que se situam na adolescência média e final; e por fim 4) a Social Anxiety Scale for adolescents para medir a ansiedade social em adolescentes. Os resultados obtidos foram diversos. Relativamente à caracterização dos estilos de vida, observou-se que são os adolescentes do sexo feminino que adoptam mais comportamentos protectores de saúde e que a adopção de comportamentos de saúde vai diminuindo à medida que o adolescente se desenvolve. Por outro lado, as análises efectuadas no que concerne à influência dos comportamentos de saúde sobre o auto-conceito e a ansiedade social permitiram verificar que esta é maior sobre o auto-conceito, manifestando-se uma relação com todos os comportamentos de saúde, enquanto para a ansiedade social apenas se assistiu a uma relação negativa com o consumo de tabaco e álcool. A adopção de comportamentos protectores de saúde influencia positivamente diversas dimensões do auto-conceito, nomeadamente, as dimensões do Auto-conceito Académico, do Auto-conceito na Actividade Física e Desporto, do Auto-conceito na Relação com os Pais e do Auto-conceito na Estabilidade Emocional e na Integridade e Honestidade. Os resultados obtidos quanto às variáveis sociodemográficas permitiram verificar que em relação à variável sexo, as raparigas para além de evidenciarem níveis mais elevados de ansiedade social, também apresentam um auto-conceito superior nas dimensões do Auto-conceito na Língua Materna e na Honestidade e Integridade, sendo que os rapazes evidenciaram uma superioridade quanto ao Auto-conceito na Aparência Física, na Actividade Física e Desporto e na Estabilidade Emocional. Os alunos mais jovens, em fase inicial de adolescência e a frequentar o ensino básico, apresentaram um auto-conceito mais elevado, embora os resultados apenas se tenham mostrado significativos para algumas dimensões. No que respeita a variável retenção, pode-se salientar que os alunos que revelaram nunca experienciar uma retenção escolar manifestavam valores superiores de auto-conceito. No que concerne à ansiedade social não se manifestaram diferenças significativas entre as fases de adolescência, a escolaridade e a retenção. No global, este estudo permite destacar a importância do desenvolvimento de Programas de Promoção e Educação para a Saúde, principalmente no meio escolar, e consciencializar os adolescentes sobre os problemas que podem surgir da adopção de comportamentos prejudiciais para a saúde.
id RCAP_617336d4782f0c88039c5d59051a5ed1
oai_identifier_str oai:repositorio.utad.pt:10348/2635
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A influência dos estilos de vida no auto-conceito e ansiedade social em adolescentesAdolescênciaEstilo de vidaConceito de siComportamentos de saúdeAnsiedade socialEste estudo objectiva analisar a influência dos estilos de vida, mais especificamente dos comportamentos de saúde (prática de exercício físico, alimentação e consumo de álcool e tabaco) no auto-conceito e na ansiedade social, em jovens adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos. A amostra contemplou a participação de 537 estudantes do 7º ao 12º ano, de uma Escola Secundária de Vila Real, sendo constituída por 263 (49%) alunos do sexo masculino e 274 (51%) alunos do sexo feminino, com média de idades de 14,66±1,90 anos. Como instrumentos foram utilizados: 1) um Questionário sociodemográfico, que permitiu caracterizar a amostra relativamente a algumas variáveis, nomeadamente, o sexo, as fases de adolescência, o ano escolar e as retenções; 2) o Inventário de comportamentos relacionados com a saúde dos adolescentes, que permitiu recolher informações sobre os comportamentos relacionados com a saúde e estilos de vida dos adolescentes; 3) o Self-Description Questionaire II concebido para medir o auto-conceito em jovens que se situam na adolescência média e final; e por fim 4) a Social Anxiety Scale for adolescents para medir a ansiedade social em adolescentes. Os resultados obtidos foram diversos. Relativamente à caracterização dos estilos de vida, observou-se que são os adolescentes do sexo feminino que adoptam mais comportamentos protectores de saúde e que a adopção de comportamentos de saúde vai diminuindo à medida que o adolescente se desenvolve. Por outro lado, as análises efectuadas no que concerne à influência dos comportamentos de saúde sobre o auto-conceito e a ansiedade social permitiram verificar que esta é maior sobre o auto-conceito, manifestando-se uma relação com todos os comportamentos de saúde, enquanto para a ansiedade social apenas se assistiu a uma relação negativa com o consumo de tabaco e álcool. A adopção de comportamentos protectores de saúde influencia positivamente diversas dimensões do auto-conceito, nomeadamente, as dimensões do Auto-conceito Académico, do Auto-conceito na Actividade Física e Desporto, do Auto-conceito na Relação com os Pais e do Auto-conceito na