Uso do Facebook e a sua relação com a satisfação com a vida em adultos portugueses

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Abreu, Sofia
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/8122
Resumo: A utilização das redes sociais tem vindo a aumentar, trazendo consigo mudanças no comportamento da sociedade. As razões que levam as pessoas, a usar o Facebook são diversas e a forma como o usam pode ser adaptativa ou problemática. O presente estudo tem como objetivo geral conhecer a associação entre o uso do Facebook e a satisfação com a vida, numa amostra da população adulta portuguesa e encontra-se divido em duas partes. A primeira parte relativa à revisão da literatura foi desenvolvida tendo como método a revisão sistemática da literatura de forma a analisar o estado arte da literatura. Na pesquisa efectuada, resultaram 155 artigos dos quais foram selecionados 22, relativos a estudos empíricos, publicados entre 2008 e 2019, todos eles avaliando o uso do Facebook em adultos. Na maioria dos estudos, foram encontradas relações estatisticamente significativas entre o uso do Facebook e a satisfação com a vida, ainda que de natureza diversa, constatando-se quer que o uso pode diminuir a satisfação com a vida, quer o oposto. Mais ainda, a impulsividade, a solidão, a norma subjetiva, a norma do grupo, a identidade social, o valor do entretenimento e a manutenção da conexão interpessoal são preditores do uso do Facebook. O número de amigos no Facebook mostra não ter influência na satisfação com a vida. Perante a divergência nos resultados, torna-se necessário desenvolver estudos de desenho longitudinal que, permitam compreender a relação entre o uso da Facebook a satisfação com a vida. A segunda parte apresenta o estudo empírico de natureza analítica e transversal, descrevendo os participantes estudados, os instrumentos utilizados, o procedimento executado, os resultados obtidos e a discussão dos mesmos. Para a realização da investigação, os dados foram recolhidos através de formulário eletrónico composto por um questionário sociodemográfico e de caracterização do uso das redes sociais, a versão portuguesa da Social Media Use Integration Scale e a Escala de Satisfação com a vida. Os resultados indicam que 81,1% dos participantes fazem utilização diária do Facebook, sendo esse uso maioritariamente entre 10 a 30 minutos ou superior. Não existe uma relação estaticamente significativa entre Integração Social e Conexão Emocional, e a Satisfação com a Vida. No entanto, existe uma correlação estatisticamente significativa positiva, ainda que fraca, entre a Integração nas Rotinas Sociais globalmente considerada e a satisfação com a vida e entre 3 dos itens que constituem essa subescala e a satisfação com a vida. Podemos concluir que a integração do uso do Facebook nas rotinas sociais está associada a maior satisfação com a vida. As redes sociais vieram para ficar, logo é vital importância compreender como ocorre o uso adaptativo do Facebook de forma a potenciar esse mesmo uso, e prevenir o uso problemático.
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Na pesquisa efectuada, resultaram 155 artigos dos quais foram selecionados 22, relativos a estudos empíricos, publicados entre 2008 e 2019, todos eles avaliando o uso do Facebook em adultos. Na maioria dos estudos, foram encontradas relações estatisticamente significativas entre o uso do Facebook e a satisfação com a vida, ainda que de natureza diversa, constatando-se quer que o uso pode diminuir a satisfação com a vida, quer o oposto. Mais ainda, a impulsividade, a solidão, a norma subjetiva, a norma do grupo, a identidade social, o valor do entretenimento e a manutenção da conexão interpessoal são preditores do uso do Facebook. O número de amigos no Facebook mostra não ter influência na satisfação com a vida. Perante a divergência nos resultados, torna-se necessário desenvolver estudos de desenho longitudinal que, permitam compreender a relação entre o uso da Facebook a satisfação com a vida. A segunda parte apresenta o estudo empírico de natureza analítica e transversal, descrevendo os participantes estudados, os instrumentos utilizados, o procedimento executado, os resultados obtidos e a discussão dos mesmos. Para a realização da investigação, os dados foram recolhidos através de formulário eletrónico composto por um questionário sociodemográfico e de caracterização do uso das redes sociais, a versão portuguesa da Social Media Use Integration Scale e a Escala de Satisfação com a vida. Os resultados indicam que 81,1% dos participantes fazem utilização diária do Facebook, sendo esse uso maioritariamente entre 10 a 30 minutos ou superior. Não existe uma relação estaticamente significativa entre Integração Social e Conexão Emocional, e a Satisfação com a Vida. No entanto, existe uma correlação estatisticamente significativa positiva, ainda que fraca, entre a Integração nas Rotinas Sociais globalmente considerada e a satisfação com a vida e entre 3 dos itens que constituem essa subescala e a satisfação com a vida. Podemos concluir que a integração do uso do Facebook nas rotinas sociais está associada a maior satisfação com a vida. As redes sociais vieram para ficar, logo é vital importância compreender como ocorre o uso adaptativo do Facebook de forma a potenciar esse mesmo uso, e prevenir o uso problemático.The use of social networks has been increasing, bringing changes in the behavior of the society. The reasons people use Facebook are diverse and the way they use it can be adaptive or problematic. This study aims to know the association between the use of Facebook and satisfaction with life, in a sample of the Portuguese adult population and is divided into two parts. The first part concerning the literature review was developed using the systematic literature review method to analyze the current state of the literature. In the study, 155 papers were selected, of which 22 papers were selected, related to empirical studies, published between 2008 and 2019, all evaluating the use of Facebook in adults. In most studies, statistically significant relationships were found between the use of Facebook and life satisfaction, albeit of a different nature, with either use decreasing life satisfaction or the opposite. Moreover, impulsiveness, loneliness, subjective norm, group norm, social identity, entertainment value, and maintaining interpersonal connection are predictors of Facebook's use. The number of friends on Facebook shows no influence on life satisfaction. Given the divergence in results, it is necessary to develop longitudinal design studies that allow understanding the relationship between the use of Facebook and satisfaction with life. The second part presents the empirical study of analytical and cross-sectional nature, describing studied participants, instruments used, the procedure performed, the results obtained and their discussion. The data were collected through an electronic form composed of a questionnaire sociodemographic and characterization of the use of social networks, the Portuguese version of the Social Media Use Integration Scale and the Life Satisfaction Scale. The results indicate that 81.1% of participants make daily use of Facebook, mostly using 10 to 30 minutes or more. There is no statistically significant relationship between Social Integration and Emotional Connection, and Life Satisfaction. However, there is a statistically significant, albeit weak, correlation between globally considered Integration into Social Routines and life satisfaction and between 3 of the subscale items and life satisfaction. We can conclude that integrating Facebook use into social routines is associated with greater satisfaction with life. Social networks are here to stay, so it is vitally important to understand how adaptive use of Facebook occurs in order to enhance that use, and prevent problematic use.Silva, IsabelRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaAbreu, Sofia2021-09-25T00:30:11Z2019-09-26T00:00:00Z2019-09-26T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/8122porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T02:07:30Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/8122Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:45:00.896913Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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