Choque hemorrágico : fisiopatologia, monitorização e terapêutica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/47957 |
Resumo: | Trabalho final de mestrado integrado em Medicina àrea científica de Medicina Intensiva, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra |
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Choque hemorrágico : fisiopatologia, monitorização e terapêuticaTerapiaChoque hemorrágicoHemorragiaDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho final de mestrado integrado em Medicina àrea científica de Medicina Intensiva, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraIntrodução: As bases dos conhecimentos actuais sobre choque hemorrágico remontam aos nossos antepassados, com particular relevância para a guerra do Vietnam. Actualmente, a hemorragia é a principal causa de choque em doentes politraumatizados graves. A constante observação e reconhecimento dos sinais e sintomas de choque e a assistência médica precoce permitem, na maioria das vezes, a restauração eficaz da volémia. Objectivos: O objectivo deste trabalho é fazer uma revisão actualizada da fisiopatologia, monitorização e medidas terapêuticas que permitem a reposição da volémia em doentes com choque hemorrágico, tendo em conta que o objectivo primordial é restabelecer uma perfusão adequada dos órgãos em tempo útil. Para tal, foi efectuada uma vasta revisão da literatura existente sobre esta área, nomeadamente artigos científicos e de revisão indexados na MEDLINE (United States National Library of Medicine). Desenvolvimento: O choque é uma síndrome aguda que tem por consequência uma má perfusão periférica e hipóxia tecidular, que não tratada pode evoluir até à síndrome da disfunção múltipla de órgãos. No choque hemorrágico, devido à perda de parte significativa do volume de sangue circulante ou fluidos, existe uma diminuição crítica do volume intravascular, condicionando um baixo retorno venoso e uma distribuição regional anormal do fluxo sanguíneo em todos os órgãos. Os sinais e sintomas de choque e as alterações nos parâmetros laboratoriais podem ser discretos e subtis numa fase inicial, mas serão óbvios no choque prolongado. A sua abordagem é sempre uma emergência, porque a janela de tempo para restaurar a circulação é curta, devendo a terapêutica inicial ser dirigida a restabelecer urgentemente uma pressão de perfusão adequada na microcirculação periférica. Esta deve ser feita em simultâneo com a correcção da causa responsável pelo choque. Genericamente, os fluidos usados são o sangue, os derivados do sangue e seus substitutos, colóides, cristalóides e, eventualmente, a solução salina hipertónica. A ausência de resposta à fluidoterapia implica o recurso a fármacos vasopressores. Conclusões: Actualmente, a fisiopatologia do choque hemorrágico é bem conhecida. A importância do reconhecimento precoce do estado de choque e a sua influência no prognóstico tem sido alvo de investigação ao longo dos anos. Os colóides e cristalóides são o núcleo de discussões há algumas décadas, pela controvérsia a respeito do fluido ideal. Os dados mais recentes dão destaque favorável aos cristalóides, e dentro destes, o lactato de Ringer e a solução salina normal são igualmente aceites como terapêuticas de primeira linha.Introduction: The basis of current knowledge on hemorrhagic shock goes back to our ancestors, with particular relevance to the Vietnam War. Currently, hemorrhage is the main cause of shock in severe trauma patients. The constant observation and recognition of signs and symptoms of shock and early medical care allow, in most cases, effective restoration of blood volume. Objectives: The aim of this work is to create an updated review of pathophysiology, monitoring and therapeutic measures that allow the replacement of blood volume in patients with hemorrhagic shock, given that the primary objective is to restore an adequate perfusion of organs in sufficient time. To this end, a broad review of the literature on this area was made, including scientific articles and review articles indexed in MEDLINE (United States National Library of Medicine). Development: The shock is an acute syndrome that has the consequence of a poor peripheral perfusion and tissue hypoxia, which untreated can progress to the multiple organ dysfunction syndrome. In hemorrhagic shock due to loss of a significant portion of circulating blood volume or fluid, there is a critical decrease in intravascular volume, conditioning a low venous return and an abnormal regional distribution of blood flow in all organs. Signs and symptoms of shock and changes in laboratory parameters can be discreet and subtle initially, but will be too obvious in prolonged shock. Its approach is always an emergency because the window of time to restore circulation is short, and the initial therapy should be directed to urgently restore adequate perfusion pressure in the peripheral microcirculation. This should be done simultaneously with the correction of the causes responsible for shock. Generally, the fluids used are blood, blood products and their substitutes, colloids, crystalloids and, eventually, the hypertonic saline solution. The lack of response to fluid therapy involves the use of vasopressors. Conclusions: Currently, the pathophysiology of hemorrhagic shock is well known. The importance of early recognition of shock and its influence on prognosis has been investigated over the years. Colloids and crystalloids are the core of discussions for several decades, due to the controversy regarding the ideal fluid. Recent data have emphasized in favor of crystalloids, and within these, the Ringer's lactate and normal saline solution are accepted as first-line treatments.2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/47957http://hdl.handle.net/10316/47957porEira, Carla Sofia Lopes dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:43Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/47957Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:45:24.554957Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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