Caracterização dos procedimentos de comando e liderança na resolução de incidentes tático-policiais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Inácio, Miguel Pedro de Sousa Ferreira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/12036
Resumo: O presente estudo pretende caracterizar os procedimentos de comando e liderança em incidentes tático-policiais adotados pelos Comandantes dos Comandos Territoriais da GNR, na medida em que, estes são um elemento fundamental no decorrer de situações como as referidas. Este estudo está dividido em duas partes fundamentais. Na primeira faz-se o enquadramento teórico que é a temática de comando e liderança e de incidentes tático-policiais. Na segunda parte deste estudo foi realizado um inquérito com perguntas que implicavam resposta aberta e resposta fechada. Nesta investigação foi utilizado o método estatístico qualitativo e quantitativo. Este inquérito visa perceber quais os procedimentos de comando e as competências de liderança associadas às diferentes fases de um incidente tático-policial. Este inquérito foi aplicado a uma amostra de 18 Comandantes de Comandos Territoriais da GNR. Dos resultados obtidos há a destacar que na primeira fase (“notícia da ocorrência”) todos os inquiridos consideraram a “classificação do incidente tático-policial” um procedimento de comando indispensável. As competências de liderança que mais se destacam nesta fase são a “aptidão técnica e profissional” e “avaliação organizacional”. Na segunda fase (“contenção inicial”), o procedimento de comando que mais se evidencia é o de “monitorizar o meio/operações”. Quanto à competência de liderança que sobressai é a “autoconfiança”. Na fase seguinte, a terceira que é a “ativação dos meios”, a ação que os comandantes mais importância deram foi “ativar os meios”. Do mesmo modo, “consideração”, “coesão e trabalho em equipa” e “lealdade” foram tidas como imprescindíveis nesta fase. No decorrer da quarta fase (“consolidação da contenção”) é fulcral, segundo a perceção dos inquiridos, “instalar o posto de comando do incidente”. Assim, é evidenciado nesta fase a “comunicação”, “tomada de decisão”, “aptidão técnica e profissional”, “comando e direção” e “lealdade” como competências fundamentais. A fase da “resolução do incidente” que constituiu a fase 5 de um incidente tático-policial é a fase que requer maior capacidade de comando (foram identificados sete procedimentos de CARACTERIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE COMANDO E LIDERANÇA NA RESOLUÇÃO DE INCIDENTES TÁTICO-POLICIAIS vi comando) e que associa maior número de competências de liderança (identificadas 27 das 28 competências apresentadas). Com o presente estudo, conclui-se que, num incidente tático-policial a liderança é um reforço da ação de comando do comandante gestor do incidente. É fundamental perceber que a liderança é um processo contínuo e não uma ação isolada. Esta investigação faculta evidência empírica adicional ao exercício de comando e liderança durante um incidente tático-policial, constituindo-se como ferramenta de cabal importância para os Comandantes dos Comandos Territoriais da GNR e numa maior abrangência para toda a instituição GNR.
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Este inquérito visa perceber quais os procedimentos de comando e as competências de liderança associadas às diferentes fases de um incidente tático-policial. Este inquérito foi aplicado a uma amostra de 18 Comandantes de Comandos Territoriais da GNR. Dos resultados obtidos há a destacar que na primeira fase (“notícia da ocorrência”) todos os inquiridos consideraram a “classificação do incidente tático-policial” um procedimento de comando indispensável. As competências de liderança que mais se destacam nesta fase são a “aptidão técnica e profissional” e “avaliação organizacional”. Na segunda fase (“contenção inicial”), o procedimento de comando que mais se evidencia é o de “monitorizar o meio/operações”. Quanto à competência de liderança que sobressai é a “autoconfiança”. Na fase seguinte, a terceira que é a “ativação dos meios”, a ação que os comandantes mais importância deram foi “ativar os meios”. Do mesmo modo, “consideração”, “coesão e trabalho em equipa” e “lealdade” foram tidas como imprescindíveis nesta fase. No decorrer da quarta fase (“consolidação da contenção”) é fulcral, segundo a perceção dos inquiridos, “instalar o posto de comando do incidente”. Assim, é evidenciado nesta fase a “comunicação”, “tomada de decisão”, “aptidão técnica e profissional”, “comando e direção” e “lealdade” como competências fundamentais. A fase da “resolução do incidente” que constituiu a fase 5 de um incidente tático-policial é a fase que requer maior capacidade de comando (foram identificados sete procedimentos de CARACTERIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE COMANDO E LIDERANÇA NA RESOLUÇÃO DE INCIDENTES TÁTICO-POLICIAIS vi comando) e que associa maior número de competências de liderança (identificadas 27 das 28 competências apresentadas). Com o presente estudo, conclui-se que, num incidente tático-policial a liderança é um reforço da ação de comando do comandante gestor do incidente. É fundamental perceber que a liderança é um processo contínuo e não uma ação isolada. Esta investigação faculta evidência empírica adicional ao exercício de comando e liderança durante um incidente tático-policial, constituindo-se como ferramenta de cabal importância para os Comandantes dos Comandos Territoriais da GNR e numa maior abrangência para toda a instituição GNR.This study intends to characterize the command and leadership procedures in tactical incidents - which are perceived by the commanders of the Comandos Territoriais of the GNR – as they constitute a fundamental aspect of the previously mentioned scenario. This study is divided in two fundamental parts. In the first, it is developed the theoretical framework, in which it was considered the command and leadership topic and the tactical incidents. In the second, it was made an inquiry with questions which required either open or closed answers. In this investigation it was used the qualitative and quantitative statistical method. This inquiry aims to understand what are the command procedures and leadership competences/skills linked with the different stages of a tactical incident. This inquiry was applied to a sample of 18 commanders of the Comandos Territoriais of the GNR. From the obtained results, it is important to highlight that, for the first stage, all the respondents considered “classification of the tactical incident” an essential command procedure. The leadership skills that stand out in this stage are the “technical and professional capability” and “organizational evaluation”. In the second stage, the command procedure that stands out is “monitor the environment/operations”. The leadership skill is “self-confidence”. In the next stage, the third one, “activating the means” was the action that commanders considered to be the most important. Likewise, “consideration”, “cohesion and teamwork” and “loyalty” were taken as essential in this stage. According to the respondents’ perception, during the fourth stage it is fundamental to “install the incident command station”. Thus, “communication”, “decision taking”, “technical and professional capability”, “command and direction” and “loyalty” are evidenced as core/fundamental skills/competences. The “incident resolution”, which is the stage 5 of a tactical incident, is the one which requires the biggest command capability (there were identified seven command procedures) and is the one that gathers/combines a larger number of leadership skills (there were identified 27 out of the 28 presented skills). With this study the conclusion is that, in a tactical incident, leadership is a reinforcement of the command action of the manager commander of the incident. It is crucial to understand that leadership is a continuous process and not an isolated action. This investigation provides additional empirical evidence of the command and leadership exercise during a tactical incident, becoming an important tool for the commanders of the Comandos Terrioriais of the GNR and, in a broader scope, for the GNR institution as a whole.Academia MilitarRepositório ComumInácio, Miguel Pedro de Sousa Ferreira2016-03-11T01:30:12Z2015-07-01T00:00:00Z2015-07-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/12036201409038porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-21T08:55:44Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/12036Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:54:22.435118Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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