Sobre a equitação terapêutica: Uma abordagem crítica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leitão, Leopoldo Gonçalves
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.14417/ap.478
Resumo: Propusemo-nos estudar o tema da Equitação Terapêutica, numa óptica longitudinal. O relato da nossa perspectiva histórica, com particular incidência na Idade Contemporânea, permite compreender a situação presente. Assim, destacamos alguns factores originários de uma cumplicidade histórica vivida entre o Homem e o cavalo, desde o período Pré-histórico até à actualidade. No século XX, distinguimos alguns momentos que contribuíram de forma decisiva para a moderna conceptualização da equitação terapêutica: o sucesso de Liz Hartel nos Jogos Olímpicos de 1952 e 1956; o surgimento do Modelo Alemão; e os congressos internacionais. A necessidade de credibilidade empírica dirigida à aplicação terapêutica do cavalo, e da sua divulgação, é posta em destaque assim como a sistematização desta área, principalmente centrada em torno de um modelo médico. A psicologia, sobretudo cognitivo-comportamental, surge, inicialmente, através de abordagens ecléticas integradas na Hipoterapia. Posteriormente, na última década, a psicologia tem vindo a ocupar um lugar de crescente notoriedade através da Equitação Psicoterapêutica, nas diferentes abordagens teóricas (psicanálise, musicoterapia, teoria dos arquétipos de Jung, teorias sistémicas, bioenergéticas, psicodrama, existencialista, etc.) que pode assumir. A análise subjectiva a que nos propusemos teve o seu enfoque em quatro aspectos complementares: a discordância entre uma procura obcecada pela “prova” e o rigor científico; a dificuldade na diferenciação das disciplinas relativas à Equitação Terapêutica que limita tanto a capacidade para intervir como as conclusões que podemos retirar dos estudos efectuados; a dificuldade observada na divulgação internacional da maioria dos trabalhos; e, por último, a falta de soberania da FRDI enquanto entidade internacional, representante da Equitação Terapêutica, em 46 países.
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