A urina como uma ferramenta para diagnóstico molecular de rejeição crónica mediada por anticorpos no transplante renal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/28149 |
Resumo: | O transplante renal é o tratamento de eleição para doentes com insuficiência renal terminal. Geralmente, os pacientes que foram sujeitos a um transplante renal são capazes de viver mais do que aqueles que são tratados com diálise. Desde o nascimento do campo do transplante de órgãos, os avanços nas técnicas cirúrgicas e a introdução de novos agentes imunossupressores levaram a melhorias sustentadas nos resultados a curto e médio prazos. No entanto, apesar dos progressos, o resultado a longo prazo dos órgãos transplantados permanece limitado pela rejeição crónica. A rejeição crónica é responsável pela deterioração lenta e gradual da função do enxerto. Atualmente, a monitorização dos enxertos renais é realizada pela determinação da creatinina sanguínea, cujas variações não são específicas para rejeição, e pela análise da biópsia renal, que é um procedimento invasivo e só deteta a rejeição depois de instalada. Portanto, o desenvolvimento de testes não invasivos que possibilitem a identificação de biomarcadores moleculares de rejeição, pode levar, a uma identificação de um perfil de pré-rejeição que permita a intervenção precoce antes da disfunção do enxerto. O objetivo deste trabalho foi identificar diferenças imunológicas significativas, a nível genético e celular, de doentes com rejeição crónica diagnosticada quando comparados com doentes que possuem uma função estável e normal do enxerto. Assim, numa avaliação prospetiva, constituíram parte integrante do estudo dois grupos de doentes: um com uma função normal do enxerto e outro com rejeição crónica mediada por anticorpos. Foram avaliadas as compatibilidades HLA de doentes e dadores, o perfil humoral e celular de doentes em amostras de sangue periférico e de urina. Os dois grupos em estudo não apresentam diferenças nas incompatibilidades HLA, porém verifica-se uma relação positiva entre a presença de incompatibilidades HLA e a presença de anticorpos anti-HLA no soro, bem como presença destes anticorpos na urina. Também a nível celular, foram encontradas diferenças, apesar de não significativas, ao nível da expressão de quatro genes, TGF-β1, IL-10, FoxP3 e IFN-α1, nas cinco subpopulações celulares isoladas, quando comparada a sua expressão no sedimento urinário. Assim, este estudo permite concluir que a utilização da urina poderá constituir uma abordagem para avaliar a presença de anticorpos anti-HLA e de mediadores da resposta imune, não substituído, todavia, as avaliações séricas e histológicas usadas na monitorização funcional do transplante renal |
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Atualmente, a monitorização dos enxertos renais é realizada pela determinação da creatinina sanguínea, cujas variações não são específicas para rejeição, e pela análise da biópsia renal, que é um procedimento invasivo e só deteta a rejeição depois de instalada. Portanto, o desenvolvimento de testes não invasivos que possibilitem a identificação de biomarcadores moleculares de rejeição, pode levar, a uma identificação de um perfil de pré-rejeição que permita a intervenção precoce antes da disfunção do enxerto. O objetivo deste trabalho foi identificar diferenças imunológicas significativas, a nível genético e celular, de doentes com rejeição crónica diagnosticada quando comparados com doentes que possuem uma função estável e normal do enxerto. Assim, numa avaliação prospetiva, constituíram parte integrante do estudo dois grupos de doentes: um com uma função normal do enxerto e outro com rejeição crónica mediada por anticorpos. Foram avaliadas as compatibilidades HLA de doentes e dadores, o perfil humoral e celular de doentes em amostras de sangue periférico e de urina. Os dois grupos em estudo não apresentam diferenças nas incompatibilidades HLA, porém verifica-se uma relação positiva entre a presença de incompatibilidades HLA e a presença de anticorpos anti-HLA no soro, bem como presença destes anticorpos na urina. Também a nível celular, foram encontradas diferenças, apesar de não significativas, ao nível da expressão de quatro genes, TGF-β1, IL-10, FoxP3 e IFN-α1, nas cinco subpopulações celulares isoladas, quando comparada a sua expressão no sedimento urinário. Assim, este estudo permite concluir que a utilização da urina poderá constituir uma abordagem para avaliar a presença de anticorpos anti-HLA e de mediadores da resposta imune, não substituído, todavia, as avaliações séricas e histológicas usadas na monitorização funcional do transplante renalRenal transplantation is the election treatment for pacients with end-stage renal failure. Usually, pacients who underwent a kidney transplantations are able to live longer than those who are treated with dialysis. Since the birth of the field of organ transplantation, the advances in surgical techniques and new immunosupressive agents made improvements in the results in short and medium terms. Although despite progress, the results in long term remain limited by chronic rejection. Chronic rejection is responsible for the slow graft deterioration. Nowadays, monitoring of renal grafts is currently performed by determining the blood creatinine, whose variations are not specific for rejection, and renal biopsy, which is a invasive procedure and only detects rejection after becoming irreversible. So, the development of non-invasive tests that enable the identification of molecular rejection biomarkers may lead to the identification of pre-rejection profile that allow early interventation before the instalation of graft dysfunction. The objective of this study was to identify significant genetic and cellular immunological differences in patients with diagnosed chronic rejection compared with patients who have stable and normal graft function. Thus, in a prospective assessment, two patient groups were an integral part of the study: one with normal graft function and one with chronic antibody-mediated rejection. HLA compatibilities of patients and donors, humoral and cellular profile of patients in peripheral blood and urine samples were evaluated. The two groups under study don’t have differences in HLA incompatibilities, however there is a positive relation between the presence of HLA incompatibilities and the presença of antibodies anti-HLA un serum, as well as the presence of these antibodies in urine. Also, at the cellular level, differences were found, although not significant, in the expression of four genes, TGF-β1, IL-10, FoxP3 and IFN-α1, in the five isolated cell subpopulations, when compared to their expression in the urinary sediment. Thus, this study concludes that the use of urine may be an approach to evaluate the presence of anti-HLA antibodies and immune response mediators, but not the serum and histological evaluations used in the functional monitoring of renal transplantation2019-12-05T00:00:00Z2019-12-03T00:00:00Z2019-12-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/28149porFalcão, Mariana Ferreirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:54:30Zoai:ria.ua.pt:10773/28149Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:00:46.727424Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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