Efeito da formação nas concepções de saúde e de Promoção da Saúde de estudantes do ensino superior
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/12474 |
Resumo: | As concepções dos alunos são muito complexas e dependem da história de vida de cada pessoa, da sua cultura e das suas representações sociais, sendo função dos conhecimentos, dos sistemas de valores e das práticas sociais (Clément, 2004). Por sua vez, as práticas de Educação para a Saúde expressam as concepções de quem as desenvolve e são por elas influenciadas. Daqui se conclui que as concepções de saúde e Promoção da Saúde/Educação para a Saúde são muito importantes. Assim, o objectivo geral do presente estudo foi de comparar o sistema de valores em promoção e educação para a saúde veiculados em cursos na área da saúde, ensino pré-escolar, ensino básico e serviço social, a fim de compreender a relação entre as concepções a ensinar e as concepções ensinadas. Para tal desenvolvemos um estudo descritivo, comparativo e transversal, cuja amostra foi constituída por 709 alunos (63% do universo dos alunos) de sete cursos do ensino superior, sendo quatro cursos no âmbito da saúde (Medicina, Enfermagem de Braga, do Porto e de Vila Real), dois no âmbito da educação (Educadores de Infância e Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico) e um no âmbito do Serviço Social. Aplicou-se um questionário de auto-preenchimento aos alunos do 1º e do 4º ano dos referidos cursos. As cinco palavras-chave mais utilizadas pelo total da amostra para referir o conceito de saúde foram as seguintes (por ordem decrescente): “Bem-estar”, “Hospital”, “Doença”, “Médicos” e “Enfermeiros”, tendo a primeira sido utilizada por 77,4% dos alunos. A predominância destas palavras-chave poderá estar ligada a uma visão reducionista dos determinantes de saúde, centrada nas unidades de saúde, deixando de fora os outros determinantes de saúde. Foi no curso de Enfermagem de Braga (E-BR) que se verificaram mais descidas das palavras-chave ligadas à visão reducionista do termo Saúde, entre o 1º e o 4º ano; da mesma forma, o curso de Professores do Ensino Básico (PEB) foi aquele que mostrou mais aumentos ligados ao conceito abrangente da Saúde, entre o 1º e o 4º ano. Pelo contrário, no curso de E-VR, não se notaram alterações significativas na perspectiva de Saúde entre o 1º e o 4º ano, tendo ambos uma visão técnico-centrica da saúde. Do total da amostra, 86% dos alunos atribuem mais importância à perspectiva positiva de Saúde, 91% e 65% elegem a perspectiva abrangente, respectivamente, de Saúde Escolar e de Promoção da Saúde. A maioria dos alunos considera que os termos Promoção da Saúde e Educação para a Saúde são diferentes, embora não os consigam distinguir verbalmente. Dos resultados obtidos emergiu um conjunto de conclusões e recomendações que constituem o desfecho do presente artigo. |
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