Impacto das Variáveis Psicológicas na Capacitação dos Doentes com Cardiopatias Congénitas para lidarem com os Cuidados de Saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11816/3908 |
Resumo: | Introdução: As Cardiopatias Congénitas (CC) constituem a malformação mais comum entre os recém-nascidos, mundialmente têm uma prevalência aproximada de 9,3 por cada 1000 nascimentos. Devido à evolução dos tratamento e cuidados médicos nas últimas décadas um crescente número de pacientes com CC atingem a idade adulta. Objetivo: O principal objetivo consiste em compreender se a depressão, a ansiedade, a QV, o estigma e a identidade da doença explicam e, em que medida, a capacitação, tendo como objetivo, (i) averiguar o ajustamento dos instrumentos à amostra; (ii) determinar correlações entre as variáveis do estudo; (iii) determinar as variáveis que explicam a capacitação através de regressões lineares múltiplas, e (iv) comparar a variável dependente de acordo com as variáveis sociodemográficas. Trata-se de um estudo observacional correlacional, de analise transversal. Métodos: Os participantes deste estudo foram 229 doentes com CC, com idades compreendidas entre 19 e 73 anos, (M= 36,50 anos; DP = 11,94); sendo 55%; do sexo feminino. As variáveis em estudo foram avaliadas através de diversos questionários de autorresposta, Questionário sobre a saúde do paciente-8 (PHQ-8), Questionário de depressão e ansiedade geral (GAD -7), Escala linear analógica da qualidade de vida (LAS), Escala modificada do estigma da doença crónica (CISS-CHD), Questionário de Identidade da doença (IIQ) e Escala de capacitação de Gotemburgo (GYPES). Foi realizada uma entrevista semiestruturada para a recolha dos dados pessoais e sociodemográficos, os dados clínicos foram recolhidos retrospetivamente dos processos dos doentes, com ajuda da equipa médica do serviço. O tratamento de dados foi realizado com o SPSS, versão 28 e AMOS, versão 28. Os questionários foram administrados por três modalidades: presencialmente, através do software Redcap, e por telefone. Resultados: As análises de regressão lineares múltiplas identificam que a ansiedade, a depressão, a QV, a identidade da doença, contribuem para explicar a capacitação do paciente para lidar com a doença; a perceção do estigma não demonstrou qualquer impacto na capacitação. A variância explicada pelos modelos varia entre 6 % e 38%. Conclusão: Podemos concluir que se torna extremamente relevante o estado de saúde do paciente, a sua perceção de qualidade de vida, a perceção da identidade da doença, e o estado emocional para que o doente se sinta mais capacitado a lidar com a sua patologia. |
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Impacto das Variáveis Psicológicas na Capacitação dos Doentes com Cardiopatias Congénitas para lidarem com os Cuidados de SaúdeCapacitaçãoCardiopatias congénitasDistúrbios psíquicosEstigmaIdentidade da doençaQualidade de vidaIntrodução: As Cardiopatias Congénitas (CC) constituem a malformação mais comum entre os recém-nascidos, mundialmente têm uma prevalência aproximada de 9,3 por cada 1000 nascimentos. Devido à evolução dos tratamento e cuidados médicos nas últimas décadas um crescente número de pacientes com CC atingem a idade adulta. Objetivo: O principal objetivo consiste em compreender se a depressão, a ansiedade, a QV, o estigma e a identidade da doença explicam e, em que medida, a capacitação, tendo como objetivo, (i) averiguar o ajustamento dos instrumentos à amostra; (ii) determinar correlações entre as variáveis do estudo; (iii) determinar as variáveis que explicam a capacitação através de regressões lineares múltiplas, e (iv) comparar a variável dependente de acordo com as variáveis sociodemográficas. Trata-se de um estudo observacional correlacional, de analise transversal. Métodos: Os participantes deste estudo foram 229 doentes com CC, com idades compreendidas entre 19 e 73 anos, (M= 36,50 anos; DP = 11,94); sendo 55%; do sexo feminino. As variáveis em estudo foram avaliadas através de diversos questionários de autorresposta, Questionário sobre a saúde do paciente-8 (PHQ-8), Questionário de depressão e ansiedade geral (GAD -7), Escala linear analógica da qualidade de vida (LAS), Escala modificada do estigma da doença crónica (CISS-CHD), Questionário de Identidade da doença (IIQ) e Escala de capacitação de Gotemburgo (GYPES). Foi realizada uma entrevista semiestruturada para a recolha dos dados pessoais e sociodemográficos, os dados clínicos foram recolhidos retrospetivamente dos processos dos doentes, com ajuda da equipa médica do serviço. O tratamento de dados foi realizado com o SPSS, versão 28 e AMOS, versão 28. Os questionários foram administrados por três modalidades: presencialmente, através do software Redcap, e por telefone. Resultados: As análises de regressão lineares múltiplas identificam que a ansiedade, a depressão, a QV, a identidade da doença, contribuem para explicar a capacitação do paciente para lidar com a doença; a perceção do estigma não demonstrou qualquer impacto na capacitação. A variância explicada pelos modelos varia entre 6 % e 38%. Conclusão: Podemos concluir que se torna extremamente relevante o estado de saúde do paciente, a sua perceção de qualidade de vida, a perceção da identidade