E, NO ENTANTO, ELES FALAM…: memória, identidade e alteridade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://ojs.letras.up.pt/index.php/paginasaeb/article/view/5083 |
Resumo: | Resumo: É desejável, e mesmo necessário, que se faça silêncio nos espaços de leitura das Bibliotecas, para que os leitores possam concentrar-se; que as Bibliotecas sejam lugares onde não haja perturbação alguma que desvie, abusivamente, a sua atenção. Todavia, não há Biblioteca no mundo onde seja possível mantê-lo. Considerando a raiz etimológica do termo, logo se percebe que os livros estão no seu cerne. Os livros têm vida própria. Acima de tudo, têm voz; afirmam-se e falam entre si. Se apenas falassem entre si, talvez, de vez em quando, nos fosse possível encontrar o silêncio procurado. Mas existem os leitores que falam com eles e sem cuja presença os livros não podem passar. “O leitor escreve para que seja possível” (Manuel Gusmão). Autores e leitores são indissociáveis. É da sua qualidade de seres interdependentes, eternamente votados à partilha do mundo, que vivem as Bibliotecas. Recuperando passagens de alguns escritores, são apresentados testemunhos de cumplicidades, provando que o silêncio não é possível numa Biblioteca. Nos espaços onde coabitam livros e leitores, mesmo que sejam lugares em que apenas encontremos um só livro e um só leitor, as palavras ecoam. É que, se esta não fosse a tónica, o mundo não era nada. Palavras-chave: Leitores; Memória; Silêncio |
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E, NO ENTANTO, ELES FALAM…: memória, identidade e alteridadeArtigosResumo: É desejável, e mesmo necessário, que se faça silêncio nos espaços de leitura das Bibliotecas, para que os leitores possam concentrar-se; que as Bibliotecas sejam lugares onde não haja perturbação alguma que desvie, abusivamente, a sua atenção. Todavia, não há Biblioteca no mundo onde seja possível mantê-lo. Considerando a raiz etimológica do termo, logo se percebe que os livros estão no seu cerne. Os livros têm vida própria. Acima de tudo, têm voz; afirmam-se e falam entre si. Se apenas falassem entre si, talvez, de vez em quando, nos fosse possível encontrar o silêncio procurado. Mas existem os leitores que falam com eles e sem cuja presença os livros não podem passar. “O leitor escreve para que seja possível” (Manuel Gusmão). Autores e leitores são indissociáveis. É da sua qualidade de seres interdependentes, eternamente votados à partilha do mundo, que vivem as Bibliotecas. Recuperando passagens de alguns escritores, são apresentados testemunhos de cumplicidades, provando que o silêncio não é possível numa Biblioteca. Nos espaços onde coabitam livros e leitores, mesmo que sejam lugares em que apenas encontremos um só livro e um só leitor, as palavras ecoam. É que, se esta não fosse a tónica, o mundo não era nada. Palavras-chave: Leitores; Memória; SilêncioFLUP/CITCEM (Centro de Investigação Transdisciplinar "Cultura, Espaço e Memória"2018-12-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://ojs.letras.up.pt/index.php/paginasaeb/article/view/5083por2183-66710873-5670Leite, Isabel Pereirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:22:41Zoai:ojs.letras.up.pt/ojs:article/5083Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:39:32.713129Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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