O turismo de aventura acessível: Análise da oferta na região Centro de Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Rita Alexandra Azevedo
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/4735
Resumo: A prática crescente do Turismo de Aventura reflete uma alteração do comportamento dos turistas, com motivações assentes na natureza e na prática de atividades mais ativas e desafiantes. Apesar destas atividades poderem envolver alguns riscos e dificuldades, a sua procura tem vindo a aumentar por parte dos indivíduos portadores de deficiência. Neste sentido, a oferta de produtos acessíveis a indivíduos portadores de deficiências tem sido uma preocupação crescente por parte das organizações turísticas, procurando corresponder a uma procura cada vez maior e mais predisposta. Contudo, esta dimensão nem sempre é acolhida e valorizada por todas as organizações, justificando a pouca relevância atribuída, em parte, pela falta de informação, por questões económicas ou por falta de apoios financeiros para a sua implementação. O principal objetivo deste estudo é analisar se as empresas de Turismo de Aventura da região Centro estão conscientes da existência do potencial mercado com mobilidade reduzida e, consequentemente, se os seus serviços e atividades estão devidamente adaptados. Assim sendo, numa análise qualitativa levou-se a cabo entrevistas a três responsáveis de empresas de Turismo de Aventura da região Centro, bem como a um indivíduo portador de deficiência motora, a uma pessoa com deficiência visual e a um grupo de idosos. Estas entrevistas tiveram como finalidade compreender tanto o ponto de vista da oferta como da procura no que diz respeito à temática do Turismo de Aventura Acessível. Posteriormente, numa análise quantitativa, desenvolveu-se um inquérito por questionário que foi enviado online a 451 empresas de Turismo de Aventura da região Centro de Portugal. Conclui-se que, das 73 empresas de Turismo de Aventura que responderam ao inquérito, cerca de metade possuem atividades e/ou serviços adaptados a indivíduos portadores de deficiência. Apesar de se denotar algum interesse por parte das empresas em apostar na acessibilidade das suas atividades e serviços num futuro próximo, muitas delas veem o processo de adaptação como sendo um processo dispendioso e moroso que, de um modo geral, não implica um aumento do número de participantes nas suas atividades e, previsivelmente, não provoca um acréscimo das vendas da empresa e dos seus proveitos. O presente trabalho permitirá às empresas de Turismo de Aventura possuirem mais conhecimento sobre a acessibilidade e assim se posicionarem no mercado em espaços ainda não preenchidos.
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Contudo, esta dimensão nem sempre é acolhida e valorizada por todas as organizações, justificando a pouca relevância atribuída, em parte, pela falta de informação, por questões económicas ou por falta de apoios financeiros para a sua implementação. O principal objetivo deste estudo é analisar se as empresas de Turismo de Aventura da região Centro estão conscientes da existência do potencial mercado com mobilidade reduzida e, consequentemente, se os seus serviços e atividades estão devidamente adaptados. Assim sendo, numa análise qualitativa levou-se a cabo entrevistas a três responsáveis de empresas de Turismo de Aventura da região Centro, bem como a um indivíduo portador de deficiência motora, a uma pessoa com deficiência visual e a um grupo de idosos. Estas entrevistas tiveram como finalidade compreender tanto o ponto de vista da oferta como da procura no que diz respeito à temática do Turismo de Aventura Acessível. Posteriormente, numa análise quantitativa, desenvolveu-se um inquérito por questionário que foi enviado online a 451 empresas de Turismo de Aventura da região Centro de Portugal. Conclui-se que, das 73 empresas de Turismo de Aventura que responderam ao inquérito, cerca de metade possuem atividades e/ou serviços adaptados a indivíduos portadores de deficiência. Apesar de se denotar algum interesse por parte das empresas em apostar na acessibilidade das suas atividades e serviços num futuro próximo, muitas delas veem o processo de adaptação como sendo um processo dispendioso e moroso que, de um modo geral, não implica um aumento do número de participantes nas suas atividades e, previsivelmente, não provoca um acréscimo das vendas da empresa e dos seus proveitos. O presente trabalho permitirá às empresas de Turismo de Aventura possuirem mais conhecimento sobre a acessibilidade e assim se posicionarem no mercado em espaços ainda não preenchidos.ABSTRACT: The growing practice of Adventure Tourism reflects a change in the behavior of tourists, with motivations based on the nature and practice of more active and challenging activities. Although these activities may involve some risks and difficulties, their demand has been growing amongst the individuals with disabilities. In this sense, the offer of accessible products for individuals with disabilities has been a growing concern between the tourism organizations, seeking to respond to an ever greater and more predisposed demand. However, this dimension is not always welcomed and valued by all organizations, justifying the low relevance attributed in part to lack of information, economic reasons or lack of financial support for its implementation. The main objective of this study is to analyze if the Adventure Tourism companies of the Central region of Portugal are aware of the existence of the public with reduced mobility and, consequently, if their services and activities are properly adapted. Thus, in a qualitative analysis, interviews were conducted with 3 Adventure Tourism companies from the Central region, as well as with a person with motor disabilities, a visually impaired person and a group of elderly people. This is to understand both the supply and the demand side regarding to the theme of Accessible Adventure Tourism. In a quantitative analysis, a questionnaire survey was developed that was applied online to 451 Adventure Tourism companies in the central region of Portugal. It is concluded that, of the 73 Adventure Tourism companies that responded to the survey, about half have activities and/or services adapted to individuals with disabilities. Although companies are interested in betting on the accessibility of their activities and services in the near future, many of them see the adaptation process as a costly and time-consuming process, which in general does not imply an increase in the number of participants in its activities, and predictably, does not cause an increase in the company's sales and profits. This article will allow Adventure Tourism companies to gane knowledge about accessibility and position themselves in the market in spaces not yet filled.Novais, Cristina Maria de Jesus BarrocoAntunes, Joaquim GonçalvesRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuLopes, Rita Alexandra Azevedo2017-12-06T14:18:55Z2017-11-212017-07-202017-11-21T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/4735TID:201770270porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:27:30Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/4735Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:43:17.327668Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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