A interpretação de línguas – reflexões sobre a evolução de uma profissão (um ensaio)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/11229 |
Resumo: | A interpretação de línguas é um processo complexo de comunicação em que intérpretes viabilizam a interlocução entre dois ou mais falantes de idiomas diferentes. Este mesmo processo poderá ocorrer em modos distintos e em vários cenários, como por exemplo simultânea e/ou consecutivamente em reuniões de pequenas dimensões, conferências multilingues, etc. Devido ao desenvolvimento de meios tecnológicos sofisticados, a possibilidade de comunicação à distância teve, por sua vez, um grande impacto na prática da profissão de interpretação: surge a interpretação remota como modalidade alternativa à forma mais tradicional da interpertação in situ. Sendo assim, a própria tecnologia torna viável o distanciamento físico do intérprete dos seus interlocutores. Esta forma de interacção mais impessoal e menos directa tem vindo a causar relutância por parte dos profissionais de interpretação face a esta modalidade de trabalho mais recente. Uma das razões que levam a esta atitude menos positiva será o facto de os intérpretes considerarem que os meios tecnológicos nem sempre são capazes de transmitir os elementos não-verbais tal como uma situação de comunicação presencial. Todos estes factores poderão, consequentemente, comprometer significativamente a qualidade das tarefas interpretativas realizadas em circunstâncias de interpretação remota. Torna-se pertinente a reflexão sobre a prática desta indispensável profissão em constante evolução, fenómeno este que tem vindo igualmente a ter um impacto significativo nas estratégias pedagógicas no âmbito da formação de alunos-intérpretes. Será este o principal objectivo deste ensaio. |
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A interpretação de línguas – reflexões sobre a evolução de uma profissão (um ensaio)Interpretação in situFormação em interpretaçãoInterpretação remotaQualidadeDesempenhoOn-site interpretingInterpreter trainingRemote interpretingQualityPerformanceA interpretação de línguas é um processo complexo de comunicação em que intérpretes viabilizam a interlocução entre dois ou mais falantes de idiomas diferentes. Este mesmo processo poderá ocorrer em modos distintos e em vários cenários, como por exemplo simultânea e/ou consecutivamente em reuniões de pequenas dimensões, conferências multilingues, etc. Devido ao desenvolvimento de meios tecnológicos sofisticados, a possibilidade de comunicação à distância teve, por sua vez, um grande impacto na prática da profissão de interpretação: surge a interpretação remota como modalidade alternativa à forma mais tradicional da interpertação in situ. Sendo assim, a própria tecnologia torna viável o distanciamento físico do intérprete dos seus interlocutores. Esta forma de interacção mais impessoal e menos directa tem vindo a causar relutância por parte dos profissionais de interpretação face a esta modalidade de trabalho mais recente. Uma das razões que levam a esta atitude menos positiva será o facto de os intérpretes considerarem que os meios tecnológicos nem sempre são capazes de transmitir os elementos não-verbais tal como uma situação de comunicação presencial. Todos estes factores poderão, consequentemente, comprometer significativamente a qualidade das tarefas interpretativas realizadas em circunstâncias de interpretação remota. Torna-se pertinente a reflexão sobre a prática desta indispensável profissão em constante evolução, fenómeno este que tem vindo igualmente a ter um impacto significativo nas estratégias pedagógicas no âmbito da formação de alunos-intérpretes. Será este o principal objectivo deste ensaio.Interpreting involves a complex communication process in which speakers of at least two different languages are able to understand each other when they call in an interpreter. This communication process may occur in different modes and scenarios, as for instance simultaneously and/or consecutively in small meetings, large scale multilingual conferences, etc. Due to the development of sophisticated technological means, the viability of communicating by distance mode has also had a strong impact on the interpreters’ working habits: remote interpretation appears as a new modality and at the same time as an alternative to the traditional form of on-site interpreting. Thus, the physical displacement of interpreters from a closer range to their interlocutors is nowadays a possibility. This less personal and direct way of interaction has caused some reluctance among professional interpreters towards these recent working methods. One of the reasons pointed for this less positive attitude is the fact that interpreters consider that the technology applied under these working conditions is not always capable of conveying non-verbal elements in the same way as a communication setting in presence. All these factors may therefore compromise significantly quality standards of remote interpretation tasks. The constant evolution of this indispensable profession is a phenomenon which has also had to a certain extent an impact on pedagogical strategies of interpreter training. Reflecting on this is certainly of the utmost importance. That is the main objective of this essay.Instituto Politécnico do Porto, Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, Edição própriaRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoFurtado, Marco2018-03-23T11:32:33Z20142014-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/11229por1645-193710.34630/polissema.v0i14.3047info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T12:53:17Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/11229Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:31:36.724219Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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