Estabilidade Emocional e na Integridade e Honestidade. Os resultados obtidos quanto às variáveis sociodemográficas permitiram verificar que em relação à variável sexo, as raparigas para além de evidenciarem níveis mais elevados de ansiedade social, também apresentam um auto-conceito superior nas dimensões do Auto-conceito na Língua Materna e na Honestidade e Integridade, sendo que os rapazes evidenciaram uma superioridade quanto ao Auto-conceito na Aparência Física, na Actividade Física e Desporto e na Estabilidade Emocional. Os alunos mais jovens, em fase inicial de adolescência e a frequentar o ensino básico, apresentaram um auto-conceito mais elevado, embora os resultados apenas se tenham mostrado significativos para algumas dimensões. No que respeita a variável retenção, pode-se salientar que os alunos que revelaram nunca experienciar uma retenção escolar manifestavam valores superiores de auto-conceito. No que concerne à ansiedade social não se manifestaram diferenças significativas entre as fases de adolescência, a escolaridade e a retenção. No global, este estudo permite destacar a importância do desenvolvimento de Programas de Promoção e Educação para a Saúde, principalmente no meio escolar, e consciencializar os adolescentes sobre os problemas que podem surgir da adopção de comportamentos prejudiciais para a saúde.The purpose of this study was analyze the influence of lifestyles, more specifically, health behaviors (physical exercise, alimentation and the consumption of tobacco and alcohol) on self-concept and social anxiety in adolescents with ages between 12 and 18. The sample included the participation of 537 students from 7th to 12th year, from the Secondary School from Vila Real, and consisted of 263 (49%) male students and 274 (51%) female students, with mean age of 14.66 ± 1.90 years. The instruments used were: a) Socio-Demographic questionnaire, which allowed us to characterize the sample for some variables, including sex, stages of adolescence, school year and school retention; 2) Inventory of health-related behaviors of adolescents, which provides access to information on behaviors related to health and lifestyles of adolescents; 3) Self-Description Questionnaire II designed to measure self-concept in young people are in middle and late adolescence, and finally, 4) the Social Anxiety Scale for Adolescents to measure social anxiety in adolescents. The results were diverse. For the characterization of lifestyles, it was observed that are the female adolescents who adopt more protective health behaviors and the adopting health behaviors will decrease as the adolescent develops. Furthermore, the analysis performed regarding the influence of health behaviors on self-concept and social anxiety showed that the influence is higher in the self-concept, manifesting a relationship with all health behaviors, whereas for social anxiety only was observed a negative relationship with the tobacco and alcohol consumption. The adoption of protective health behaviors influences, positively, different dimensions of self-concept, specifically, the dimensions of Academic Self-concept, Self-concept in Physical Activity and Sport, Self-concept in Relationship with Parents, Self-concept in Emotional Stability and, Self-concept in Integrity and Honesty. The results regarding sociodemographic variables demonstrated that, in relation to gender, girls showed higher levels of social anxiety, and had a higher self-concept in the dimensions of Mother Tongue and Honesty and Integrity, on the other hand, boys showed a superiority on the Self-concept in Physical Appearance, Physical Activity and Sport, and Emotional Stability. Younger students in the initial stage of adolescence and attending primary school had a higher self-concept, although the results have shown significance only for some dimensions. Regarding the variable school retention, it can be noted that students who never showed retention in their school experience, demonstrated higher values of self-concept. There were not expressed significant differences between stages of adolescence, schooling and retention in social anxiety. Overall, this study allows us to highlight the importance of developing programs for the Promotion and Health Education, especially in middle school, and raise awareness among adolescents about the issues that may arise from the adoption of harmful behaviors to health.2013-08-23T14:24:11Z2010-01-01T00:00:00Z2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/2635porAlves, Dina Maria da Ressurreiçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:38:32Zoai:repositorio.utad.pt:10348/2635Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:02:02.788602Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A influência dos estilos de vida no auto-conceito e ansiedade social em adolescentes
