Avaliação experimental do escoamento e da erosão num Luvissolo Háplico de Mértola: impactos da fertilização em pastagens
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.19084/rca.15479 |
Resumo: | Numa área experimental situada a meia encosta, na região de Mértola, Alentejo, com um Luvissolo Háplico (FAO, 2001) e um declive médio de 15%, procedeu-se à avaliação, de Outubro de 2001 a Junho de 2004, do escoamento de água superficial, provocado pela precipitação, e da perda de solo por erosão, em 3 ensaios designados por A (pastagem melhorada), B (pastagem semeada), ambos instalados em 1997, e D (pastagem semeada), estabelecido em 2001. A cobertura vegetal incorporava uma mistura de sementes constituída por azevém anual, panasco, algumas espécies de trevo, bisserula e serradela. Aqueles parâmetros foram quantificados através de pequenos talhões de erosão de 4?1 m2, com a maior dimensão no sentido do declive, sobrepostos em 6 talhões de cada um dos ensaios (3 modalidades e 2 repetições, para cada ensaio). As 3 modalidades consideradas nos ensaios A e B foram as seguintes: 1 - Sem fertilização; 5 - Adubação completa, corrigida anualmente; 7 -Fertilização orgânica com 8 t/ha de lama residual urbana (LRU), aplicada em 1997 + adubação complementar. O ensaio D incluiu a aplicação de 3 níveis de LRU (L0 – 0, L1 – 12 e L2 – 24 t/ha, respectivamente). Em cada caixa de erosão, procedeu-se à medição do volume de água escoado e à quantificação de sedimentos, quando a capacidade de infiltração de água no solo era excedida pela quantidade de precipitação ocorrida em um ou vários dias consecutivos. Nos ensaios A e B, os valores mais altos do coeficiente de escoamento referem-se à modalidade 1 sendo a situação mais favorável correspondente à modalidade 7 do ensaio B. No ensaio D, os valores para aquele coeficiente situaram-se entre 0,07 e 0,10, para as 3 modalidades, que são manifestamente baixos. Quanto à perda de solo, observou-se que foi a modalidade 7 dos ensaios A e B a que registou os valores mais baixos, no conjunto dos 3 anos. No ensaio D, observaram-se valores superiores aos verificados nos ensaios A e B, nos 3 anos, sendo mais elevados na modalidade sem fertilização. |
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Avaliação experimental do escoamento e da erosão num Luvissolo Háplico de Mértola: impactos da fertilização em pastagensAvaliação experimental do escoamento e da erosão num Luvissolo Háplico de Mértola: impactos da fertilização em pastagensGeralNuma área experimental situada a meia encosta, na região de Mértola, Alentejo, com um Luvissolo Háplico (FAO, 2001) e um declive médio de 15%, procedeu-se à avaliação, de Outubro de 2001 a Junho de 2004, do escoamento de água superficial, provocado pela precipitação, e da perda de solo por erosão, em 3 ensaios designados por A (pastagem melhorada), B (pastagem semeada), ambos instalados em 1997, e D (pastagem semeada), estabelecido em 2001. A cobertura vegetal incorporava uma mistura de sementes constituída por azevém anual, panasco, algumas espécies de trevo, bisserula e serradela. Aqueles parâmetros foram quantificados através de pequenos talhões de erosão de 4?1 m2, com a maior dimensão no sentido do declive, sobrepostos em 6 talhões de cada um dos ensaios (3 modalidades e 2 repetições, para cada ensaio). As 3 modalidades consideradas nos ensaios A e B foram as seguintes: 1 - Sem fertilização; 5 - Adubação completa, corrigida anualmente; 7 -Fertilização orgânica com 8 t/ha de lama residual urbana (LRU), aplicada em 1997 + adubação complementar. O ensaio D incluiu a aplicação de 3 níveis de LRU (L0 – 0, L1 – 12 e L2 – 24 t/ha, respectivamente). Em cada caixa de erosão, procedeu-se à medição do volume de água escoado e à quantificação de sedimentos, quando a capacidade de infiltração de água no solo era excedida pela quantidade de precipitação ocorrida em um ou vários dias consecutivos. Nos ensaios A e B, os valores mais altos do coeficiente de escoamento referem-se à modalidade 1 sendo a situação mais favorável correspondente à modalidade 7 do ensaio B. No ensaio D, os valores para aquele coeficiente situaram-se entre 0,07 e 0,10, para as 3 modalidades, que são manifestamente baixos. Quanto à perda de solo, observou-se que foi a modalidade 7 dos ensaios A e B a que registou os valores mais baixos, no conjunto dos 3 anos. No ensaio D, observaram-se valores superiores aos verificados nos ensaios A e B, nos 3 anos, sendo mais