Estabilidade monetária, disciplina orçamental e desempenho económico em Portugal desde 1854
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1995 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.5/27102 |
Resumo: | No que respeita à relação entre finanças públicas e estabilidade monetária, a experiência portuguesa desde 1854 pode ser resumida dizendo que a disciplina orçamental foi sempre crucial para a estabilidade monetária. Saldos negativos das contas públicas financiados por empréstimos junto do Banco de Portugal estiveram sempre associados com inflação e depreciação cambial no curto prazo e saldos negativos das contas públicas em geral, mesmo quando financiados por empréstimos no mercado, desencadearam habitualmente inflação e depreciação cambial, pelo menos no longo prazo. No que respeita à relação entre estabilidade monetária e desempenho económico, a experiência portuguesa desde meados do século XIX confirma que a moeda é claramente prejudicial para o desempenho económico quando funciona mal. As fases de inflação da Primeira Guerra Mundial e do primeiro pós-guerra, da Segunda Guerra Mundial, e mesmo de parte do último quartel do século XX mostram-no. Em suma, a experiência portuguesa sugere que há limites estritos para o uso de estímulos inflacionistas em economias pequenas e abertas, porque eles facilmente dão lugar a problemas na balança de pagamentos. |
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