De piroga não se pesca ao largo! acordo de parceria no domínio das pescas entre a União Europeia e a República Democrática de São Tomé e Príncipe: Quais os benefícios para a pesca artesanal santomense?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Ana Maria Pires
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/7436
Resumo: Acordo de Parceria no Domínio das Pescas entre a União Europeia e a República Democrática de São Tomé e Príncipe: Que Benefícios para a Pesca Artesanal Santomense? A Zona Económica Exclusiva de São Tomé e Príncipe concentra uma biomassa piscícola global estimada em 29 000 toneladas/ano, a qual tem vindo a assegurar a pesca artesanal às comunidades costeiras locais e a pesca industrial a países estrangeiros. Porém, uma significativa parte de pequenos peixes pelágicos apresentam acentuados níveis de depleção. Em 1984 foi celebrado o primeiro Acordo das Pescas entre a União Europeia e São Tomé e Príncipe, mas foi a partir de 2006 que o termo “parceria” passou a figurar nos acordos entre as partes. Os recentes protocolos fixam como objetivos, entre outros pontos, a cooperação económica, científica e técnica, contrapartidas específicas para apoiar a política sectorial das pescas e a promoção de um quadro de parceria para uma política de pesca sustentável nas zonas pesqueiras santomenses. Por sua vez, o Governo local estabelece como eixos prioritários o acionamento dos mecanismos que asseguram a sustentabilidade dos recursos haliêuticos, e os que tornam o sector tecnologicamente mais avançado e competitivo. Os reforços das capacidades institucionais e das condições infraestruturais para produção e comercialização da pesca artesanal, nomeadamente para os mercados da União Europeia, são, também, firmemente contemplados. Confrontando os pontos fulcrais dos acordos, os esforços realizados pelo Governo local, as súmulas de vários relatórios/pareceres e outras informações relevantes, conclui-se, neste estudo de caso, que os benefícios produzidos pelos acordos na pesca artesanal são residuais, que o país não tem uma estratégia integrada de combate à depleção haliêutica e que a adoção do termo “parceria” não passa de mais uma retórica semântica.
id RCAP_64798a5bb1e04138903c8e75a4ec431a
oai_identifier_str oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/7436
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling De piroga não se pesca ao largo! acordo de parceria no domínio das pescas entre a União Europeia e a República Democrática de São Tomé e Príncipe: Quais os benefícios para a pesca artesanal santomense?São Tomé e PríncipePesca artesanal -- Artisanal fishingAcordo de parceria das pescasSustentabilidade dos recursos pesqueirosFisheries partnership agreementSustainability of fisheries resourcesAcordo de Parceria no Domínio das Pescas entre a União Europeia e a República Democrática de São Tomé e Príncipe: Que Benefícios para a Pesca Artesanal Santomense? A Zona Económica Exclusiva de São Tomé e Príncipe concentra uma biomassa piscícola global estimada em 29 000 toneladas/ano, a qual tem vindo a assegurar a pesca artesanal às comunidades costeiras locais e a pesca industrial a países estrangeiros. Porém, uma significativa parte de pequenos peixes pelágicos apresentam acentuados níveis de depleção. Em 1984 foi celebrado o primeiro Acordo das Pescas entre a União Europeia e São Tomé e Príncipe, mas foi a partir de 2006 que o termo “parceria” passou a figurar nos acordos entre as partes. Os recentes protocolos fixam como objetivos, entre outros pontos, a cooperação económica, científica e técnica, contrapartidas específicas para apoiar a política sectorial das pescas e a promoção de um quadro de parceria para uma política de pesca sustentável nas zonas pesqueiras santomenses. Por sua vez, o Governo local estabelece como eixos prioritários o acionamento dos mecanismos que asseguram a sustentabilidade dos recursos haliêuticos, e os que tornam o sector tecnologicamente mais avançado e competitivo. Os reforços das capacidades institucionais e das condições infraestruturais para produção e comercialização da pesca artesanal, nomeadamente para os mercados da União Europeia, são, também, firmemente contemplados. Confrontando os pontos fulcrais dos acordos, os esforços realizados pelo Governo local, as súmulas de vários relatórios/pareceres e outras informações relevantes, conclui-se, neste estudo de caso, que os benefícios produzidos pelos acordos na pesca artesanal são residuais, que o país não tem uma estratégia integrada de combate à depleção haliêutica e que a adoção do termo “parceria” não passa de mais uma retórica semântica.Partnership Agreement in the field of fisheries between the European Union and the Democratic Republic of São Tomé and Príncipe: What Benefits to the Santomean Artisanal Fisheries? The Exclusive Economic Zone of the Democratic Republic of São Tomé and Príncipe concentrates a fish biomass estimated at 29 000 tons per year, which has assured the artisanal fishery by local coastal communities and industrial fishery to foreign countries. However, a significant part of pelagic small fishes show significant signs of depletion. The conclusion of the first Fisheries Agreement in the field of fisheries between the European Union and the Democratic Republic of São Tomé and Príncipe dates back to 1984, but it was only from 2006 on that the term “partnership” was introduced into the new Agreements between the two. The current Protocols, among other points, set the goals of cooperation at economic, technical and scientific levels as well as specific compensations to support the development of the local fishing sector and the promotion of a partnership framework towards a sustainable fisheries policy in the Santomean fishing areas. In turn, São Tomé and Príncipe Government defines as its priority axis the creation of mechanisms that ensure the sustainability of fish resources. The strengthening of institutional capacities and the improvement of the infrastructural support for production and commercialization from artisanal fisheries, namely to European Union markets, are also contemplated. By confronting the contents of several reports, partnership agreements, statements and other relevant information, obtained from various sources, it is possible to come to the conclusion that the benefits for artisanal fisheries produced by the new agreements and the efforts developed by the country's Government are residual, that there isn’t an integrated strategy to stop marine resource depletion and that the adoption of the term “partnership” is nothing more than semantics and rhetoric.2014-06-04T15:31:54Z2013-01-01T00:00:00Z20132013-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/7436TID:201023733porDias, Ana Maria Piresinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:51:54Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/7436Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:25:47.813207Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv De piroga não se pesca ao largo! acordo de parceria no domínio das pescas entre a União Europeia e a República Democrática de São Tomé e Príncipe: Quais os benefícios para a pesca artesanal santomense?
