Determinantes da capacidade funcional do doente após acidente vascular cerebral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coelho, Rosa Maria Alves
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/1669
Resumo: Introdução – O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é considerado o mais prevalente e incapacitante distúrbio neurovascular, do qual resultam significativos défices neurológicos que se traduzem na perca de uma ou mais funções, com consequências directas na independência da pessoa que experimenta esta doença, bem como acarretando severas implicações na sua vida pessoal, familiar e social. Face a este enquadramento, a presente investigação, pretendeu identificar os determinantes da capacidade funcional (física e cognitiva) do doente após acidentes vascular cerebral e relacionar esses mesmos determinantes com a sua evolução, desde o inicio do período de internamento até ao momento da alta. Métodos – Realizou-se um estudo transversal, descritivo-correlacional, de natureza quantitativa, na qual participaram 61 doentes, internados numa unidade de AVC de um centro hospitalar português, maioritariamente do sexo masculino (65,57%) e com uma média de idades de 72,54 anos. Para a mensuração das variáveis utilizaram-se instrumentos de medida, de reconhecida fiabilidade, o Índice de Barthel aferido e validado para a população portuguesa: e Escala Rancho Los Amigos, actualmente em processo de validação para a população portuguesa. Resultados – A capacidade funcional, física e cognitiva, avaliada no momento da alta, foi superior à mensurada às 24 horas de internamento. As variáveis que revelaram ter um efeito significativo sobre a evolução favorável da capacidade funcional foram: o sexo, idade, tipo e localização do AVC, tempo de internamento, presença de factores de risco e realização de programa de reabilitação. Genericamente, apresentam uma melhor capacidade funcional os doentes com idades compreendidas entre os 46 e 62 anos, vítimas de AVC do tipo isquémico, com uma localização no hemisfério esquerdo, com um tempo de internamento inferior a sete dias. O programa de reabilitação evidenciou apenas um efeito significativo sobre a evolução da capacidade funcional física. Conclusões – As evidências encontradas neste estudo convidam-nos, no seu todo, para a constante reflexão e continuada implementação, integrada e complementar, de estratégias preventivas que possibilitem a minimização dos riscos de ocorrência de AVC. Por outro lado, e numa perspectiva de diminuir o impacto desta doença nas suas mais diversas dimensões, infere-se que os programas de reabilitação possam e devam focar-se não apenas na recuperação da funcionalidade física, mas também noutros domínios, onde se destaca a reabilitação cognitiva como foco particular de atenção. PALAVRAS CHAVE Acidente Vascular Cerebral, Capacidade Funcional, Saúde, Enfermagem, Reabilitação.
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Face a este enquadramento, a presente investigação, pretendeu identificar os determinantes da capacidade funcional (física e cognitiva) do doente após acidentes vascular cerebral e relacionar esses mesmos determinantes com a sua evolução, desde o inicio do período de internamento até ao momento da alta. Métodos – Realizou-se um estudo transversal, descritivo-correlacional, de natureza quantitativa, na qual participaram 61 doentes, internados numa unidade de AVC de um centro hospitalar português, maioritariamente do sexo masculino (65,57%) e com uma média de idades de 72,54 anos. Para a mensuração das variáveis utilizaram-se instrumentos de medida, de reconhecida fiabilidade, o Índice de Barthel aferido e validado para a população portuguesa: e Escala Rancho Los Amigos, actualmente em processo de validação para a população portuguesa. Resultados – A capacidade funcional, física e cognitiva, avaliada no momento da alta, foi superior à mensurada às 24 horas de internamento. As variáveis que revelaram ter um efeito significativo sobre a evolução favorável da capacidade funcional foram: o sexo, idade, tipo e localização do AVC, tempo de internamento, presença de factores de risco e realização de programa de reabilitação. Genericamente, apresentam uma melhor capacidade funcional os doentes com idades compreendidas entre os 46 e 62 anos, vítimas de AVC do tipo isquémico, com uma localização no hemisfério esquerdo, com um tempo de internamento inferior a sete dias. O programa de reabilitação evidenciou apenas um efeito significativo sobre a evolução da capacidade funcional física. Conclusões – As evidências encontradas neste estudo convidam-nos, no seu todo, para a constante reflexão e continuada implementação, integrada e complementar, de estratégias preventivas que possibilitem a minimização dos riscos de ocorrência de AVC. Por outro lado, e numa perspectiva de diminuir o impacto desta doença nas suas mais diversas dimensões, infere-se que os programas de reabilitação possam e devam focar-se não apenas na recuperação da funcionalidade física, mas também noutros domínios, onde se destaca a reabilitação cognitiva como foco particular de atenção. PALAVRAS CHAVE Acidente Vascular Cerebral, Capacidade Funcional, Saúde, Enfermagem, Reabilitação.ABSTRACT Introduction - The Stroke is considered the most prevalent and disabling neurovascular disorder, which causes significant neurological deficits that reflect in the loss of one or more functions, with direct consequences not only on the