Os 100 primeiros dias do XXI Governo Constitucional através da imprensa generalista: quando as finanças travam uma mudança de ciclo político

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Felisbela
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Santo, Paula Espírito
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.5/28984
Resumo: Os 100 primeiros dias de um Governo correspondem a um tempo vital na construção de uma marca. Neste contexto, os media assumem-se como guias de referência de uma opinião pública que vai sendo estruturada em grande parte por influência daquilo que os jornalistas escrevem. Para saber como é que a imprensa generalista mediatizou este período no que diz respeito ao XXI Governo Constitucional, analisamos todos os textos noticiosos dos jornais generalistas que elegeram a ação dos governantes como frame principal. Este conjunto de textos noticiosos totalizou um corpus de 961 artigos jornalísticos e 2165 citações de fontes de informação. Dessa análise sobressai uma cobertura noticiosa intensa (publicam-se em média 2,4 textos por dia), desenvolvida em textos de tamanho médio ou extenso, declinada maioritariamente pelo ângulo positivo, feita em forma de notícia, refletindo mais de metade dos textos acontecimentos previamente agendados pelos atores políticos. Apesar do esforço deste Governo em proclamar um novo ciclo político afastado do tópico da austeridade que havia dominado o discurso político dos anos precedentes, os jornalistas privilegiaram a tematização financeira e, quando o fizeram, criaram uma cobertura jornalística distinta daquela que se constituiu como padrão da actividade governativa dos restantes ministérios. Ano e meio depois do fim oficial do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal, a imprensa portuguesa continuou a encontrar nas finanças um tópico persistente. Tal aconteceu, porque o calendário político a isso o obrigou mas porque também os jornalistas não quiseram fazer desvios de rota.
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