Arquitetura e emergência. Sines: residências artísticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Tiago Nuno de Melo Baião Sá
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/13612
Resumo: As catástrofes naturais, as guerras e as crises estacionárias, com populações inteiras em situações crónicas de pobreza extrema, são alguns dos principais indicadores que denunciam o actual estado de sítio que se instalou nas várias frentes da sociedade contemporânea. A problemática actual em torno da Arquitectura de Emergência resulta fundamentalmente da coincidência de duas crises distintas, por um lado a da sociedade, marcada pelas catástrofes humanitárias que colocam em risco o equilíbrio de um frágil ecossistema social e por outro a da arquitectura, enquanto profissão, tanto do ponto de vista da sua identidade ideológica como do ponto de vista do seu mercado de trabalho. É necessário, em primeiro lugar, aferir a legitimidade e os termos da acção do arquitecto nesta prática humanitária de forma a assegurar a eficiência da mesma e em segundo lugar, caso se confirme a primeira hipótese, a necessidade de implementar sistemas que permitam fazer desta uma opção profissional sustentável para ateliers de várias escalas. Com vista ao entendimento mais profundo desta matéria, o presente trabalho inicia-se com uma leitura crítica da relação da arquitectura com a sociedade num passado recente. A este inicio, segue-se um segundo capítulo de enquadramento teórico, que visa a definição de um tema que frequentemente se diluiu entre outras práticas de cariz social, fazendo para isso a decomposição da sua sequência de intervenção e esclarecendo qual o contributo do arquitecto nesta temática. O terceiro capítulo faz enquadramento histórico das práticas de emergência ao longo do século XX bem como do seu estado actual. No quarto capítulo, o tema é consubstanciado por uma panorâmica global das diferentes crises humanitárias. No quinto capítulo, é feita uma análise tripartida às principais áreas de desenvolvimento destas práticas, abordando nomeadamente a prática do voluntariado, o papel das universidades e por último, a prática corrente dos ateliers. O sexto capítulo foca-se na relação entre as diferentes partes do sistema através da análise da sua rede de conhecimento. Por último, o sétimo capítulo procura aferir, numa abordagem mais práctica, a sustentabilidade financeira do desafio. Em anexo, é também inserida uma entrevista que procura estabelecer uma relação mais próxima ao objecto de estudo, interpelando, no panorama portugês, alguns dos actores desta nova agenda. A separação entre cada um dos capítulos e as imagens correspondentes, pretende romper com semiótica tradicional deste meio associada a símbolos de crise e recuperação explícitos, tentando com isso valorizar a análise objectiva das ideias base implícitas neste trabalho. Mais do que explorar as metodologias específicas das práticas arquitectónicas de emergência, o presente ensaio procura fazer uma leitura mais abrangente à sua engrenagem sistémica, considerando racionalmente a eficiência do sistema como um todo.
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É necessário, em primeiro lugar, aferir a legitimidade e os termos da acção do arquitecto nesta prática humanitária de forma a assegurar a eficiência da mesma e em segundo lugar, caso se confirme a primeira hipótese, a necessidade de implementar sistemas que permitam fazer desta uma opção profissional sustentável para ateliers de várias escalas. Com vista ao entendimento mais profundo desta matéria, o presente trabalho inicia-se com uma leitura crítica da relação da arquitectura com a sociedade num passado recente. A este inicio, segue-se um segundo capítulo de enquadramento teórico, que visa a definição de um tema que frequentemente se diluiu entre outras práticas de cariz social, fazendo para isso a decomposição da sua sequência de intervenção e esclarecendo qual o contributo do arquitecto nesta temática. O terceiro capítulo faz enquadramento histórico das práticas de emergência ao longo do século XX bem como do seu estado actual. No quarto capítulo, o tema é consubstanciado por uma panorâmica global das diferentes crises humanitárias. No quinto capítulo, é feita uma análise tripartida às principais áreas de desenvolvimento destas práticas, abordando nomeadamente a prática do voluntariado, o papel das universidades e por último, a prática corrente dos ateliers. O sexto capítulo foca-se na relação entre as diferentes partes do sistema através da análise da sua rede de conhecimento. Por último, o sétimo capítulo procura aferir, numa abordagem mais práctica, a sustentabilidade financeira do desafio. Em anexo, é também inserida uma entrevista que procura estabelecer uma relação mais próxima ao objecto de estudo, interpelando, no panorama portugês, alguns dos actores desta nova agenda. A separação entre cada um dos capítulos e as imagens correspondentes, pretende romper com semiótica tradicional deste meio associada a símbolos de crise e recuperação explícitos, tentando com isso valorizar a análise objectiva das ideias base implícitas neste trabalho. Mais do que explorar as metodologias específicas das práticas arquitectónicas de emergência, o presente ensaio procura fazer uma leitura mais abrangente à sua engrenagem sistémica, considerando racionalmente a eficiência do sistema como um todo.Natural disasters, wars and stationary crisis, with entire populations in chronical situations of extreme poverty, are some of the main indicators of the chaotic condition present in many fronts of the contemporary society. Today’s problematic over Emergency Architecture is fundamentally driven by the coincidence of two distinct crises, on one side the society crisis, determined by the humanitarian catastrophes that pose a high risk to our fragile social ecosystem and on the other side, a profession crisis, concerning both its ideological identity as well as is marketplace. It is necessary, primarily, to assess the legitimacy of the architect’s action terms in this humanitarian practice in order to ensure its efficiency and secondly the need for implementing systems that enable to make this area as a professional and sustainable option for the studios in their many scales. In order to deeply understand this matter, the current work begins with a critical reading of the relationship between architecture and society in the last few years. This beginning, is followed by the second chapter with the theoretical framework, that aims to the define a topic that frequently dissolves itself amongst other social practices, through the decomposition of its intervention sequence making clear the role of the architect in this topic. The third chapter makes the historical framework of the emergency practices along the 20th century as well of its actual state. In the fourth chapter, the topic is substantiated with a global panoramic of the different humanitarian crisis. The fifth chapter is dedicated to a tripartite analysis of the main development areas of this practices, particularly addressing the voluntary practices, university’s role and at last, the general practice of the studios. The sixth chapter focus on the relationship between the different parts of the system through the analysis of its network. At last, the seventh chapter aims to assess, in a more practical approach, the financial sustainability of the challenge. The appendix also contains an interview that establishes a closer relationship with the object study, approaching, in the portuguese scenario, some of the live actors of this new agenda. The separation between each chapter and their correspondent images, intends to break with the traditional semiotics of this media associated with crisis and recovery symbols, trying so to value the objective analysis of the ideas implicit in this work. More than explore the specific methods of the emergency practices, this essay tries to make a wider approach of its systemic engine, considering the system has a whole.2017-05-29T13:43:16Z2016-11-21T00:00:00Z2016-11-212016-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/13612TID:201551543porGomes, Tiago Nuno de Melo Baião Sáinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T18:01:13Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/13612Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:32:42.644482Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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