da doença, e o estado emocional para que o doente se sinta mais capacitado a lidar com a sua patologia.Introduction: Congenital Heart Diseases (CC) before the most common malformation among newborns, worldwide have a prevalence of approximately 9.3 per 1000 births. The evolution of treatments and medical care in recent decades an increasing number of patients with CHD reach adulthood. Objective: The main objective is to understand whether depression, anxiety, anxiety, the stigma and identity of the disease are explained and, to what extent, the training, with the objective of (i) verifying the adjustment of the instruments to the sample; (ii) determine correlations between the study variables; (iii) determine the variables that explain the training through multiple linear regressions, and (iv) compare the dependent variable according to the sociodemographic variables. This is an observational, correlational, cross-sectional study. Methods: Participants in this study were 229 patients with CHD, aged between 19 and 73 years, (M = 36.50 years; SD = 11.94); being 55%; having female sex. The variables under study were evaluated using several self-report questionnaires, Patient Health Questionnaire-8 (PHQ-8), Depression and General Anxiety Questionnaire (GAD -7), Linear Analog Scale of Quality of Life (LAS ), Modified Chronic Illness Stigma Scale (CISS-CHD), Illness Identity Questionnaire (IIQ) and Gothenburg Empowerment Scale (GYPES). A semi-structured interview was carried out to collect personal and sociodemographic data, clinical data were collected retrospectively from the patients' files, with the help of the service's medical team. Data treatment was performed with SPSS, version 28 and AMOS, version 28. The questionnaires were administered in three ways: in person, through the Redcap software, and by telephone. Results: Multiple linear regression analyzes identify that anxiety, depression, QoL, disease identity contribute to explain the patient's ability to deal with the disease; the perception of stigma does not compromise any impact on empowerment. The variance explained by the models varies between 6% and 38%. Conclusion: We can conclude that the patient's health status, a perception of quality of life, a perception of the identity of the disease and the emotional state are extremely relevant for the patient to feel more able to deal with their pathology.2022-06-07T15:14:09Z2022-01-01T00:00:00Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11816/3908TID:203004949porBrito, Paula Patrícia Dias deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-05-31T14:05:58Zoai:repositorio.cespu.pt:20.500.11816/3908Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:59:12.750176Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução: As Cardiopatias Congénitas (CC) constituem a malformação mais comum entre os recém-nascidos, mundialmente têm uma prevalência aproximada de 9,3 por cada 1000 nascimentos. Devido à evolução dos tratamento e cuidados médicos nas últimas décadas um crescente número de pacientes com CC atingem a idade adulta. Objetivo: O principal objetivo consiste em compreender se a depressão, a ansiedade, a QV, o estigma e a identidade da doença explicam e, em que medida, a capacitação, tendo como objetivo, (i) averiguar o ajustamento dos instrumentos à amostra; (ii) determinar correlações entre as variáveis do estudo; (iii) determinar as variáveis que explicam a capacitação através de regressões lineares múltiplas, e (iv) comparar a variável dependente de acordo com as variáveis sociodemográficas. Trata-se de um estudo observacional correlacional, de analise transversal. Métodos: Os participantes deste estudo foram 229 doentes com CC, com idades compreendidas entre 19 e 73 anos, (M= 36,50 anos; DP = 11,94); sendo 55%; do sexo feminino. As variáveis em estudo foram avaliadas através de diversos questionários de autorresposta, Questionário sobre a saúde do paciente-8 (PHQ-8), Questionário de depressão e ansiedade geral (GAD -7), Escala linear analógica da qualidade de vida (LAS), Escala modificada do estigma da doença crónica (CISS-CHD), Questionário de Identidade da doença (IIQ) e Escala de capacitação de Gotemburgo (GYPES). Foi realizada uma entrevista semiestruturada para a recolha dos dados pessoais e sociodemográficos, os dados clínicos foram recolhidos retrospetivamente dos processos dos doentes, com ajuda da equipa médica do serviço. O tratamento de dados foi realizado com o SPSS, versão 28 e AMOS, versão 28. Os questionários foram administrados por três modalidades: presencialmente, através do software Redcap, e por telefone. Resultados: As análises de regressão lineares múltiplas identificam que a ansiedade, a depressão, a QV, a identidade da doença, contribuem para explicar a capacitação do paciente para lidar com a doença; a perceção do estigma não demonstrou qualquer impacto na capacitação. A variância explicada pelos modelos varia entre 6 % e 38%. Conclusão: Podemos concluir que se torna extremamente relevante o estado de saúde do paciente, a sua perceção de qualidade de vida, a perceção da identidade da doença, e o estado emocional para que o doente se sinta mais capacitado a lidar com a sua patologia. |
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