Programa baseado no Método de Pilates Clínico como meio de intervenção na incontinência urinária feminina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/17243 |
Resumo: | A incontinência urinária (IU) é uma condição de saúde, predominantemente feminina, que afeta várias dimensões na vida da mulher. Esta pode ser intervencionada com diferentes métodos, sendo escassa a evidência relativa a métodos globais. Avaliar a influência de um programa de promoção da continência baseado no método de Pilates Clínico na autoeficácia na realização de exercícios de contração dos músculos do pavimento, qualidade de vida e ganho de força na musculatura do pavimento pélvico em mulheres, com incontinência urinária, bem como nos comportamentos/hábitos de vida. Estudo experimental, numa amostra de 24 participantes com idade≥ a 50 anos, com sintomas de incontinência urinária de esforço (IUE). A amostra foi aleatorizada em 2 grupos, o experimental (GE, n=12) que integrou o programa e o de controlo (GC, n=12) que não fez intervenção. Este estudo, teve a duração de 16 semanas com uma frequência de 2 vezes/ semana e duração de 60 min/ sessão. Nas primeiras 8 semanas o programa realizou-se presencialmente e da 9ª à 16ª as sessões foram administradas em grupos online, via faceboook. O GE foi ainda exposto a uma sessão de educação para a saúde. Utilizou-se o “International Consultation of Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF)” para avaliar a incontinência urinária e o seu impacto na qualidade de vida; a escala de Autoeficácia de Broome para verificar a perceção da funcionalidade dos músculos do pavimento pélvico (MPP); a Escala de Oxford Modificada para avaliação da força dos MPP. Os níveis de atividade física foram mensurados com a IPAQ, e os hábitos comportamentais, foram recolhidos através do questionário de estilo de vida. Foram usados os testes t de Studant e a ANOVA para medidas repetidas. Verificaram-se diferenças significativas, entre grupos, com melhorias mais evidentes para o GE ao nível da autoeficácia MPP (F(2,22) = 31.75, p <0,001), e força muscular (F(2,22) = 9.13, p=0.001). Para as outras variáveis: gravidade, qualidade de vida, atividade física, IMC, e fatores comportamentais não se verificaram diferenças significativas entre grupos p>0,05. Quanto à forma de aplicação do programa, são visíveis diferenças significativas dentro do GE, no regime presencial, regista melhorias ao nível da gravidade da IU (p=0,003), qualidade de vida (p=0,003), qualidade de vida (p=0,017), autoeficácia dos músculos do pavimento pélvico (p<0,0001), e na força muscular (p=0,001). Verificou-se ainda um aumento da atividade física (p<0,0001); diminuição do IMC (p=0,001); aumento do consumo de água (p=0,017) e horas de sono (p<0,0001). Após a aplicação do programa online verificou-se uma regressão dos resultados quando comparados com o método presencialmente, todavia esta regressão também foi visível para o GC. O programa de promoção da continência que inclui o método de Pilates Clínico teve um efeito positivo na saúde global das mulheres, nomeadamente na força muscular e autoeficácia dos MPP, contudo é necessário a realização de mais estudos que possam comprovar a efetividade do método na prática clínica. |
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