title A influência dos estilos de vida no auto-conceito e ansiedade social em adolescentes
spellingShingle A influência dos estilos de vida no auto-conceito e ansiedade social em adolescentes
Alves, Dina Maria da Ressurreição
Adolescência
Estilo de vida
Conceito de si
Comportamentos de saúde
Ansiedade social
title_short A influência dos estilos de vida no auto-conceito e ansiedade social em adolescentes
title_full A influência dos estilos de vida no auto-conceito e ansiedade social em adolescentes
title_fullStr A influência dos estilos de vida no auto-conceito e ansiedade social em adolescentes
title_full_unstemmed A influência dos estilos de vida no auto-conceito e ansiedade social em adolescentes
title_sort A influência dos estilos de vida no auto-conceito e ansiedade social em adolescentes
author Alves, Dina Maria da Ressurreição
author_facet Alves, Dina Maria da Ressurreição
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Alves, Dina Maria da Ressurreição
dc.subject.por.fl_str_mv Adolescência
Estilo de vida
Conceito de si
Comportamentos de saúde
Ansiedade social
topic Adolescência
Estilo de vida
Conceito de si
Comportamentos de saúde
Ansiedade social
description Este estudo objectiva analisar a influência dos estilos de vida, mais especificamente dos comportamentos de saúde (prática de exercício físico, alimentação e consumo de álcool e tabaco) no auto-conceito e na ansiedade social, em jovens adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos. A amostra contemplou a participação de 537 estudantes do 7º ao 12º ano, de uma Escola Secundária de Vila Real, sendo constituída por 263 (49%) alunos do sexo masculino e 274 (51%) alunos do sexo feminino, com média de idades de 14,66±1,90 anos. Como instrumentos foram utilizados: 1) um Questionário sociodemográfico, que permitiu caracterizar a amostra relativamente a algumas variáveis, nomeadamente, o sexo, as fases de adolescência, o ano escolar e as retenções; 2) o Inventário de comportamentos relacionados com a saúde dos adolescentes, que permitiu recolher informações sobre os comportamentos relacionados com a saúde e estilos de vida dos adolescentes; 3) o Self-Description Questionaire II concebido para medir o auto-conceito em jovens que se situam na adolescência média e final; e por fim 4) a Social Anxiety Scale for adolescents para medir a ansiedade social em adolescentes. Os resultados obtidos foram diversos. Relativamente à caracterização dos estilos de vida, observou-se que são os adolescentes do sexo feminino que adoptam mais comportamentos protectores de saúde e que a adopção de comportamentos de saúde vai diminuindo à medida que o adolescente se desenvolve. Por outro lado, as análises efectuadas no que concerne à influência dos comportamentos de saúde sobre o auto-conceito e a ansiedade social permitiram verificar que esta é maior sobre o auto-conceito, manifestando-se uma relação com todos os comportamentos de saúde, enquanto para a ansiedade social apenas se assistiu a uma relação negativa com o consumo de tabaco e álcool. A adopção de comportamentos protectores de saúde influencia positivamente diversas dimensões do auto-conceito, nomeadamente, as dimensões do Auto-conceito Académico, do Auto-conceito na Actividade Física e Desporto, do Auto-conceito na Relação com os Pais e do Auto-conceito na Estabilidade Emocional e na Integridade e Honestidade. Os resultados obtidos quanto às variáveis sociodemográficas permitiram verificar que em relação à variável sexo, as raparigas para além de evidenciarem níveis mais elevados de ansiedade social, também apresentam um auto-conceito superior nas dimensões do Auto-conceito na Língua Materna e na Honestidade e Integridade, sendo que os rapazes evidenciaram uma superioridade quanto ao Auto-conceito na Aparência Física, na Actividade Física e Desporto e na Estabilidade Emocional. Os alunos mais jovens, em fase inicial de adolescência e a frequentar o ensino básico, apresentaram um auto-conceito mais elevado, embora os resultados apenas se tenham mostrado significativos para algumas dimensões. No que respeita a variável retenção, pode-se salientar que os alunos que revelaram nunca experienciar uma retenção escolar manifestavam valores superiores de auto-conceito. No que concerne à ansiedade social não se manifestaram diferenças significativas entre as fases de adolescência, a escolaridade e a retenção. No global, este estudo permite destacar a importância do desenvolvimento de Programas de Promoção e Educação para a Saúde, principalmente no meio escolar, e consciencializar os adolescentes sobre os problemas que podem surgir da adopção de comportamentos prejudiciais para a saúde.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-01-01T00:00:00Z
2010
2013-08-23T14:24:11Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10348/2635
url http://hdl.handle.net/10348/2635
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137105078648832