title De piroga não se pesca ao largo! acordo de parceria no domínio das pescas entre a União Europeia e a República Democrática de São Tomé e Príncipe: Quais os benefícios para a pesca artesanal santomense?
spellingShingle De piroga não se pesca ao largo! acordo de parceria no domínio das pescas entre a União Europeia e a República Democrática de São Tomé e Príncipe: Quais os benefícios para a pesca artesanal santomense?
Dias, Ana Maria Pires
São Tomé e Príncipe
Pesca artesanal -- Artisanal fishing
Acordo de parceria das pescas
Sustentabilidade dos recursos pesqueiros
Fisheries partnership agreement
Sustainability of fisheries resources
title_short De piroga não se pesca ao largo! acordo de parceria no domínio das pescas entre a União Europeia e a República Democrática de São Tomé e Príncipe: Quais os benefícios para a pesca artesanal santomense?
title_full De piroga não se pesca ao largo! acordo de parceria no domínio das pescas entre a União Europeia e a República Democrática de São Tomé e Príncipe: Quais os benefícios para a pesca artesanal santomense?
title_fullStr De piroga não se pesca ao largo! acordo de parceria no domínio das pescas entre a União Europeia e a República Democrática de São Tomé e Príncipe: Quais os benefícios para a pesca artesanal santomense?
title_full_unstemmed De piroga não se pesca ao largo! acordo de parceria no domínio das pescas entre a União Europeia e a República Democrática de São Tomé e Príncipe: Quais os benefícios para a pesca artesanal santomense?
title_sort De piroga não se pesca ao largo! acordo de parceria no domínio das pescas entre a União Europeia e a República Democrática de São Tomé e Príncipe: Quais os benefícios para a pesca artesanal santomense?
author Dias, Ana Maria Pires
author_facet Dias, Ana Maria Pires
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Dias, Ana Maria Pires
dc.subject.por.fl_str_mv São Tomé e Príncipe
Pesca artesanal -- Artisanal fishing
Acordo de parceria das pescas
Sustentabilidade dos recursos pesqueiros
Fisheries partnership agreement
Sustainability of fisheries resources
topic São Tomé e Príncipe
Pesca artesanal -- Artisanal fishing
Acordo de parceria das pescas
Sustentabilidade dos recursos pesqueiros
Fisheries partnership agreement
Sustainability of fisheries resources
description Acordo de Parceria no Domínio das Pescas entre a União Europeia e a República Democrática de São Tomé e Príncipe: Que Benefícios para a Pesca Artesanal Santomense? A Zona Económica Exclusiva de São Tomé e Príncipe concentra uma biomassa piscícola global estimada em 29 000 toneladas/ano, a qual tem vindo a assegurar a pesca artesanal às comunidades costeiras locais e a pesca industrial a países estrangeiros. Porém, uma significativa parte de pequenos peixes pelágicos apresentam acentuados níveis de depleção. Em 1984 foi celebrado o primeiro Acordo das Pescas entre a União Europeia e São Tomé e Príncipe, mas foi a partir de 2006 que o termo “parceria” passou a figurar nos acordos entre as partes. Os recentes protocolos fixam como objetivos, entre outros pontos, a cooperação económica, científica e técnica, contrapartidas específicas para apoiar a política sectorial das pescas e a promoção de um quadro de parceria para uma política de pesca sustentável nas zonas pesqueiras santomenses. Por sua vez, o Governo local estabelece como eixos prioritários o acionamento dos mecanismos que asseguram a sustentabilidade dos recursos haliêuticos, e os que tornam o sector tecnologicamente mais avançado e competitivo. Os reforços das capacidades institucionais e das condições infraestruturais para produção e comercialização da pesca artesanal, nomeadamente para os mercados da União Europeia, são, também, firmemente contemplados. Confrontando os pontos fulcrais dos acordos, os esforços realizados pelo Governo local, as súmulas de vários relatórios/pareceres e outras informações relevantes, conclui-se, neste estudo de caso, que os benefícios produzidos pelos acordos na pesca artesanal são residuais, que o país não tem uma estratégia integrada de combate à depleção haliêutica e que a adoção do termo “parceria” não passa de mais uma retórica semântica.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-01-01T00:00:00Z
2013
2013-07
2014-06-04T15:31:54Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10071/7436
TID:201023733
url http://hdl.handle.net/10071/7436
identifier_str_mv TID:201023733
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/octet-stream
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134820951916544