CHADS2 e CHA2DS2VASc como preditores de fonte cardioembólica em prevenção secundária cerebrovascular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sá, Tiago
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Sargento-Freitas, João, Pinheiro, Vítor, Martins, Rui, Teixeira, Rogério, Silva, Fernando, Mendonça, Nuno, Cordeiro, Gustavo, Gonçalves, Lino, Providência, Luís A., Freire-Gonçalves, António, Cunha, Luís
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/102698
https://doi.org/10.1016/j.repc.2012.09.007
Resumo: Introdução e objetivos: A cardioembolia representa uma das causas mais frequentes de lesões cerebrovasculares isquémicas, com prevalência estimada de 20-30% e implicações terapêuticas diretas que obrigam à sua correta avaliac¸ão. Apesar de a validação das escalas de risco cardioembólico (CHADS2 e, mais recentemente, CHA2DS2-VASc) em populações heterogéneas de doentes com fibrilhac¸ão furicular, desconhece-se ainda a sua validade em contexto de prevenc¸ão secundária cerebrovascular. É objetivo deste trabalho estudar a sensibilidade e especificidade diferencial das escalas de risco cardioembólico como preditoras de fonte cardioembólica documentada por ecocardiograma transesofágico (ETE) numa população de doentes com AVC isquémico. Métodos: Aplicámos as escalas CHADS2 e CHA2DS2-VASc a todos os doentes internados por evento cerebrovascular isquémico na Unidade de AVC/Enfermaria de Neurologia de um hospital central português com diagnóstico de fibrilhação auricular (prévio ou obtido durante/após o internamento), que realizaram ETE entre janeiro e agosto de 2011. Definimos como presença de fonte cardioembólica a observação em ETE de autocontraste espontâneo na aurícula e apêndice auricular esquerdo ou trombos nas cavidades cardíacas esquerdas. Resultados: Analisámos 94 doentes, 66,0% do sexo masculino, idade média: 64,4 anos (desvio padrão: 14,2). Foi detetada fonte cardioembólica em 20 doentes. A análise de curva Receiver Operating Characteristic (ROC) identifica como preditores de fonte cardioembólica pontuação CHADS2 ≥ 4; sensibilidade: 75,0%, especificidade: 66,0%, p = 0,014 e pontuac¸ão CHA2DS2-VASc ≥ 5; sensibilidade: 83,3%, especificidade: 58,0%, p = 0,009.
id RCAP_70e600b157f2a9fcebc86256de21a684
oai_identifier_str oai:estudogeral.uc.pt:10316/102698
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling CHADS2 e CHA2DS2VASc como preditores de fonte cardioembólica em prevenção secundária cerebrovascularCHADS2 and CHA2DS2VASc scores as predictors of cardioembolic sources in secondary stroke preventionAcidente vascular cerebralFibrilhação auricularTromboembolismoEcocardiografiaAnticoagulaçãoStrokeAtrial fibrillationThromboembolismEchocardiographyAnticoagulationAgedEchocardiography, TransesophagealEmbolismFemaleHeart DiseasesHumansMaleMiddle AgedPrognosisRisk AssessmentSecondary PreventionStrokeIntrodução e objetivos: A cardioembolia representa uma das causas mais frequentes de lesões cerebrovasculares isquémicas, com prevalência estimada de 20-30% e implicações terapêuticas diretas que obrigam à sua correta avaliac¸ão. Apesar de a validação das escalas de risco cardioembólico (CHADS2 e, mais recentemente, CHA2DS2-VASc) em populações heterogéneas de doentes com fibrilhac¸ão furicular, desconhece-se ainda a sua validade em contexto de prevenc¸ão secundária cerebrovascular. É objetivo deste trabalho estudar a sensibilidade e especificidade diferencial das escalas de risco cardioembólico como preditoras de fonte cardioembólica documentada por ecocardiograma transesofágico (ETE) numa população de doentes com AVC isquémico. Métodos: Aplicámos as escalas CHADS2 e CHA2DS2-VASc a todos os doentes internados por evento cerebrovascular isquémico na Unidade de AVC/Enfermaria de Neurologia de um hospital central português com diagnóstico de fibrilhação auricular (prévio ou obtido durante/após o internamento), que realizaram ETE entre janeiro e agosto de 2011. Definimos como presença de fonte cardioembólica a observação em ETE de autocontraste espontâneo na aurícula e apêndice auricular esquerdo ou trombos nas cavidades cardíacas esquerdas. Resultados: Analisámos 94 doentes, 66,0% do sexo masculino, idade média: 