Effect of rearing temperature on the growth of the sea cucumber Holothuria arguinensis (Koehler & Vaney, 1906) juveniles

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Madruga, André Soares
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/6643
Resumo: Atualmente existe um problema emergente relativamente à disponibilidade de alimento e ao aumento da população global, esta tendência está a ser acompanhada pela sobre exploração dos stocks pesqueiros globais, que afeta a maioria dos organismos aquáticos, como os pepinos do mar. Na região do oceano pacífico, a Ásia colocou pressão excessiva no mercado de pepinos do mar, o que resultou na apanha intensa destes animais; muitas espécies já foram declaradas como ameaçadas com extinção pela IUCN. O aumento da demanda de pepinos do mar está relacionado com uma maior liberdade económica e com uma maior conscientização sobre o valor nutricional destes animais. Como resposta a esta procura, nas regiões asiáticas, desde a década de 1980, o desenvolvimento da aquacultura de Apostichopus japonicus (Selenka, 1867) tornouse uma prioridade. Atualmente, a maioria dos produtos de A. japonicus que são vendidos nos mercados asiáticos vêm da aquacultura. Deste modo, e por haver uma maior procura no mercado na Europa os desembarques e as exportações de pepinos do mar aumentaram; no mar Mediterrâneo muitas operações ilegais ocorreram ao longo dos anos, devido à falta de legislação relativa à pesca do pepino do mar, alguns estudos já demonstraram a perda das maiores classes de tamanho de pepinos do mar em algumas áreas; deste modo, é necessário desenvolver técnicas de produção destas espécies de forma a salvaguardar a biodiversidade e dar lugar à valorização dos produtos europeus. Uma das espécies que apresenta um elevado valor comercial é a Holothuria arguinensis; esta espécie pode ser encontrada no norte do Senegal, Mauritânia, Marrocos, Canárias, Argélia, Sul da Espanha e em Portugal. Considerando que um dos parâmetros físico-químicos mais importantes que afetam o crescimento dos pepinos do mar é a temperatura, este estudo foi direcionado a avaliar de que forma a temperatura pode influenciar o crescimento de juvenis de H. arguinensis. Foram utilizados quatro tratamentos de temperatura diferentes 18, 20, 22 e 24°C durante 4 meses. No final do ensaio os indivíduos que demonstraram o maior ganho de peso e comprimento foram os a 20°C com um ganho de peso de 2,79 g ±0,14 e um ganho de comprimento de 1,45 cm ± 0,16; da mesma forma, o tratamento a 20°C também produziu a maior taxa de crescimento específico (0,50%/dia) e a maior taxa de comprimento corporal diária (0,30%cm/dia). Por outro lado, ao considerar as relações alométricas dos juvenis, tanto o maior coeficiente alométrico como o melhor ajuste foram encontrados a 18°C (b = 1,93; R2 = 0,73); ao examinar o fator de condição de Fulton, o mais elevado foi encontrado a 24°C se considerarmos o crescimento; por outro lado, se considerarmos os tempos de amostragem, o fator de condição mais elevado foi encontrado a 22°C (T0 = 6,18, T4 = 7,68). A temperatura que demonstrou melhores resultados para o crescimento dos juvenis de H. arguinensis foi de 20°C, no entanto mais estudos futuros necessitam de ser considerados com um intervalo de tempo.
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