Violência contra os trabalhadores da saúde no local de trabalho na cidade de Lichinga, província de Niassa, Moçambique entre março e maio de 2019
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/116494 |
Resumo: | Introdução: O reconhecimento da violência contra os trabalhadores da saúde (TDS) no local de trabalho como um fenómeno que compromete os cuidados de saúde e as relações entre os utentes dos serviços de saúde e os TDS tem estado a crescer no mundo. Em Moçambique são poucos os estudos sobre a violência no local de trabalho no sector da saúde. Com este estudo caracterizamos a violência contra os TDS em Lichinga, no norte de Moçambique.Material e métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo, transversal que decorreu de março a maio de 2019, envolvendo 140 TDS dos quais, 120 exercendo no Hospital Provincial de Lichinga e no 20 no Centro de Saúde da cidade de Lichinga, na província de Niassa. O questionário aplicado foi adaptado do original desenvolvido pela Organização Internacional do Trabalho, o Conselho Internacional de Enfermeiros, a Organização Mundial da Saúde e os Serviços Públicos Internacionais sobre a violência no local de trabalho. Os dados colhidos foram introduzidos numa base de dados em SPSS 20. 0 e feita uma análise descritiva: frequências absolutas e relativas, médias e desvios padrão. Resultados:Este estudo confirma: a elevada prevalência de violência; uma tipologia de violência fisica, ameaça/agressão verbal, pressão moral, violência ou assédio sexual e discriminação, semelhante à observada noutros países e em 2003 em Maputo; um perfil de agressores constituido mais frequentemente por acompanhantes dos doentes/utentes ou colegas da instituição embora com menos realce para a agressão pelos doentes/utentes; uma perceção de que a violência é aceite de uma forma passiva; que os TDS não conhecem os procedimentos para tramitar as queixas; que os TDS se mostram geralmente preocupados com o risco de violência no seu local de trabalho e insatisfeitos com a forma como a instituição responde a essas queixas; e que a violência é percebida pelos TDS como sendo prevenível.Conclusão: Este estudo documenta uma elevada prevalência de diferentes tipos de violência contra os TDS. Há necessidade óbvia de intervenções para a prevenção destes incidentes. Introduction: Recognition of the relevance of violence against health workers in their in the workplace has been growing in the world. In Mozambique workplace violence in the health sector needs better documentation. Therefore, this study had as its main objective to assess violence against health workers in the workplace in Lichinga Northern Province of Mozambique. Material and methods: This is an observational, descriptive, cross-sectional study. Data collection took place from March to May 2019, involving 140 health professionals, 120 from Lichinga Provincial Hospital and 20 from the Health Center of the City of Lichinga, in the Province of Niassa. The questionnaire applied was adapted from the original developed by the International Labor Organization, the International Nurses Council, the World Health Organization and Public Services International. Data were entered into a database in SPSS 20.0. The statistical analysis was mostly descriptive: absolute and relative frequencies, means and standard deviations. Results: This study confirms: the high prevalence of violence; a typology of physical violence, verbal threat/aggression, moral pressure, sexual violence or harassment and discrimination, similar to that observed in other countries and in 2003 in Maputo; a profile of aggressors consisting more often of companions of patients / users or colleagues of the institution, although with less emphasis on aggression by patients / users; a perception that violence is accepted passively; that health workers do not know the procedures for handling complaints; that health workers are generally concerned about the risk of violence in their workplace and dissatisfied with the way the institution responds to these complaints; and that violence is perceived by health workers as being preventable .Conclusion: This study documents a high prevalence of different types of violence against health workers. There is a need for interventions to prevent incidents of violence against workers in the workplace. |
