Consultas médicas por telefone e e-mail: gestão da informação nas unidades de saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Nuno Miguel Venceslau Correia dos
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/3075
Resumo: A ineficiência conduz à iniquidade e aumento dos custos (Campos 2007). Estas exigências de eficácia são agravadas pelo aumento das listas de espera para consultas em Portugal, sistemas informáticos pouco desenvolvidos no campo da saúde e extensa burocracia para obter consulta médica (Campos, Saturno & Carneiro, 2010; Furtado & Pereira, 2010). Torna-se, portanto, cada vez mais necessária a adaptação das unidades de saúde às tecnologias da comunicação. O objectivo principal deste trabalho foi avaliar as atitudes da população portuguesa relativamente à obtenção do número e endereço de correio electrónico do médico. Adicionalmente, compararam-se as atitudes face ao e-mail e ao telefone, bem como a influência das variáveis sociodemográficas nestas atitudes. Foi aplicado um questionário online traduzido e adaptado de Peleg e Nazarenko (2012). Este questionário foi difundido através de correio electrónico e das redes sociais Facebook® e Linkedin®. Esta difusão foi realizada pela plataforma encuestafacil. Assim a população alvo consistiu em cibernautas cujo único requisito para responderem ao questionário era terem 18 ou mais anos, no total responderam 222 pessoas. Os dados foram tratados através do SPSS® realçando os itens mais cotados em relação às atitudes e procurando possíveis correlações entre variáveis demográficas e atitudes para com a consulta médica por telefone e e-mail. Os resultados evidenciam atitudes mais positivas face ao telefone, ainda que também se evidenciem alguns aspetos em que o acesso ao e-mail é percepcionado de forma mais positiva que ao telefone. O acesso ao telefone aumenta a sensação de segurança (mesmo que não o utilizem) e é visto como eficaz na resolução dos problemas. Contudo, consideram que o telefone pode interferir com a privacidade do médico, podendo ainda elevar a possibilidade de um erro de comunicação ou mal-entendido. As maiores vantagens do e-mail referidas pelos inquiridos foram o facto de não interromper o trabalho do médico, a possibilidade de diminuir o número de consultas e que aumentaria a sensação de segurança dos utentes, os inconvenientes do e-mail são semelhantes aos do telefone. Conclui-se que apesar de existirem atitudes mais positivas em relação às consultas por telefone, são necessários mais estudos na população de forma a adaptar uma futura implementação à mesma. Sugere-se ainda em termos de gestão das unidades hospitalares que a implementação deste tipo de consultas não presenciais seja acompanhada de formação específica que incida em técnicas de comunicação, da fundação de unidades orgânicas com a função de orientar e regular estes sistemas de comunicação entre médico e utente e ainda da melhoria de bases dados para que estas consultas sejam completamente seguras e eficazes.
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Foi aplicado um questionário online traduzido e adaptado de Peleg e Nazarenko (2012). Este questionário foi difundido através de correio electrónico e das redes sociais Facebook® e Linkedin®. Esta difusão foi realizada pela plataforma encuestafacil. Assim a população alvo consistiu em cibernautas cujo único requisito para responderem ao questionário era terem 18 ou mais anos, no total responderam 222 pessoas. Os dados foram tratados através do SPSS® realçando os itens mais cotados em relação às atitudes e procurando possíveis correlações entre variáveis demográficas e atitudes para com a consulta médica por telefone e e-mail. Os resultados evidenciam atitudes mais positivas face ao telefone, ainda que também se evidenciem alguns aspetos em que o acesso ao e-mail é percepcionado de forma mais positiva que ao telefone. O acesso ao telefone aumenta a sensação de segurança (mesmo que não o utilizem) e é visto como eficaz na resolução dos problemas. Contudo, consideram que o telefone pode interferir com a privacidade do médico, podendo ainda elevar a possibilidade de um erro de comunicação ou mal-entendido. As maiores vantagens do e-mail referidas pelos inquiridos foram o facto de não interromper o trabalho do médico, a possibilidade de diminuir o número de consultas e que aumentaria a sensação de segurança dos utentes, os inconvenientes do e-mail são semelhantes aos do telefone. Conclui-se que apesar de existirem atitudes mais positivas em relação às consultas por telefone, são necessários mais estudos na população de forma a adaptar uma futura implementação à mesma. Sugere-se ainda em termos de gestão das unidades hospitalares que a implementação deste tipo de consultas não presenciais seja acompanhada de formação específica que incida em técnicas de comunicação, da fundação de unidades orgânicas com a função de orientar e regular estes sistemas de comunicação entre médico e utente e ainda da melhoria de bases dados para que estas consultas sejam completamente seguras e eficazes.Inefficiency leads to inequity and increased expenditure (Correia de Campos, 2007). These demands of effectiveness are aggravated by the increment of waiting lists for medical appointments in Portugal, underdeveloped informatic systems used in health care and extensive bureaucracy to get a medical appointment (Campos, Saturno & Carneiro, 2010; Furtado & Pereira, 2010). Therefore, it becomes increasingly necessary to adapt the health care facilities to communication technologies. The main goal of this dissertation was to evaluate the attitudes of the Portuguese population towards the procurement of the physician phone number and e-mail address. Additionally, the attitudes concerning the phone number and e-mail were compared, as well as the influence of sociodemographic variables in these attitudes. An on-line quiz translated and adapted from Peleg and Nazarenko (2012) was applied. This quiz was diffused throughout e-mail and social network, such as Facebook® and LinkedIn®. This diffusion was made by the encuestafacil platform. Thus, the target population consisted in cybernauts which the sole requirement to answer the quiz was having 18 or more years old, with a total of 222 respondents. The data was processed by SPSS®, emphasizing the topics more quoted respecting the attitudes and searching the possible correlations between demographic variables and attitudes regarding the medical appointments via telephone and e-mail. The results showed more positive attitudes facing telephone, even though they also proved that in some aspects e-mail is viewed as being more useful than the telephone. The access to the telephone increases the feeling of safety (even if it’s never used for the purpose) and it is seen as an effective tool in problem solving. Nevertheless, they consider that it may interfere with the physician’s privacy and it can as well raise the possibility of a communication error or a misunderstanding. The biggest advantages of e-mail referred by the respondents were the fact that it does not interrupt the physician’s current practice, the possibility of diminish the number of medical appointments and elevate the patients’ feeling of safety; e-mail inconvenients are conterminous to the telephone. We can conclude, thereby, that beside existing more positive attitudes concerning the appointments by telephone, it’s necessary more extensive studies in the population with the view to adapt a future implementation to the selected population. It’s still suggested that in terms of hospital management this kind of non-presential appointments be followed of specific schooling that focuses especially in communication techniques, establishing units with the sole role to guide and control these communication systems between the physician and the patient and furthermore the improvement of the data-base that makes these medical appointments completely safe and effective.Pinheiro, Paulo GonçalvesuBibliorumSantos, Nuno Miguel Venceslau Correia dos2015-02-19T13:31:06Z2013-0120132013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/3075porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:39:21Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3075Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:44:36.023108Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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