A relação da incivilidade e da carga de trabalho com a sindrome de burnout nos profissionais de saúde durante a pandemia de covid-19

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Daniel Abreu
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/6392
Resumo: No tempo da pandemia COVID-19 os profissionais de saúde têm sido sujeitos a elevadas exigências no seu trabalho que desafiam o seu bem-estar físico e psicológico. Face a esta situação, torna-se essencial conhecer melhor as condições que influenciam a emergência do burnout nos profissionais de saúde, que já antes da crise pandémica constituía um grupo de risco desta desordem psicológica. Devido à escassez de estudos que relacionam, especificamente, as variáveis cargas de trabalho, incivilidade e burnout, propusemos analisar o efeito mediador das três subescalas de incivilidade (superiores, colegas e instigada) na relação entre a carga de trabalho e as três dimensões de burnout (pessoal, trabalho e utente). Os dados foram recolhidos através de um questionário online desenvolvido para o efeito, numa amostra do tipo bola de neve que compreende 180 profissionais de saúde. O questionário incluiu como instrumentos de medição a subescala da carga de trabalho do Areas of Worklife Scale (AWS; Leiter & Maslach, 2011), o Copenhagen Burnout Inventory (CBI; Fontes, 2011) para medir as três dimensões do burnout e a versão portuguesa da escala Straightforward Incivility Scale (SIS; Leiter & Day, 2013), a Escala Simples de Incivilidade no Trabalho (ESIT; Nitzsche, 2015), para medir as três subescalas de incivilidade. Os dados recolhidos foram processados no programa estatístico IBM SPSS Statistics v. 26, recorrendo a análises descritivas e ao modelo de mediação simples testado através do modelo 4 do PROCESS (v. 3.4 para SPSS). Os resultados revelaram um efeito direto positivo da carga de trabalho nas três dimensões de burnout e a incivilidade de colegas e a incivilidade instigada exerceram um efeito mediador nesta relação. No entanto, não se observou o mesmo efeito mediador da incivilidade de superiores. O presente estudo pode constituir um contributo importante para alertar os administradores das instituições de saúde para o efeito problemático da incivilidade e contribuir para o desenho de intervenções cujo objetivo seja moderar, ou mesmo prevenir, o burnout nos profissionais de saúde.
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