Mobbing nos enfermeiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Dora Lia Assunção Inácio
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/3225
Resumo: Introdução: As pressões constantes do mundo laboral e, a especificidade do seu trabalho expõe os enfermeiros a actos de violência como o mobbing ou assédio moral. Este é um fenómeno dissimulado e psicossocial que afecta o indivíduo, o grupo de trabalho e a organização e, que importa aprender a combater. Objectivos: Determinar a prevalência de mobbing nos enfermeiros; caracterizar o mobbing; relacionar a influência das características sociodemográficas e profissionais na percepção de mobbing dos enfermeiros. Metodologia: Estudo quantitativo, de carácter descritivo-correlacional, transversal. A amostra não probabilística por conveniência foi constituída por 143 enfermeiros do Hospital Sousa Martins, Guarda. Maioritariamente são mulheres (71,3%) e, com média de idades de 37 anos. Possuem formação base 71,3%, 69,9% pratica horário rotativo, 69,2% tem vínculo estável e, tempo médio de exercício profissional de 14 anos. Os dados foram colhidos através de questionário que integrou a escala LIPT-60. Resultados: Os enfermeiros em estudo experienciaram baixos níveis de mobbing no seu contexto laboral. Em média, referem sentir oito condutas de assédio moral com efeito (0,20) e intensidade reduzida (1,37). As condutas mais experimentadas visam o bloqueio à comunicação e a difamação. Cerca de 42,0% dos enfermeiros admitem já ter sido vítima de mobbing e 24,1% referem que aconteceu por um período de seis meses. Os principais agressores identificados foram os médicos (40,0%) e os superiores hierárquicos (37,1%). Contudo, a percepção de mobbing é maior à medida que se progride na carreira, bem como nos enfermeiros que praticam regime de horário fixo e, que trabalham no mesmo serviço há 5 – 10 anos. Conclusões: Apesar dos baixos índices de percepção de mobbing, este está presente no contexto laboral dos enfermeiros tornando-os vulneráveis e afectando a prestação de cuidados. Os ataques sentidos acontecem sobretudo, de forma dissimulada fazendo denotar a gravidade deste fenómeno, sobre o qual impera prevenir e intervir. Palavras-Chave: Mobbing; Assédio moral; Abuso psicológico; Violência psicológica; Agressão psicológica no trabalho.
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Possuem formação base 71,3%, 69,9% pratica horário rotativo, 69,2% tem vínculo estável e, tempo médio de exercício profissional de 14 anos. Os dados foram colhidos através de questionário que integrou a escala LIPT-60. Resultados: Os enfermeiros em estudo experienciaram baixos níveis de mobbing no seu contexto laboral. Em média, referem sentir oito condutas de assédio moral com efeito (0,20) e intensidade reduzida (1,37). As condutas mais experimentadas visam o bloqueio à comunicação e a difamação. Cerca de 42,0% dos enfermeiros admitem já ter sido vítima de mobbing e 24,1% referem que aconteceu por um período de seis meses. Os principais agressores identificados foram os médicos (40,0%) e os superiores hierárquicos (37,1%). Contudo, a percepção de mobbing é maior à medida que se progride na carreira, bem como nos enfermeiros que praticam regime de horário fixo e, que trabalham no mesmo serviço há 5 – 10 anos. Conclusões: Apesar dos baixos índices de percepção de mobbing, este está presente no contexto laboral dos enfermeiros tornando-os vulneráveis e afectando a prestação de cuidados. Os ataques sentidos acontecem sobretudo, de forma dissimulada fazendo denotar a gravidade deste fenómeno, sobre o qual impera prevenir e intervir. Palavras-Chave: Mobbing; Assédio moral; Abuso psicológico; Violência psicológica; Agressão psicológica no trabalho.Abstract Introduction: The constant pressure of working life and to the specificity of their work exposes nurses to violent behaviour such as mobbing or moral harassament. This is a disguised and psychosocial phenomenon that not only affects the individual but also the working group and the organisation and therefore it is important to fight against it. Objectives: To determine the prevalence of mobbing among nurses; to characterize mobbing; to relate the influence of sociodemographic and professional characteristics with the perceptions that nurses have on mobbing. Methodology: Quantitative study, of descriptive and correlational, cross-cutting nature. The sample is conveniently non-probabilistic and consists of 143 nurses of the Hospital Sousa Martins, Guarda. Mostly are female (71.3% ) with an average age of 37 years old. 71.3% hold a basic degree on nursing, 69.9% have a rotary schedule, and 69.2% have stable bonds and an average length of professional practice of 14 years. Data were collected through a questionnaire that integrated the LIPT-60 scale. Findings: The nurses in the study experienced low levels of mobbing in their working context. On average, nurses reported to feel eight types of bullying behaviour with low effect (0.20) and low intensity (1.37). The types of bullying most experienced by the sample aimed at blocking the communication and defamation. When asked, 42.0% of nurses admitted that they have already been victims of mobbing and 24.1% stated that this happened for a period of six months. The main abusers/offenders are doctors (40.0%) and co-workers in a higher hierarchical position (37.1%). However, perceptions of mobbing are greater as longer is the progress in nurses’ careers, as well as in nurses who have a fixed-basis scheduled basis and who work in the same service for 5-10 years. Conclusions: Despite the low levels of mobbing awareness, this is a current reality at nurses’ work environment, making them vulnerable and affects care providing. Attacks are felt mostly in a dissembling and sneaky manner, making this a reality that urges prevention and action. Keywords: Mobbing; Moral harassment; Psychological abuse; Psychological violence; bullying/ Psychological abuse/harrassment at workDias, António MadureiraPereira, Carlos Manuel FigueiredoRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuTeixeira, Dora Lia Assunção Inácio2016-10-14T00:30:10Z2015-10-142014-12-152015-10-14T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/3225TID:201179431porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:26:34Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/3225Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:42:17.191222Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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