As condicionantes da Eficiência Energética e a sua inter-relação no Planeamento Urbano

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pedroso, João Filipe Lino Reis
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/23398
Resumo: Vive-se, actualmente, uma época em que a dependência energética se tornou um dos factores mais influentes da evolução civilizacional. Adicionalmente, a escassez dos recursos naturais e a decorrente poluição resultante da sua exploração, fazem com que a resolução desta problemática configure no programa dos governos europeus contemporâneos. Nesta medida, os estados membros da União Europeia comprometeram-se a reduzir as emissões de gases com efeitos de estufa e a aumentar o incentivo ao uso de fontes de energias renováveis, a par com a gestão dos consumos. Para alcançar resultados, Portugal desenvolveu planos e programas que visam, fundamentalmente, princípios baseados na racionalidade económica e na sustentabilidade. É também importante que esta política se estenda à indústria da construção uma vez que este sector contribui bastante para o agravamento da sustentabilidade. Assim, considerando como premissas um planeamento bem executado, uma rentabilização das infra-estruturas e uma ocupação territorial mensurada, pode-se efectuar um planeamento urbano com o objectivo de amenizar a deterioração do ambiente, proveniente dos gastos energéticos. A eficiência energética assume um papel preponderante na poupança energética e consequente melhoria da protecção ambiental. Esta dissertação pretende perceber em que medida o planeamento urbano pode beneficiar da eficiência energética, visto que é uma preocupação que não tem sido suficientemente abordada, mas que pode representar uma importante ajuda na construção das cidades futuras. No sentido de dar um contributo no âmbito de uma política que aposte num planeamento urbano energeticamente eficiente, tentou-se estudar medidas que condicionem positivamente a eficiência energética dos edifícios inseridos em malhas urbanas diferentes. Para quantificar a redução das necessidades energéticas simulou-se o balanço energético do edifício através de ferramentas de cálculo elaboradas pelo ITeCons e LNEC. Constatou-se que mesmo sem alterar as características construtivas do edificado, o desempenho energético da habitação numa envolvente urbana e contexto diferentes melhorou consideravelmente. Foi também possível confirmar a importância da morfologia da malha urbana, orientação solar, ventilação bem como sombreamento e arborização, afirmando-se como principais condicionantes à eficiência energética infligidas pelo planeamento urbano.
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