elevados na modalidade sem fertilização.In a experimental area located in a hillside of Mértola region, Alentejo, with an Haplic Luvisol (FAO, 2001) and a mean slope of 15%, soil loss by erosion and surface runoff after rainfall occurrence were evaluated in small erosion plots, from October 2001 until June 2004, in 3 field experiments (A, B, and D) with a sown pasture mixture under different fertilization treatments. The experiments A (improved pasture) and B (sown pasture) were established in 1997, but the experiment D (sown pasture) was only installed in 2001. The sown mixture consisted of ryegrass, cocksfoot, some clover species, bisserula, and birds foot. In both experiments A and B, the erosion plots (4 × 1 m2) were superimposed on 6 plots. These experiments had three treatments (1 - without fertilization, 5 - inorganic fertilization; 7 - organic fertilization (8 t/ha of urban sewage sludge - SS applied in 1997, plus inorganic fertilizer in the beginning of each growing period) and two replications. In D experiment, the erosion plots were also superimposed on 6 large plots with three SS application rates (L0 = 0, L1 = 12, and L2 = 24 t/ha) and two replications. In each erosion plot, the volume of discharged water was measured and the amount of sediments was estimated when the infiltration capacity was exceeded by the amount of the rainfall occurring for one or several consecutive days of rainfall. The lowest observed runoff coefficient corresponded to the SS treatment, in B experiment. The highest values of that coefficient were reached at the treatment without fertilization in both A and B experiments. In D experiment, all treatments showed low values, between 0.07 and 0.10. The lowest soil loss values in the 3 years occurred in experiments A and B for the treatment with 8 t/ha of SS. In the experiment D, the highest values of soil loss were observed at the plots with L0 treatment.Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal2018-11-12T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.19084/rca.15479por2183-041X0871-018XMartins, J. C.Pires, F. P.Oliveira, A. V.Campos, A. M.Horta, C.Serrão, M. G.Fernandes, M. L.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T09:23:41Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/15479Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:30:30.526643Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Numa área experimental situada a meia encosta, na região de Mértola, Alentejo, com um Luvissolo Háplico (FAO, 2001) e um declive médio de 15%, procedeu-se à avaliação, de Outubro de 2001 a Junho de 2004, do escoamento de água superficial, provocado pela precipitação, e da perda de solo por erosão, em 3 ensaios designados por A (pastagem melhorada), B (pastagem semeada), ambos instalados em 1997, e D (pastagem semeada), estabelecido em 2001. A cobertura vegetal incorporava uma mistura de sementes constituída por azevém anual, panasco, algumas espécies de trevo, bisserula e serradela. Aqueles parâmetros foram quantificados através de pequenos talhões de erosão de 4?1 m2, com a maior dimensão no sentido do declive, sobrepostos em 6 talhões de cada um dos ensaios (3 modalidades e 2 repetições, para cada ensaio). As 3 modalidades consideradas nos ensaios A e B foram as seguintes: 1 - Sem fertilização; 5 - Adubação completa, corrigida anualmente; 7 -Fertilização orgânica com 8 t/ha de lama residual urbana (LRU), aplicada em 1997 + adubação complementar. O ensaio D incluiu a aplicação de 3 níveis de LRU (L0 – 0, L1 – 12 e L2 – 24 t/ha, respectivamente). Em cada caixa de erosão, procedeu-se à medição do volume de água escoado e à quantificação de sedimentos, quando a capacidade de infiltração de água no solo era excedida pela quantidade de precipitação ocorrida em um ou vários dias consecutivos. Nos ensaios A e B, os valores mais altos do coeficiente de escoamento referem-se à modalidade 1 sendo a situação mais favorável correspondente à modalidade 7 do ensaio B. No ensaio D, os valores para aquele coeficiente situaram-se entre 0,07 e 0,10, para as 3 modalidades, que são manifestamente baixos. Quanto à perda de solo, observou-se que foi a modalidade 7 dos ensaios A e B a que registou os valores mais baixos, no conjunto dos 3 anos. No ensaio D, observaram-se valores superiores aos verificados nos ensaios A e B, nos 3 anos, sendo mais elevados na modalidade sem fertilização. |
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