Amores incertos: Elena Ferrante e a crítica da performatividade “feminina”

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Verônica Daminelli
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/11125
Resumo: O principal objetivo deste artigo é analisar as protagonistas femininas do livro “Crônicas do Mal de Amor”, da italiana Elena Ferrante, como exemplos que ilustram o rompimento do imaginário comum sobre as mulheres, questionado com a sua “identidade natural”. Elena escreve as suas personagens em conflito constante com os processos discursivos dominantes que se concretizam pela repetição de atos performativos socioculturais. Além de mostrar a relevância de uma literatura que problematiza a subjetividade das mulheres numa atualidade em que o “ser-mulher” continua engessado dentro de um senso comum, ou daquilo que Judith Butler chamou de “performatividade de gênero”, tal trabalho visa a ilustrar de que modo a escrita de Ferrante dramatiza o “real” e tenta subverter e conflituar a inteligibilidade do gênero “feminino” sobretudo pelos conflitos ligados à maternidade e à noção do binarismo heteronormativo patriarcal complementar que sustenta a superioridade masculina na esfera pública.
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