O ensino em meio prisional e as expectativas futuras de reinserção social dos reclusos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/2509 |
Resumo: | No presente estudo, avalia-se o contributo que as acções educativas, de educação escolar e/ou extra-escolar podem aportar à valorização pessoal e à reinserção social futura dos reclusos dum determinado estabelecimento prisional. Caracteriza-se a população do estudo em relação à formação escolar e profissional, analisa-se a influência das acções educativas perante as concepções de auto-respeito e integração na comunidade prisional bem como a influência das mesmas na criação de expectativas concretas de reinserção social. Recorrendo a uma metodologia de investigação de índole quantitativa e através da análise das regressões lineares efectuadas para cada uma das variáveis consideradas, verificamos como independentemente do grau académico que um recluso deste estabelecimento prisional possua, em nada acresce na sua motivação para a participação em acções educativas, em estabelecer relações de carácter social entre os companheiros dentro do próprio estabelecimento prisional, assim como na intensificação das relações familiares e com os amigos. Destaca-se o regressor Expectativas de Reinserção Social, que apresentou maior poder explicativo sobre as variáveis resposta da maioria dos modelos ajustados. Assim sendo, quanto maiores forem as expectativas no sentido dos delinquentes retomarem um padrão de vida pautado por princípios e dever cívico, maior a sua motivação para validarem questões de carácter social, bem como a necessidade de estabelecerem contacto com a família e amigos, demonstrando um maior interesse pelo mundo para além do vivido dentro do estabelecimento prisional. Face às conclusões encontradas o estudo aponta para recomendações tais como uma maior abertura do estabelecimento à comunidade envolvente; a possibilidade de todos os reclusos frequentarem o ensino – sobretudo os que não possuem a escolaridade obrigatória e a implementação de mais cursos de formação profissional. |
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