A Inteligência Emocional e o Exercício de Comando - O contexto dos destacamentos do Comando Territorial de Lisboa da Guarda Nacional Republicana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/8526 |
Resumo: | O interesse pela inteligência emocional floresceu ao longo dos últimos anos em múltiplos setores sociais e organizacionais, extravasando inclusive para as funções de comando de forças policiais. Contudo, a sua aplicabilidade na liderança é aquela que mais controvérsia tem gerado no meio académico. Tendo em consideração a escassez de pesquisas empíricas, relacionando a inteligência emocional e a eficácia da liderança, o presente estudo desafia estas suposições, identificando as potencialidades e vulnerabilidades do constructo da inteligência emocional no exercício de comando. São utilizados para tal, inquéritos por questionário como instrumentos de medida de auto e heteroavaliação dos Comandantes, nos domínios da inteligência emocional, liderança e dos fatores critério: desempenho, satisfação e esforço extraordinário. Os dados recolhidos reportam-se a 250 militares da GNR do Comando Territorial de Lisboa, 10 dos quais, exercendo funções de Comandantes de Destacamento. Os resultados indicam que a inteligência emocional potencia a obtenção de desempenhos superiores na liderança, constituindo-se a “avaliação das emoções dos outros” e a “utilização das emoções” por parte do Comandante como as dimensões que conferem maior poder de explicação de liderança. Contudo, verificamos que quando estudamos as dimensões de ambos os constructos agrupadas, a única dimensão da inteligência emocional que se revela significativa da satisfação e esforço extraordinário é a “avaliação das emoções dos outros”. Como vulnerabilidades, verifica-se que a diferença de perceção que os Comandantes têm acerca da sua inteligência emocional, comparativamente aos seus militares, influencia negativamente o seu exercício de comando. Esta investigação faculta evidência empírica adicional para a aplicação da inteligência emocional no exercício de comando na GNR, constituindo-se como uma ferramenta importante, no apoio à organização e direção, da formação dos seus Comandantes no sentido correto. |
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