Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: |
Gotardo,Ana Teresa |
Data de Publicação: |
2021 |
Outros Autores: |
Freitas,Ricardo Ferreira |
Tipo de documento: |
Artigo
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Idioma: |
por |
Título da fonte: |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-04582021000100043
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Resumo: |
Resumo Um dos imaginários mais sólidos do Brasil diz respeito à perfeição física, representada atualmente na forma dos corpos femininos cisgênero, brancos, magros, que ocupam as praias da zona sul do Rio de Janeiro e assumida como atributo da marca Rio na construção da “cidade olímpica”. Este artigo busca compreender, por meio de uma análise crítica de quatro documentários internacionais de televisão produzidos e exibidos por televisões estrangeiras durante o chamado “período Olímpico”, como os corpos dissonantes a esses imaginários disputam espaços, o direito à cidade e a narrar-se por meio de rompimentos com a marca oficial. Apesar da diversidade cotidiana dos corpos dissonantes, três ganham espaço na mídia internacional: mulheres trans e travestis, analisadas em Gaycation: Brazil de Page e Daniel (2016) e Rio 50 Degrees - Carry on Carioca de Temple (2014); corpos negros e pobres invisibilizados no cotidiano urbano, em Copacabana Palace de Waldron (2014) e pessoas com deficiência que lutam pelo direito à inclusão e à mobilidade em A Bumpy Road to Rio de Fox (2015). Ainda que as representações desses corpos sejam pequenas em relação à ratificação dos imaginários já sólidos dos corpos perfeitos, sua abordagem contribui para dar visibilidade a sujeitos invisibilizados pelo processo de city branding, promovendo um importante questionamento em relação ao achatamento de sujeitos e subjetividades que a estratégia de construção da marca acaba por impor, além de mostrar outras possibilidades de existência, pontos de conflito diversos e de disputas pelo espaço urbano. |