Termolaminados de alto brilho com superfície não uniforme

• Autor(a) principal: Araújo, Joana Campos
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/25538
• topic: HPL; Decorativos; Defeitos superficiais; Controlo de qualidade

Os termolaminados de alta pressão têm a sua origem no início do século XX, e consistem numa sobreposição de folhas de papel impregnado, que ao serem prensadas a pressão e temperatura elevada, aderem entre si formando estruturas resistentes e com uma vasta gama de aplicações. Estas características fazem dos HPL produtos de valor acrescentado, com um grande potencial económico. A identificação de defeitos superficiais nestes materiais por parte do consumidor pode levar a uma desvalorização do seu valor comercial. De forma a combater este impacto comercial a SIR- SONAE Indústria de Revestimentos, decidiu iniciar o estudo e caracterização destes defeitos superficiais, assim como das suas potenciais causas. Neste sentido foram identificados três tipos de defeitos superficiais: em superfícies claras, a presença de manchas amareladas; em superfícies escuras de alto brilho, a presença de manchas irregulares ou a existência de listas verticais de tonalidade diferente. Os defeitos identificados foram sujeitos análise das amostras, expondo-as a diferentes técnicas, como Espectroscopia de reflectância de Ultravioleta - Visível, FTIR-ATR, Raman, AFM, Pirólise GC/MS, e estudo dos ângulos de contacto pelo método da gota séssil. Com os resultados obtidos concluiu-se que o aparecimento de manchas amareladas, é causado pela migração de compostos fenólicos resultantes de uma impregnação ineficiente de resina melamínica no papel decorativo, não tendo sido, no entanto, possível a identificação total da espécie migratória. No caso das superfícies que apresentavam manchas irregulares concluiu-se, que o aparecimento do defeito não reside na existência de uma espécie externa, mas sim na má adequação da temperatura de ciclo. Por fim nas superfícies listadas verificou-se mais uma vez a ausência de espécies extrínsecas à superfície do laminado, sendo a presença destas listas causadas pela heterogeneidade do processo de impregnação do papel decorativo.