Condicionantes sociais na saúde mental de refugiados e requerentes de asilo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/102384 |
Resumo: | Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina |
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Condicionantes sociais na saúde mental de refugiados e requerentes de asiloSocial determinants on refugee and asylum seekers' mental healthrefugiadosrequerentes de asilosaúde mentalestigmacondicionantes sociaisrefugeesasylum seekersmental healthstigmasocial determinantsTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaExiste atualmente um elevado número de refugiados e requerentes de asilo. A literatura existente até à data revela uma elevada prevalência de psicopatologia nestas populações. Apesar das experiências traumáticas vividas por estes indivíduos no país de onde são originários, estas não são suficientes para explicar, por si só, a elevada carga de doença mental, sugerindo um papel importante dos condicionantes do contexto pós-migratório no desenvolvimento da psicopatologia. O objetivo desta revisão é fazer uma análise atual da saúde mental de refugiados e requerentes de asilo e do impacto que os condicionantes sociais no contexto do país de acolhimento têm no desenvolvimento de doença mental, bem com a forma como estes se relacionam entre si, de forma a compreender quais poderão ser abordáveis e funcionar como alvo na prevenção e tratamento de psicopatologia. A pesquisa para este trabalho foi feita nas bases de dados MEDLINE e NCBI, da plataforma Pubmed, e Science Direct e na base de dados Index. Foi restrita a artigos de revisão sistemática e metanálises publicados nos últimos 5 anos. Foram ainda incluídos alguns artigos e livros selecionados relacionados com o tema. O fraco domínio da língua do país de acolhimento, o isolamento social, a falta de apoio familiar, recursos financeiros escassos, dificuldade no acesso aos cuidados de saúde mental, dificuldade no processo de aculturação e de adaptação a uma nova cultura, processos de obtenção de estatuto de refugiado e de residência prolongados e complexos, condições precárias de habitação em instalações de emergência, campos de refugiados, centros de detenção e instalações partilhadas, discriminação e origem em países menos desenvolvidos associaram-se a maior prevalência de psicopatologia. O emprego e níveis superiores de educação são maioritariamente fatores protetores de sintomas psicopatológicos, porém condições de empregabilidade precárias aumentam o risco de doença mental, bem como uma maior perda de estatuto socioeconómico. O tempo de permanência no país de acolhimento apresentou resultados heterogéneos no impacto na saúde mental de refugiados e requerentes de asilo. A prevalência de psicopatologia em populações de refugiados e requerentes de asilo é superior em comparação a populações não deslocadas do país de origem e em comparação com outras populações de migrantes. Condicionantes sociais do contexto pós-migratório associam-se a maior prevalência de psicopatologia. Estes estabelecem relações entre si e com as experiências traumáticas pré-migratórias, potenciando o seu impacto na saúde mental de refugiados e requerentes de asilo.There are currently a great number of refugees and asylum seekers. The existing literature to date reveals a high prevalence of psychopathology in these populations. Despite the traumatic experiences lived by these individuals in the country where they come from, these alone are not enough to explain the high burden of mental illness, suggesting an important role of the post-migratory context in the development of psychopathology. The aim of this review is to make a current analysis of the mental health of refugees and asylum seekers and the impact that adverse social factors in the host country have on the development of mental illness, as well as the way they relate to each other, to understand which ones can be approached and function as a target in the prevention and treatment of psychopathology. Research for this work was carried out in the MEDLINE and NCBI databases, from the Pubmed platform, and Science Direct and in the Index database. It was restricted to systematic review articles and meta-analyses published in the last 5 years. Some selected articles and books related to this subject were also included. Poor domain of the host country's language, social isolation, lack of family support, scarce financial resources, difficulty in accessing mental health care, difficulty in the process of acculturation and adaptation to a new culture, prolonged and complex processes of obtaining refugee status and residency authorization, poor housing conditions in emergency facilities, refugee camps, detention centers and shared facilities, discrimination and origin in less developed countries were associated with a higher prevalence of psychopathology. Employment and higher levels of education are mainly protective factors for psychopathological symptoms, but poor employment conditions increase the risk of mental illness, as well as a greater loss of socioeconomic status. The length of stay in the host country showed heterogeneous results on the mental health of refugees and asylum seekers. The prevalence of psychopathology in refugee and asylum seeker populations is higher compared to not displaced populations and other migrant populations. Social determinants of the post-migratory context are associated with a higher prevalence of psychopathology. These establish relationships with each other and with pre-migratory traumatic experiences, enhancing their impact on the mental health of refugees and asylum seekers.2022-05-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/102384http://hdl.handle.net/10316/102384TID:203065832porSilva, Daniela Alexandra Pinto Marinheiro dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-30T20:52:15Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/102384Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:19:23.476433Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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