64,4 anos (desvio padrão: 14,2). Foi detetada fonte cardioembólica em 20 doentes. A análise de curva Receiver Operating Characteristic (ROC) identifica como preditores de fonte cardioembólica pontuação CHADS2 ≥ 4; sensibilidade: 75,0%, especificidade: 66,0%, p = 0,014 e pontuac¸ão CHA2DS2-VASc ≥ 5; sensibilidade: 83,3%, especificidade: 58,0%, p = 0,009.Introduction and objectives: Cardioembolism is one of the most common causes of ischemic stroke, with an estimated prevalence of 20-30%, and correct diagnosis is essential given the therapeutic implications. Although stroke risk scores (CHADS2 and more recently CHA2DS2- VASc) have been validated in heterogeneous populations of patients with atrial fibrillation, their accuracy has not been ascertained for secondary stroke prevention. We set out to assess the sensitivity and specificity of the CHADS2 and CHA2DS2-VASc stroke risk scores as predictors of cardioembolic sources, documented by transesophageal echocardiography (TEE) in a population with ischemic stroke. Methods: The CHADS2 and CHA2DS2-VASc scores were applied to all patients admitted to the stroke unit/neurology ward of a Portuguese tertiary hospital with atrial fibrillation (diagnosed previously or during or after admission) who underwent TEE between January and August 2011. The presence of a cardioembolic source was defined as the observation by TEE of spontaneous echo contrast in the left atrium and atrial appendage or thrombi in the left cardiac chambers. Results: We studied 94 patients, 66.0% male, mean age 64.4 years (standard deviation 14.2). A cardioembolic source was detected in 20 patients. ROC curve analysis identified as predictors of cardioembolic source CHADS2 score ≥4 (sensitivity of 75.0%, specificity of 66.0%, p=0.014) and CHA2DS2-VASc score ≥5 (sensitivity of 83.3%, specificity of 58.0%, p=0.009). Conclusions: Both scores showed acceptable sensitivity as predictors of embolic risk in the context of secondary prevention of cardioembolic stroke. The CHA2DS2-VASc score has higher sensitivity than CHADS2 but lower specificity.2013-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/102698http://hdl.handle.net/10316/102698https://doi.org/10.1016/j.repc.2012.09.007por08702551Sá, TiagoSargento-Freitas, JoãoPinheiro, VítorMartins, RuiTeixeira, RogérioSilva, FernandoMendonça, NunoCordeiro, GustavoGonçalves, LinoProvidência, Luís A.Freire-Gonçalves, AntónioCunha, Luísinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-10-06T20:31:45Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/102698Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:19:38.263832Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv CHADS2 e CHA2DS2VASc como preditores de fonte cardioembólica em prevenção secundária cerebrovascular
CHADS2 and CHA2DS2VASc scores as predictors of cardioembolic sources in secondary stroke prevention
title CHADS2 e CHA2DS2VASc como preditores de fonte cardioembólica em prevenção secundária cerebrovascular
spellingShingle CHADS2 e CHA2DS2VASc como preditores de fonte cardioembólica em prevenção secundária cerebrovascular
Sá, Tiago
Acidente vascular cerebral
Fibrilhação auricular
Tromboembolismo
Ecocardiografia
Anticoagulação
Stroke
Atrial fibrillation
Thromboembolism
Echocardiography
Anticoagulation
Aged
Echocardiography, Transesophageal
Embolism
Female
Heart Diseases
Humans
Male
Middle Aged
Prognosis
Risk Assessment
Secondary Prevention
Stroke
title_short CHADS2 e CHA2DS2VASc como preditores de fonte cardioembólica em prevenção secundária cerebrovascular
title_full CHADS2 e CHA2DS2VASc como preditores de fonte cardioembólica em prevenção secundária cerebrovascular
title_fullStr CHADS2 e CHA2DS2VASc como preditores de fonte cardioembólica em prevenção secundária cerebrovascular
title_full_unstemmed CHADS2 e CHA2DS2VASc como preditores de fonte cardioembólica em prevenção secundária cerebrovascular
title_sort CHADS2 e CHA2DS2VASc como preditores de fonte cardioembólica em prevenção secundária cerebrovascular
author Sá, Tiago
author_facet Sá, Tiago
Sargento-Freitas, João
Pinheiro, Vítor
Martins, Rui
Teixeira, Rogério
Silva, Fernando
Mendonça, Nuno
Cordeiro, Gustavo
Gonçalves, Lino
Providência, Luís A.
