A relação entre a atividade física e a sintomatologia depressiva em idosos com limitações físicas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.5/25281 |
Resumo: | Objetivo: O presente estudo transversal analisou a influência da prática de atividade física (AF) com intensidades moderada e vigorosa nos sintomas de depressão, em pessoas com limitações físicas utilizando dados de 2015. Metodologia: Participaram no estudo 63614 pessoas de 17 países europeus e de Israel. Os dados foram recolhidos na onda 6, do Survey of Health, Ageing and Retirement in Europe (SHARE). Para as análises foram considerados os participantes que responderam à escala EURO-D de 12 itens de sintomas de depressão, limitações físicas e com relato de AF. A ANOVA foi utilizada para analisar as relações entre AF moderada (AFM) e vigorosa (AFV) e o escore de depressão, considerando as limitações. Para verificar a influência da intensidade de frequência da atividade física no escore da depressão e o número de limitações físicas, foram utilizados modelos de regressão linear. Todas as análises foram feitas com o SPSS 25. O nível de significância foi estabelecido em p<0,05. Resultados: Foi possível constatar que a intensidade da atividade física está negativamente relacionada com os escores de depressão em pessoas com limitações. Praticar AF moderada ou vigorosa influenciou na perceção de um menor escore de depressão. Para ambos os gêneros, atividade física moderada e vigorosa foram negativamente associadas com o escore de depressão. Para homens praticar atividade física moderada 1 dia/semana (β= -0.548, 95% CI: 0.655, -0.462, p<0,001) e mais de 1 dia/semana (β=-0.853, 95% CI: -0.919, -0.786, p<0.001) estava negativamente associadas com o escore de depressão. Para atividade física vigorosa, resultados similares foram observados (1 dia/semana – β= -0,47, 95% CI:-0.550, -0.393, p<0,001; Mais de 1 dia/semana – β= 0.546, 95% CI: -0.605, -0.488, p<0,001). Para mulheres, praticar atividade física moderada 1 dia/semana (β= -0.642, 95% CI:-0.729, -0.556, p<0,001) e mais de 1 dia/semana (β=-0.983, 95% CI: -1.050, -0.916, p<0,001) foi também associado com o escore de depressão mais baixo. Encontramos resultados similares também para atividade física vigorosa realizadas 1 dia/semana (β=-0.385, 95% CI:-0.459, -0.310, p<0,001) e mais de 1 dia/semana (β=-0.523, 95% CI:-0.582, -0.465, p<0.001). Nas interações entre os “número de limitações” e o escore de depressão, a AFM e AFV moderam a relação e diminuem o escores de depressão, o que significa que a AF tem o potencial de atenuar o escore da depressão em pessoas com limitações. Conclusão: O presente estudo reforçou a ideia de que aqueles menos ativos fisicamente têm maior probabilidade de apresentar um maior escore de depressão, acrescentando à premissa que praticar AF moderada ou vigorosa mais de uma vez por semana está inversamente associado à probabilidade de sintomas depressivos em pessoas com limitações. Além disso, foi possível também concluir que o número de limitações físicas pode aumentar o escore de depressão. |
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A relação entre a atividade física e a sintomatologia depressiva em idosos com limitações físicasDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Outras Ciências MédicasObjetivo: O presente estudo transversal analisou a influência da prática de atividade física (AF) com intensidades moderada e vigorosa nos sintomas de depressão, em pessoas com limitações físicas utilizando dados de 2015. Metodologia: Participaram no estudo 63614 pessoas de 17 países europeus e de Israel. Os dados foram recolhidos na onda 6, do Survey of Health, Ageing and Retirement in Europe (SHARE). Para as análises foram considerados os participantes que responderam à escala EURO-D de 12 itens de sintomas de depressão, limitações físicas e com relato de AF. A ANOVA foi utilizada para analisar as relações entre AF moderada (AFM) e vigorosa (AFV) e o escore de depressão, considerando as limitações. Para verificar a influência da intensidade de frequência da atividade física no escore da depressão e o número de limitações físicas, foram utilizados modelos de regressão linear. Todas