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Violência contra os trabalhadores da saúde no local de trabalho na cidade de Lichinga, província de Niassa, Moçambique entre março e maio de 2019Violence against health workers in the workplace in Lichinga, Niassa Province, from March till May 2019ViolênciaTrabalhadores de saúdeLocal de trabalhoMoçambiqueViolenceHealth workersWorkplaceMozambiqueSDG 5 - Gender EqualitySDG 16 - Peace, Justice and Strong InstitutionsIntrodução: O reconhecimento da violência contra os trabalhadores da saúde (TDS) no local de trabalho como um fenómeno que compromete os cuidados de saúde e as relações entre os utentes dos serviços de saúde e os TDS tem estado a crescer no mundo. Em Moçambique são poucos os estudos sobre a violência no local de trabalho no sector da saúde. Com este estudo caracterizamos a violência contra os TDS em Lichinga, no norte de Moçambique.Material e métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo, transversal que decorreu de março a maio de 2019, envolvendo 140 TDS dos quais, 120 exercendo no Hospital Provincial de Lichinga e no 20 no Centro de Saúde da cidade de Lichinga, na província de Niassa. O questionário aplicado foi adaptado do original desenvolvido pela Organização Internacional do Trabalho, o Conselho Internacional de Enfermeiros, a Organização Mundial da Saúde e os Serviços Públicos Internacionais sobre a violência no local de trabalho. Os dados colhidos foram introduzidos numa base de dados em SPSS 20. 0 e feita uma análise descritiva: frequências absolutas e relativas, médias e desvios padrão. Resultados:Este estudo confirma: a elevada prevalência de violência; uma tipologia de violência fisica, ameaça/agressão verbal, pressão moral, violência ou assédio sexual e discriminação, semelhante à observada noutros países e em 2003 em Maputo; um perfil de agressores constituido mais frequentemente por acompanhantes dos doentes/utentes ou colegas da instituição embora com menos realce para a agressão pelos doentes/utentes; uma perceção de que a violência é aceite de uma forma passiva; que os TDS não conhecem os procedimentos para tramitar as queixas; que os TDS se mostram geralmente preocupados com o risco de violência no seu local de trabalho e insatisfeitos com a forma como a instituição responde a essas queixas; e que a violência é percebida pelos TDS como sendo prevenível.Conclusão: Este estudo documenta uma elevada prevalência de diferentes tipos de violência contra os TDS. Há necessidade óbvia de intervenções para a prevenção destes incidentes. Introduction: Recognition of the relevance of violence against health workers in their in the workplace has been growing in the world. In Mozambique workplace violence in the health sector needs better documentation. Therefore, this study had as its main objective to assess violence against health workers in the workplace in Lichinga Northern Province of Mozambique. Material and methods: This is an observational, descriptive, cross-sectional study. Data collection took place from March to May 2019, involving 140 health professionals, 120 from Lichinga Provincial Hospital and 20 from the Health Center of the City of Lichinga, in the Province of Niassa. The questionnaire applied was adapted from the original developed by the International Labor Organization, the International Nurses Council, the World Health Organization and Public Services International. Data were entered into a database in SPSS 20.0. The statistical analysis was mostly descriptive: absolute and relative frequencies, means and standard deviations. Results: This study confirms: the high prevalence of violence; a typology of physical violence, verbal threat/aggression, moral pressure, sexual violence or harassment and discrimination, similar to that observed in other countries and in 2003 in Maputo; a profile of aggressors consisting more often of companions of patients / users or colleagues of the institution, although with less emphasis on aggression by patients / users; a perception that violence is accepted passively; that health workers do not know the procedures for handling complaints; that health workers are generally concerned about the risk of violence in their workplace and dissatisfied with the way the institution responds to these complaints; and that violence is perceived by health workers as being preventable .Conclusion: This study documents a high prevalence of different types of violence against health workers. There is a need for interventions to prevent incidents of violence against workers in the workplace.Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT)Global Health and Tropical Medicine (GHTM)Population health, policies and services (PPS)RUNSérgio Roques , PatrícioSidat, MFerrinho, P2021-04-30T22:43:05Z2020-10-282020-10-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article8application/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/116494porPURE: 26310430https://doi.org/10.25761/anaisihmt.357info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:59:05Zoai:run.unl.pt:10362/116494Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:43:05.521129Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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