Ruínas e terrenos Vagos: explorações, reflexões e especulações
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/38771 |
Resumo: | Os espaços abandonados das cidades são locais que motivam intrigantes indagações intelectuais. Bowman e Pagano (2004) chamaram-lhes as terrae incognitae do mundo urbanizado. Compararam-nos às regiões não exploradas que os cartógrafos deixavam em branco nos mapas históricos. Construções abandonadas, descampados e baldios urbanos deslizam diante dos olhos de quantos circulam nas cidades, mas poucos se aventuram a adentrar-se neles. Ruínas e terrenos vagos são locais que se evitam. O senso comum imagina-os vazios e sem vida e envolvem-nos metáforas de morte (Anderson, Tonner & Hamilton, 2017; Apel, 2015; Dobraszczyk, 2010). Trata-se de locais que as sociedades sobreacumulam de passado (memórias do que foram) e de futuro (sonhos do que podem vir a ser), mas que suprimem do presente. Inquirir e debater esse presente negado às ruínas e aos terrenos vagos das cidades foi o que nos interessou e é disso que fala este livro. Estimularam-nos inicialmente meditações dispersas de autores como Smithson (1996 [1973]), Solà-Morales (1995), Berger (2006) ou Gandy (2013), que, separados no tempo e a partir de posicionamentos disciplinares variados, souberam encarar limpidamente, e até com benevolência, diversos géneros de paisagens abandonadas, devastadas ou descuradas pela incúria humana, encontrando nelas valor. A heterodoxia das suas posições serviu-nos de inspiração e instigou-nos a penetrar na terra incognita dos espaços abandonados das cidades. |
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