as análises foram feitas com o SPSS 25. O nível de significância foi estabelecido em p<0,05. Resultados: Foi possível constatar que a intensidade da atividade física está negativamente relacionada com os escores de depressão em pessoas com limitações. Praticar AF moderada ou vigorosa influenciou na perceção de um menor escore de depressão. Para ambos os gêneros, atividade física moderada e vigorosa foram negativamente associadas com o escore de depressão. Para homens praticar atividade física moderada 1 dia/semana (β= -0.548, 95% CI: 0.655, -0.462, p<0,001) e mais de 1 dia/semana (β=-0.853, 95% CI: -0.919, -0.786, p<0.001) estava negativamente associadas com o escore de depressão. Para atividade física vigorosa, resultados similares foram observados (1 dia/semana – β= -0,47, 95% CI:-0.550, -0.393, p<0,001; Mais de 1 dia/semana – β= 0.546, 95% CI: -0.605, -0.488, p<0,001). Para mulheres, praticar atividade física moderada 1 dia/semana (β= -0.642, 95% CI:-0.729, -0.556, p<0,001) e mais de 1 dia/semana (β=-0.983, 95% CI: -1.050, -0.916, p<0,001) foi também associado com o escore de depressão mais baixo. Encontramos resultados similares também para atividade física vigorosa realizadas 1 dia/semana (β=-0.385, 95% CI:-0.459, -0.310, p<0,001) e mais de 1 dia/semana (β=-0.523, 95% CI:-0.582, -0.465, p<0.001). Nas interações entre os “número de limitações” e o escore de depressão, a AFM e AFV moderam a relação e diminuem o escores de depressão, o que significa que a AF tem o potencial de atenuar o escore da depressão em pessoas com limitações. Conclusão: O presente estudo reforçou a ideia de que aqueles menos ativos fisicamente têm maior probabilidade de apresentar um maior escore de depressão, acrescentando à premissa que praticar AF moderada ou vigorosa mais de uma vez por semana está inversamente associado à probabilidade de sintomas depressivos em pessoas com limitações. Além disso, foi possível também concluir que o número de limitações físicas pode aumentar o escore de depressão.Objective: This cross-sectional study analyzed the influence of physical activity (PA) at moderate and vigorous intensities on depression symptoms in people with physical limitations using 2015 data. Methodology: The study included 63,614 people from 17 European countries and Israel. Data were collected in wave 6 of the Survey of Health, Ageing and Retirement in Europe (SHARE). For the analyses, participants who responded to the EURO-D 12-item scale of symptoms of depression, physical limitations and with PA reported were considered. ANOVA was used to analyze the relationships between moderate and vigorous PA and the depression score, considering the limitations. To verify the influence of the intensity of frequency of physical activity on the depression score and the number of physical limitations, linear regression models were used. All analyzes were performed using SPSS 25. The level of significance was set at p<0.05. This cross-sectional study analyzed the influence of physical activity (PA) at moderate and vigorous intensities on depression symptoms in people with physical limitations using 2015 data. Results: It was found that the intensity of physical activity is negatively related to depression scores in people with limitations. Practicing moderate or vigorous PA influenced the perception of a lower depression score. For both genders, moderate and vigorous physical activity were negatively associated with the depression score. For men to practice moderate physical activity 1 day/week (β= -0.548, 95% CI: 0.655, -0.462, p<0.001) and more than 1 day/week (β=-0.853, 95% CI: -0.919, - 0.786, p<0.001) were negatively associated with depression score. For vigorous physical activity, similar results were observed (1 day/week - β= -0.47, 95% CI: -0.550, -0.393, p<0.001; More than 1 day/week - β= 0.546, 95% CI : -0.605, -0.488, p<0.001). For women, practice moderate physical activity 1 day/week (β= -0.642, 95% CI: -0.729, -0.556, p<0.001) and more than 1 day/week (β=-0.983, 95% CI: -1,050 , -0.916, p<0.001) was also associated with a lower depression score. We also found similar results for vigorous physical activity performed 1 day/week (β=-0.385, 