independence of the person experiencing the disease, as well as causing severe implications on the patients personal life, family and society. In this context, the present investigation, seeks to identify the determinants of functional capacity (physical and cognitive) of patients after a stroke and relate these same determinants to its evolution, from the moment of hospitalization to the moment the patient is discharged from the hospital. Methods - A cross-sectional, descriptive-correlational, quantitative study was conducted which was attended by 61 patients admitted to a stroke unit of a Portuguese hospital, mostly male (65.57%) with an average age of 72.54. To measure the variables, instruments of known reliability were used such as: the Barthel Index benchmarked and validated for the Portuguese population, and the Rancho Los Amigos Scale, currently in the process of validation for the Portuguese population. Results - The functional capacity, physical and cognitive, evaluated at the time of discharge, was higher than that measured after 24 hours of internment. The variables that had a significant favorable effect on the functional capacity were: gender, age, the type and location of the stroke, the length of internment, the presence of risk factors and the implementation of a rehabilitation program. It is normally the patients aged between 46 and 62, victims of ischemic type stroke, with a location in the left hemisphere, with an internment inferior to seven days, who reveal better functional capacity. The rehabilitation program revealed a significant effect only on the evolution of physical functional capacity. Conclusions – The evidence from this study is an appeal to us as a whole, for constant reflection and continued implementation of integrated and complementary, preventive strategies that allow minimizing the risk of strokes. On the other hand, and in order to lessen the impact of this disease in its various dimensions, it is inferred that rehabilitation programs can and should focus not only on the recovery of physical functioning, but also in other areas, such as cognitive rehabilitation as a specific focus of attention. KEYWORDS Stroke, Functional Capacity, Health, Nursing, Rehabilitation.Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de ViseuAlbuquerque, Carlos Manuel SousaRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuCoelho, Rosa Maria Alves2013-04-17T15:25:49Z20112011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/1669porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:25:00Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/1669Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:40:59.522104Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Introdução – O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é considerado o mais prevalente e incapacitante distúrbio neurovascular, do qual resultam significativos défices neurológicos que se traduzem na perca de uma ou mais funções, com consequências directas na independência da pessoa que experimenta esta doença, bem como acarretando severas implicações na sua vida pessoal, familiar e social. Face a este enquadramento, a presente investigação, pretendeu identificar os determinantes da capacidade funcional (física e cognitiva) do doente após acidentes vascular cerebral e relacionar esses mesmos determinantes com a sua evolução, desde o inicio do período de internamento até ao momento da alta. Métodos – Realizou-se um estudo transversal, descritivo-correlacional, de natureza quantitativa, na qual participaram 61 doentes, internados numa unidade de AVC de um centro hospitalar português, maioritariamente do sexo masculino (65,57%) e com uma média de idades de 72,54 anos. Para a mensuração das variáveis utilizaram-se instrumentos de medida, de reconhecida fiabilidade, o Índice de Barthel aferido e validado para a população portuguesa: e Escala Rancho Los Amigos, actualmente em processo de validação para a população portuguesa. Resultados – A capacidade funcional, física e cognitiva, avaliada no momento da alta, foi superior à mensurada às 24 horas de internamento. As variáveis que revelaram ter um efeito significativo sobre a evolução favorável da capacidade funcional foram: o sexo, idade, tipo e localização do AVC, tempo de internamento, presença de factores de risco e realização de programa de reabilitação. Genericamente, apresentam uma melhor capacidade funcional os doentes com idades compreendidas entre os 46 e 62 anos, vítimas de AVC do tipo isquémico, com uma localização no hemisfério esquerdo, com um tempo de internamento inferior a sete dias. O programa de reabilitação evidenciou apenas um efeito significativo sobre a evolução da capacidade funcional física. Conclusões – As evidências encontradas neste estudo convidam-nos, no seu todo, para a constante reflexão e continuada implementação, integrada e complementar, de estratégias preventivas que possibilitem a minimização dos riscos de ocorrência de AVC. Por outro lado, e numa perspectiva de diminuir o impacto desta doença nas suas mais diversas dimensões, infere-se que os programas de reabilitação possam e devam focar-se não apenas na recuperação da funcionalidade física, mas também noutros domínios, onde se destaca a reabilitação cognitiva como foco particular de atenção. PALAVRAS CHAVE Acidente Vascular Cerebral, Capacidade Funcional, Saúde, Enfermagem, Reabilitação.
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