Dificuldades sentidas no rastreio e estimulação cognitiva em pessoas idosas analfabetas e com baixa escolaridade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caetano, Henrique Nuno Baltazar
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/36971
Resumo: Face ao crescimento e à longevidade da população idosa, característicos da sociedade atual, torna-se cada vez mais necessário conhecer em pormenor o fenómeno do envelhecimento, em particular as especificidades deste tipo de população e eventuais necessidades que estejam por suprir. Com o aumento da esperança média de vida aumentou também o aparecimento de perturbações neurocognitivas, com maior prevalência em idades mais avançadas. Tendo como foco este público-alvo, especificamente as pessoas idosas analfabetas e com baixa escolaridade, procurar-se-á identificar e analisar, no presente estudo, as dificuldades que os profissionais de saúde e da área social sentem no rastreio e/ou na estimulação cognitiva destas pessoas idosas analfabetas ou com níveis de escolaridade baixos que são 470000 pessoas com mais de 65 anos. A abordagem escolhida foi a qualitativa, do tipo exploratório-descritivo. A amostra, selecionada através do método não probabilístico bola de neve, incluiu dez profissionais da área da saúde e/ ou da social. A recolha de dados foi realizada por meio de questionário sociodemográfico e por entrevista semiestruturada, realizada com recurso a videoconferência. Os dados recolhidos foram objeto de análise de conteúdo com recurso ao webQDA. Os resultados indicam as dificuldades que estes profissionais têm no rastreio e na estimulação cognitiva a pessoas idosas analfabetas ou com baixa escolaridade. Das dificuldades no rastreio destaca-se a dificuldade nas sessões de rastreio, por desconhecerem testes validados para pessoas idosas analfabetas e respetiva cotação. Na estimulação cognitiva a principal dificuldade foi a falta de uma intervenção cognitiva estruturada para população idosa analfabeta. Este estudo reforça a necessidade de capacitar os profissionais com competências para o rastreio e para a estimulação cognitiva das idosas analfabetas ou com baixa escolaridade, bem como promover o desenvolvimento de testes e programas de estimulação cognitivos adaptados a estas pessoas.
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