Vocalic nasalization in São Tomé and Príncipe's urban portuguese
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.21814/diacritica.256 |
Resumo: | Este artigo examina comparativamente a nasalidade vocálica em duas variedades de português faladas em São Tomé e Príncipe: o português santomense (PST) e o português principense (PP). Pautados na análise da duração e dos formantes dos segmentos nasais (ṽN), nasalizados (ṽ.N) e orais (V), observamos dois processos de nasalização distintos nessas variedades: a nasalidade vocálica tautossilábica, engatilhada por uma coda nasal, e a nasalidade vocálica heterossilábica, promovida por um ataque nasal. Ambos os processos decorrem do espraiamento regressivo do traço [+nasal] para V, porém, enquanto a nasalidade tautossilábica é obrigatória, distingue significado e ocasiona o apagamento da consoante nasal em coda, resultando na duração alongada de ṽN em relação à V (48% para o PST e 60% para o PP), a nasalidade heterossilábica não é implementada em pretônicas, é opcional em tônicas e mantém a consoante nasal em ataque, refletindo, consequentemente, na duração de ṽ.N, a qual é equivalente à V. |
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Vocalic nasalization in São Tomé and Príncipe's urban portugueseNasalização vocálica no português urbano de São Tomé e PríncipeNasalizationSão Tomé PortuguesePríncipe PortugueseNasalizaçãoPortuguês de São ToméPortuguês de PríncipeEste artigo examina comparativamente a nasalidade vocálica em duas variedades de português faladas em São Tomé e Príncipe: o português santomense (PST) e o português principense (PP). Pautados na análise da duração e dos formantes dos segmentos nasais (ṽN), nasalizados (ṽ.N) e orais (V), observamos dois processos de nasalização distintos nessas variedades: a nasalidade vocálica tautossilábica, engatilhada por uma coda nasal, e a nasalidade vocálica heterossilábica, promovida por um ataque nasal. Ambos os processos decorrem do espraiamento regressivo do traço [+nasal] para V, porém, enquanto a nasalidade tautossilábica é obrigatória, distingue significado e ocasiona o apagamento da consoante nasal em coda, resultando na duração alongada de ṽN em relação à V (48% para o PST e 60% para o PP), a nasalidade heterossilábica não é implementada em pretônicas, é opcional em tônicas e mantém a consoante nasal em ataque, refletindo, consequentemente, na duração de ṽ.N, a qual é equivalente à V.This paper comparatively examines the vocalic nasality in two Portuguese varieties spoken in São Tomé and Príncipe: Santomean Portuguese (PST) and Príncipe Portuguese (PP). Based upon the duration and the formants of nasal (ṽN), nasalized (ṽ.N) and oral (V) segments, we observed two different nasalization processes in PST and in PP: tautosyllabic nasality, triggered by a nasal coda, and heterosyllabic nasality, promoted by a nasal onset. Both processes arise from the regressive dissemination of the [+nasal] feature onto the previous V. However, while tautosyllabic nasality is compulsory, yields lexical contrast, and causes the deletion of the nasal coda –resulting in a longer ṽN than V (48% for PST and 60% for PP)–, heterosyllabic nasality is not applied to pre-stressed syllables, is optional in stressed syllables, and always keeps the nasal consonant in onset position. Thus, the duration of ṽ.N is equivalent to V.CEHUM2019-12-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://doi.org/10.21814/diacritica.256https://doi.org/10.21814/diacritica.256Diacrítica; Vol. 33 N.º 2 (2019): Linguística Experimental e Variedades do Português; 41-68Diacrítica; Vol. 33 No. 2 (2019): Experimental Linguistics and Portuguese Language Varieties; 41-682183-91740870-896710.21814/diacritica.33.2reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://revistas.uminho.pt/index.php/diacritica/article/view/5054https://revistas.uminho.pt/index.php/diacritica/article/view/5054/5527Direitos de Autor (c) 2023 Gabriel Antunes de Araujo, Amanda Macedo Balduinoinfo:eu-repo/semantics/openAccessAraujo, Gabriel Antunes deBalduino, Amanda Macedo2023-07-28T07:47:56Zoai:journals.uminho.pt:article/5054Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:34:41.067052Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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