Representações sociais sobre a doença de Alzheimer

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Quieroz, Ronaldo
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Moreira, Maria Adelaide, Marques, Maria do Céu, Silva, Antonia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/17870
Resumo: Introdução. Na prática assistencial verifica-se empiricamente uma preocupação de idosos sadios com esta doença que pode influenciar provavelmente no seu modo ou qualidade de vida. De uma forma geral o Brasil vem enfrentando um processo de transição demográfica, que denota uma mudança no padrão de causas de morte, passando de um perfil de doenças infectocontagiosas para um perfil de doenças crônicas degenerativas e entre essas, encontram-se as síndromes demenciais, sendo a mais frequente a doença de Alzheimer (DA). No Brasil onde o envelhecimento populacional como em outros países tem se constituído um fenômeno proeminente e estabelecendo-se muito rapidamente. A pesquisa nesta área do envelhecimento tem criado subsídios para valorização da pessoa e qualidade de vida aos indivíduos que tem a oportunidade de envelhecer. Justificase, portanto, a relevância científica e social de se investigar as representações sociais sobre doença de Alzheimer em idosos sadios para comprovação da influência da preocupação dos idosos com a doença de Alzheimer no seu cotidiano. Objetivo. Conhecer as representações sobre a doença de Alzheimer construídas por idosos sadios. Metodologia. Tratou-se de um estudo exploratório como abordagem mista em que se priorizará a fala dos sujeitos e as suas vivências que utilizou como aporte teórico a Teoria das Representações Sociais (TRS) realizado no município de João Pessoa-Paraíba, Brasil, com 50 idosos, de ambos os sexos, atendidos no CAISI- Centro de Atenção Integral à Saúde do Idoso, a partir de uma amostra por conveniência. Os dados originaram-se de um Teste da Associação Livre de Palavras (TALP), com o termo indutor: «doença de Alzheimer» e entrevistas semiestruturadas, que foram processados pelo software Iramuteq que é um software desenvolvido sob a lógica do open source, tomando por base o ambiente estatístico do software R e a linguagem python. O mesmo permite realizar distintos tipos de análises textuais, como a lexicografia básica (cálculo de frequência de palavras) às análises multivariadas (classificação hierárquica descendente, análises de similitude). A partir de uma classificação hierárquica descendente apontou 582 segmentos de texto, dos 689 presentes no corpus que representa um aproveitamento de 84,74%. Resultados. Foram conformadas cinco classes ou categorias. Na classe um é formada pelas palavras: depressão; esquecimento; nervoso, tristeza; desgosto; maltratar; classe dois contempla as palavras: mãe; filho; senhor; pai; dono; amigo; sozinho; paciência; classe três formada por: idoso; Alzheimer; sofrer; doente; imaginar; difícil; classe quatro contemplou as palavras: banho; comer; médico; esquecer; remédio, dificuldade; classe cinco, formada com as palavras: não_contagiosa; não_tem_cura; velhice; degenerativa; solidão; dependência. Considerações Finais. Os resultados sugerem que existe uma dificuldade e uma grande preocupação por parte dos idosos para a aceitação de uma doença incurável a qual altera toda a rotina familiar e social. Percebem que é uma doença que acontece com o envelhecimento e com isto denotam que existe uma proximidade devido o avançar da idade, uma vez que, demonstram ter consciência que estão com maior probabilidade de se verem passando por esta situação. Espera-se, portanto, que este estudo contribua para a reflexão sobre a importância de conhecer e saber lidar com a doença e que sirva de subsidio para novos estudos sobre a temática, visto que pouco se aborda o conhecimento dos idosos sadios sobre o Alzheimer.
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