NOMEANDO AS PESSOAS DESLOCADAS: NOVOS PADRÕES NO DISCURSO MEDIÁTICO? UMA ANÁLISE DO DISCURSO EM LE MONDE E LE FIGARO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Calabrese, Laura
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Mistiaen, Valériane
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.21814/diacritica.394
Resumo: A crise dos migrantes, massivamente abordada pela comunicação social, encontra-se no centro de numerosas controversas entra as quais a discussão encetada pelo canal Al Jazeera a propósito do uso dos termos migrante e refugiado durante o verão 2015. Tomando como exemplo os termos usados para designar as pessoas em deslocação, esta investigação procura saber se a referida discussão teve um impacto permanente sobre as práticas de escrita jornalística. Para responder a esta pergunta, Le Figaro, segundo as perspectivas da análise do discurso e da linguística de corpus. Os resultados demonstram, por um lado, uma transformação visível depois da discussão (nota-se uma maior frequência da utilização da palavra refugiado, mas também um uso legal adequado do termo). Por outro lado, a análise de corpus revela que a palavra migrante continua a ser usada pelos jornalistas, a pesar dasconotações negativas denunciadas por Al Jazeera, por vezes em situação de sinonímia. A conclusão do artigo apresenta hipóteses sobre o futuro destes termos, especializados na designação das pessoas em deslocação, cuja significação vai continuar a desenvolver-se em função dos referentes e dos acontecimentos históricos. Analisaremos um corpus de artigos de jornais franceses de referências, Le Monde e Le Figaro, segundo as perspectivas da análise do discurso e da linguística de corpus. Os resultados demonstram, por um lado, uma transformação visível depois da discussão (nota-se uma maior frequência da utilização da palavra refugiado, mas também um uso legal adequado do termo). Por outro lado, a análise de corpus revela que a palavra migrante continua a ser usada pelos jornalistas, a pesar das conotações negativas denunciadas por Al Jazeera, por vezes em situação de sinonímia. A conclusão do artigo apresenta hipóteses sobre o futuro destes termos, espe-cializados na designação das pessoas em deslocação, cuja significação vai continuar a desenvolver-se em função dos referentes e dos acontecimentos históricos.
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