Teores de cobre na água de escorrimento superficial num solo ao qual foi aplicada lama residual urbana com elevada concentração de cobre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Domingues,H.
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Serrão,M.G., Martins,J.C., Castelo-Branco,M.A., Monteiro,O.R., Fernandes,M.L., Pires,F., Campos,A.M., Horta,C., Salgueiro,A., Dordio,A.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2007000200024
Resumo: A utilização de lamas residuais urbanas (LRU) em solos agrícolas contribui para o incremento da sua fertilidade e reciclagem destes resíduos, mas as concentrações de alguns metais podem limitar os níveis de aplicação. Neste trabalho, avaliam-se os teores de cobre (Cu) nas águas de escorrimento superficial, num ensaio semeado com uma consociação pratense de leguminosas e gramíneas, em que foi aplicada LRU com elevada concentração de Cu (2042 mg kg-1). O ensaio, em blocos casualizados, foi instalado, em Mértola, num Luvissolo Háplico (LVha), de declive médio de 15%, com três níveis de LRU de Évora (L0 = 0, L1 = 12 e L2 = 24 t/ha) e duas repetições. Em cada talhão (48 m²), foram instalados dispositivos de erosão de chapa zincada (4 m²) aos quais se acoplaram depósitos de polietileno (80 L), para recolha de águas de escorrimento superficial. Analisou-se o Cu nas águas de escorrimento colhidas em 2002 (sete datas), 2003 (cinco datas) e 2004 (duas datas). De acordo com o Decreto-Lei 236/98, que normaliza a qualidade da água, a concentração de Cu foi inferior ao valor limite de emissão (1,0 mg L-1) para a descarga de águas residuais e inferior ao valor máximo recomendado (0,2 mg L-1) para as águas de rega. Relativamente aos resultados obtidos, em 2002 pode estimar-se que seriam necessários cerca de 75397 anos para esgotar o Cu adicionado ao solo na modalidade L2. Com base nos valores de 2004, seriam indispensáveis 47123 e 100016 anos para escorrer o Cu nas modalidades L1 e L2, respectivamente. Não foi possível quantificar a duração da perda do elemento com os resultados de 2003, devido à superioridade do valor de Cu escoado em L0, relativamente aos das outras modalidades. O Cu proveniente da aplicação desta LRU teve um arrastamento reduzido, podendo afirmar-se que não terá um efeito poluente através da água de escorrimento superficial nos recursos hídricos superficiais e subterrâneos da região.
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