Perceção da idade através da voz

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Joana Isabel Almeida
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/11429
Resumo: O conhecimento da voz dos idosos, o seu envelhecimento, as características a ela associadas e a forma como esta é percecionada, tem figurado na literatura como uma das áreas de interesse. O seu crescente entendimento tem importância tanto em áreas clínicas e terapêuticas - como é o caso da Terapia da Fala - como na área tecnológica, tendo em vista, entre outros objetivos, a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos, por meio do aperfeiçoamento e desenvolvimento de dispositivos de apoio a idosos que vivem, muita vezes, sozinhos e em situação de isolamento. O estudo apresentado tem por objetivo perceber de que forma o género do ouvinte, bem como o comprimento dos estímulos percecionados, determinam a capacidade de julgamento da idade vocal. Para tal, foram apresentados vários estímulos de voz de idosos entre os 60 e os 90 anos, a participantes com idades compreendidas entre os 18 e os 73 anos. Foram selecionados 144 estímulos de voz, classificados em três categorias, em função do comprimento do estímulo: “palavra”, “frase curta” e “frase longa”. Os resultados apresentados registam uma percentagem de acerto na tarefa de perceção na ordem dos 45.6%, sendo que as diferenças verificadas entre participantes do género masculino e feminino não se verificaram estatisticamente significativas. No que concerne ao comprimento do estímulo, foram obtidas diferenças significativas entre as três categorias apresentadas, sendo a “palavra” o estímulo que melhores resultados revela. Foi possível concluir, desta forma, que ao invés do preconizado por vários estudos anteriores, nem sempre a estimação da idade real de falantes idosos se assume como uma tarefa fácil. Aferiu-se ainda, que as diferenças apresentadas entre o género masculino e feminino são pequenas e, ao contrário do que é referido na literatura, estímulos com menor quantidade de informação semântica e acústica estão associados a maiores percentagens de acerto.
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