95% CI: -0.459, -0.310, p<0.001) and more than 1 day/week (β=-0.523, 95% CI: -0.582, -0.465, p<0.001). In the interactions between the “number of limitations” and the depression score, AFM and PAV moderate the relationship and decrease depression scores, which means that PA has the potential to attenuate the depression score in people with limitations. Conclusion: The present study reinforced the idea that those who are less physically active are more likely to have a higher depression score, adding to the premise that practicing moderate or vigorous PA more than once a week is inversely associated with the probability of depressive symptoms in people with limitations. Furthermore, it was also possible to conclude that the number of physical limitations can increase the depression score.Marques, Adilson Passos da CostaRepositório da Universidade de LisboaSouza, Jessica Telles Ferreira de20212024-10-28T00:00:00Z2021-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.5/25281TID:203020170porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-06T14:54:51Zoai:www.repository.utl.pt:10400.5/25281Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:09:11.120704Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Objetivo: O presente estudo transversal analisou a influência da prática de atividade física (AF) com intensidades moderada e vigorosa nos sintomas de depressão, em pessoas com limitações físicas utilizando dados de 2015. Metodologia: Participaram no estudo 63614 pessoas de 17 países europeus e de Israel. Os dados foram recolhidos na onda 6, do Survey of Health, Ageing and Retirement in Europe (SHARE). Para as análises foram considerados os participantes que responderam à escala EURO-D de 12 itens de sintomas de depressão, limitações físicas e com relato de AF. A ANOVA foi utilizada para analisar as relações entre AF moderada (AFM) e vigorosa (AFV) e o escore de depressão, considerando as limitações. Para verificar a influência da intensidade de frequência da atividade física no escore da depressão e o número de limitações físicas, foram utilizados modelos de regressão linear. Todas as análises foram feitas com o SPSS 25. O nível de significância foi estabelecido em p<0,05. Resultados: Foi possível constatar que a intensidade da atividade física está negativamente relacionada com os escores de depressão em pessoas com limitações. Praticar AF moderada ou vigorosa influenciou na perceção de um menor escore de depressão. Para ambos os gêneros, atividade física moderada e vigorosa foram negativamente associadas com o escore de depressão. Para homens praticar atividade física moderada 1 dia/semana (β= -0.548, 95% CI: 0.655, -0.462, p<0,001) e mais de 1 dia/semana (β=-0.853, 95% CI: -0.919, -0.786, p<0.001) estava negativamente associadas com o escore de depressão. Para atividade física vigorosa, resultados similares foram observados (1 dia/semana – β= -0,47, 95% CI:-0.550, -0.393, p<0,001; Mais de 1 dia/semana – β= 0.546, 95% CI: -0.605, -0.488, p<0,001). Para mulheres, praticar atividade física moderada 1 dia/semana (β= -0.642, 95% CI:-0.729, -0.556, p<0,001) e mais de 1 dia/semana (β=-0.983, 95% CI: -1.050, -0.916, p<0,001) foi também associado com o escore de depressão mais baixo. Encontramos resultados similares também para atividade física vigorosa realizadas 1 dia/semana (β=-0.385, 95% CI:-0.459, -0.310, p<0,001) e mais de 1 dia/semana (β=-0.523, 95% CI:-0.582, -0.465, p<0.001). Nas interações entre os “número de limitações” e o escore de depressão, a AFM e AFV moderam a relação e diminuem o escores de depressão, o que significa que a AF tem o potencial de atenuar o escore da depressão em pessoas com limitações. Conclusão: O presente estudo reforçou a ideia de que aqueles menos ativos fisicamente têm maior probabilidade de apresentar um maior escore de depressão, acrescentando à premissa que praticar AF moderada ou vigorosa mais de uma vez por semana está inversamente associado à probabilidade de sintomas depressivos em pessoas com limitações. Além disso, foi possível também concluir que o número de limitações físicas pode aumentar o escore de depressão. |
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