Freire-Gonçalves, António
Cunha, Luís
author_role author
author2 Sargento-Freitas, João
Pinheiro, Vítor
Martins, Rui
Teixeira, Rogério
Silva, Fernando
Mendonça, Nuno
Cordeiro, Gustavo
Gonçalves, Lino
Providência, Luís A.
Freire-Gonçalves, António
Cunha, Luís
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Sá, Tiago
Sargento-Freitas, João
Pinheiro, Vítor
Martins, Rui
Teixeira, Rogério
Silva, Fernando
Mendonça, Nuno
Cordeiro, Gustavo
Gonçalves, Lino
Providência, Luís A.
Freire-Gonçalves, António
Cunha, Luís
dc.subject.por.fl_str_mv Acidente vascular cerebral
Fibrilhação auricular
Tromboembolismo
Ecocardiografia
Anticoagulação
Stroke
Atrial fibrillation
Thromboembolism
Echocardiography
Anticoagulation
Aged
Echocardiography, Transesophageal
Embolism
Female
Heart Diseases
Humans
Male
Middle Aged
Prognosis
Risk Assessment
Secondary Prevention
Stroke
topic Acidente vascular cerebral
Fibrilhação auricular
Tromboembolismo
Ecocardiografia
Anticoagulação
Stroke
Atrial fibrillation
Thromboembolism
Echocardiography
Anticoagulation
Aged
Echocardiography, Transesophageal
Embolism
Female
Heart Diseases
Humans
Male
Middle Aged
Prognosis
Risk Assessment
Secondary Prevention
Stroke
description Introdução e objetivos: A cardioembolia representa uma das causas mais frequentes de lesões cerebrovasculares isquémicas, com prevalência estimada de 20-30% e implicações terapêuticas diretas que obrigam à sua correta avaliac¸ão. Apesar de a validação das escalas de risco cardioembólico (CHADS2 e, mais recentemente, CHA2DS2-VASc) em populações heterogéneas de doentes com fibrilhac¸ão furicular, desconhece-se ainda a sua validade em contexto de prevenc¸ão secundária cerebrovascular. É objetivo deste trabalho estudar a sensibilidade e especificidade diferencial das escalas de risco cardioembólico como preditoras de fonte cardioembólica documentada por ecocardiograma transesofágico (ETE) numa população de doentes com AVC isquémico. Métodos: Aplicámos as escalas CHADS2 e CHA2DS2-VASc a todos os doentes internados por evento cerebrovascular isquémico na Unidade de AVC/Enfermaria de Neurologia de um hospital central português com diagnóstico de fibrilhação auricular (prévio ou obtido durante/após o internamento), que realizaram ETE entre janeiro e agosto de 2011. Definimos como presença de fonte cardioembólica a observação em ETE de autocontraste espontâneo na aurícula e apêndice auricular esquerdo ou trombos nas cavidades cardíacas esquerdas. Resultados: Analisámos 94 doentes, 66,0% do sexo masculino, idade média: 64,4 anos (desvio padrão: 14,2). Foi detetada fonte cardioembólica em 20 doentes. A análise de curva Receiver Operating Characteristic (ROC) identifica como preditores de fonte cardioembólica pontuação CHADS2 ≥ 4; sensibilidade: 75,0%, especificidade: 66,0%, p = 0,014 e pontuac¸ão CHA2DS2-VASc ≥ 5; sensibilidade: 83,3%, especificidade: 58,0%, p = 0,009.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-05
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10316/102698
http://hdl.handle.net/10316/102698
https://doi.org/10.1016/j.repc.2012.09.007
url http://hdl.handle.net/10316/102698
https://doi.org/10.1016/j.repc.2012.09.007
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 08702551
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134090649141248