Estudo preliminar de adaptação e validação da Escala de Tolerância à Infidelidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Domingues, Andreia
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Marques, Mariana, Simões, Sónia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/1086
Resumo: Objetivos: Em Portugal, não encontrámos estudos e instrumentos que avaliassem, para a população portuguesa, a tolerância à infidelidade. Este estudo preliminar pretendeu, assim, avaliar e adaptar para a população portuguesa a Escala de Tolerância à Infidelidade e explorar associações entre a tolerância à infidelidade, variáveis sociodemográficas, relacionais e relativas à infidelidade (e seu perdão), autocriticismo e autocompaixão. Métodos: 223 participantes (sexo feminino, n = 155; 69,5%), entre os 18 e os 67 anos, preencheram um questionário sociodemográfico e com questões relacionais e relativas à infidelidade, a Escala de Tolerância à Infidelidade, a Escala de Autocompaixão e a Escala das Formas do Autocriticismo e de Autotranquilização. Resultados: A versão adaptada para a população portuguesa da Escala de Tolerância à Infidelidade mostrou apresentar duas dimensões: tolerância à infidelidade sexual e tolerância à infidelidade emocional. Ambas revelaram boa consistência interna (respetivamente, α = 0,896; α = 0,878). A tolerância à infidelidade sexual revelou boa estabilidade temporal e a tolerância à infidelidade emocional muito boa estabilidade temporal. Não se verificaram diferenças nas duas dimensões por sexo. Os participantes casados ou em união de facto apresentaram maior tolerância à infidelidade sexual, por oposição com os solteiros, viúvos, separados e divorciados. Quem relatou ter perdoado uma situação de infidelidade apresentou maior tolerância à infidelidade sexual, do que quem não o fez. Já quem afirmou não ter não ter tido dificuldade em fazê-lo, apresentou maior tolerância a ambos os tipos de infidelidade, do que quem expressou dificuldade em perdoar. Conclusões: A versão adaptada da Escala de Tolerância à Infidelidade revelou boa consistência interna (total e sub-escalas) e boa estabilidade temporal. As associações com o estado civil e sobretudo com as variáveis relativas ao perdão face à infidelidade parecem apontar para a validade da escala, mas são necessários mais estudos que explorem, nomeadamente, a sua validade de construto. / Aims: In Portugal, we did not find studies and instruments that evaluate tolerance to infidelity for the Portuguese population. Therefore, the aim of this preliminary study was to adapt and validate the Tolerance for Infidelity Scale (TIS) for the Portuguese population and to explore the associations between the tolerance for infidelity and different sociodemographic, relational and regarding infidelity (and its forgiveness) variables, self-criticism and self-compassion. Methods: 223 individuals (women, n = 155; 69,5%), with ages between 18 and 67 years old, answered a protocol consisting of a questionnaire with sociodemographic, relational and infidelity questions, the Tolerance for Infidelity Scale, the Self-compassion Scale and the Forms of Self-criticizing/Attacking and Self-Reassuring Scale. Results: The adapted version for the Portuguese population of the Tolerance for Infidelity Scale showed two dimensions: tolerance for sexual infidelity and tolerance for emotional infidelity. Both dimensions revealed good internal consistency: respectively, α = 0,896; α = 0,878. The tolerance for sexual infidelity presented good temporal stability and the tolerance for emotional infidelity very good temporal stability. Gender differences were not found regarding these dimensions. Participants who were married or were in a civil union scored higher in tolerance for sexual infidelity, in contrast with participants that were single, widows, were separated and divorced. Participants who reported having forgiven a situation of infidelity presented higher tolerance for sexual infidelity, than those who did not. Also, participants that expressed not having difficulty in forgiving, presented higher tolerance for both types of infidelity, in comparison to who expressed difficulty in forgiving. Conclusions: The adapted version of the Tolerance for Infidelity Scale showed good internal consistency (total and sub-scales) and good temporal stability. The associations with marital status and with variables about forgiveness regarding infidelity seem to point out to the validity of the scale, but more studies are needed that explore, namely, the scale construct validity.
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Métodos: 223 participantes (sexo feminino, n = 155; 69,5%), entre os 18 e os 67 anos, preencheram um questionário sociodemográfico e com questões relacionais e relativas à infidelidade, a Escala de Tolerância à Infidelidade, a Escala de Autocompaixão e a Escala das Formas do Autocriticismo e de Autotranquilização. Resultados: A versão adaptada para a população portuguesa da Escala de Tolerância à Infidelidade mostrou apresentar duas dimensões: tolerância à infidelidade sexual e tolerância à infidelidade emocional. Ambas revelaram boa consistência interna (respetivamente, α = 0,896; α = 0,878). A tolerância à infidelidade sexual revelou boa estabilidade temporal e a tolerância à infidelidade emocional muito boa estabilidade temporal. Não se verificaram diferenças nas duas dimensões por sexo. Os participantes casados ou em união de facto apresentaram maior tolerância à infidelidade sexual, por oposição com os solteiros, viúvos, separados e divorciados. Quem relatou ter perdoado uma situação de infidelidade apresentou maior tolerância à infidelidade sexual, do que quem não o fez. Já quem afirmou não ter não ter tido dificuldade em fazê-lo, apresentou maior tolerância a ambos os tipos de infidelidade, do que quem expressou dificuldade em perdoar. Conclusões: A versão adaptada da Escala de Tolerância à Infidelidade revelou boa consistência interna (total e sub-escalas) e boa estabilidade temporal. As associações com o estado civil e sobretudo com as variáveis relativas ao perdão face à infidelidade parecem apontar para a validade da escala, mas são necessários mais estudos que explorem, nomeadamente, a sua validade de construto. / Aims: In Portugal, we did not find studies and instruments that evaluate tolerance to infidelity for the Portuguese population. Therefore, the aim of this preliminary study was to adapt and validate the Tolerance for Infidelity Scale (TIS) for the Portuguese population and to explore the associations between the tolerance for infidelity and different sociodemographic, relational and regarding infidelity (and its forgiveness) variables, self-criticism and self-compassion. Methods: 223 individuals (women, n = 155; 69,5%), with ages between 18 and 67 years old, answered a protocol consisting of a questionnaire with sociodemographic, relational and infidelity questions, the Tolerance for Infidelity Scale, the Self-compassion Scale and the Forms of Self-criticizing/Attacking and Self-Reassuring Scale. Results: The adapted version for the Portuguese population of the Tolerance for Infidelity Scale showed two dimensions: tolerance for sexual infidelity and tolerance for emotional infidelity. Both dimensions revealed good internal consistency: respectively, α = 0,896; α = 0,878. 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The associations with marital status and with variables about forgiveness regarding infidelity seem to point out to the validity of the scale, but more studies are needed that explore, namely, the scale construct validity.Departamento de Investigação & DesenvolvimentoRepositório ISMTDomingues, AndreiaMarques, MarianaSimões, Sónia2020-02-04T12:07:55Z2017-02-282017-02-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/1086porhttps://doi.org/10.7342/ismt.rpics.2017.3.1.462183-4938info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-14T13:50:02Zoai:repositorio.ismt.pt:123456789/1086Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-14T13:50:02Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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